DarwinofobiaDarwinofobia ou Darwinfobia[1] (do inglês: Darwinophobia) é uma aversão ao naturalista Charles Darwin ou ao Darwinismo.[2] O termo aparece em diversas obras literárias sempre fazendo referência a algum tipo de crítica ou repulsa à Darwin e aos conceitos darwinianos.[2][3][4][5][6][7] No livro Darwin tra scienza o termo é aplicado para definir a rejeição dos cientistas sociais às ideias de Darwin.[5] O registro mais antigo da aparição da palavra na literatura data de 1880 em uma carta enviada por Huxley à Darwin.[3] Em realidade, o darwinofóbico tem um claro sentimento de repugnância em relação aos conceitos relacionados às ideias de transmutação de espécies, seleção natural ou da evolução, incluindo algumas ideias sem conexão com o trabalho de Charles Darwin. Durante a história, movimentos darwinofóbicos tentaram proibir o ensino da evolução[3] nas escolas e nas universidades através de ações judiciais. Aparições na LiteraturaCarta de T. H. Huxley (1880)A primeira aparição ocorre na Carta de Thomas Henry Huxley em 03 de Fevereiro de 1880 para Darwin,[3] fazendo menção as criticas de Butler ao naturalista. Em um trecho da carta, Huxley deixa claro que leu uma carta de Butler e que teria se espantado com a repulsa à Darwin, como se fosse uma fobia a qual denominou de darwinofobia. Trecho:[8] "Meu caro Darwin, li a carta de Butler e a carta de litchfield, ontem à noite, dormi sobre eles [...] Estou espantado com o Butler, que pensei ser um cavalheiro, embora o seu último livro me tenha apresentado para ser extremamente tolo. O mivart mordeu-o e deu-lhe darwinofobia? É uma doença horrível e eu mataria qualquer uma filho de uma cadela [...]." (Huxley, 1880).
Evolutionary Studies (1989)No livro Evolutionary Studies: A Centenary Celebration of the Life of Julian Huxley de Keynes e Harrison é comemorado o centenário de Julian Huxley, e com isso, eles citam um marco de Thomas Henry Huxley (postulador da Teoria da Evolução Molecular) onde o mesmo teria inventado o termo darwinofobia. Keynes e Harrison explicam:[3] "Como exemplo do fracasso das características adquiridas, a herança do fato, que os judeus praticaram a circuncisão por cem gerações ou menos sem efeito herdado, então THH sussurrou ao vizinho: Há uma divindade que forma nossos fins, grosseiros, como nós vamos [...] T. H. H. inventa uma doença darwinofobia e diz: É uma doença horrível e eu mataria qualquer filho de uma [esboço de membro visivelmente fêmea da espécie canina] [...]". (Keynes e Harrison, 1989, p.12).
Quell’attacco di Darwinfobia (2005)Em uma publicação na FLC CGIL de U. Curi, o termo é apresentado em crítica ao governo de Moratti, que estaria então "infectado pela doença da darwinfobia":[9] "É difícil imaginar quais podem ter sido os motivos que levaram à exclusão da teoria de Darwin de ensinar na escola secundária. Para explicar este ataque darwinfobia, há restos, então, que contar com algumas especulações, mais ou menos lúdicas. O primeiro é que Moratti e seus colegas do governo ficaram aterrorizados por ter descoberto que Marx queria dedicar "A Capital" a Darwin [...]." (Curi, 2005).
Darwin Tra Scienza (2010)No livro Darwin tra scienza de Francesco Stoppa e Roberto Veraldi, o termo é apresentado em referência a rejeição dos cientistas sociais as ideias de Darwin:[5] "Entre os motivos que são usados para explicar a darwinfobia dos cientistas sociais, eu acho que é fundamental a preocupação mais ou menos nobre com a naturalização dos fenômenos sociais, com o efeito de ocultar responsabilidades sociais e declarar inelimináveis - em nome de uma naturalidade presumida - feridas sociais sedimentadas, e definitivamente até não mesmo o infame "presunção de homo sapiens", que se sente superior à natureza, que não quer ser confundido com os outros animais, e muito menos ter parentes entre macacos." (Estoppa e Veraldi, 2010, p.111).
Referências
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