Danton Jobim
Danton Pinheiro Jobim (Avaré, 8 de março de 1906 — Rio de Janeiro, 26 de fevereiro de 1978) foi um jornalista, escritor, professor, advogado e político brasileiro que representou o Estado da Guanabara / Rio de Janeiro no Senado Federal.[1][2] Dados biográficosDanton era filho do gaúcho Francisco Antenor Jobim (1867-1923), juiz de direito em São Paulo, e da paulista Joaquina Pinheiro Jobim (1879-?) - uma prima do senador Pinheiro Machado. Entre seus vários irmãos, destacam-se a professora indumentarista Sophia Jobim e o diplomata José Jobim. Estudou em Itápolis e depois fixou-se na cidade do Rio de Janeiro onde prosseguiu sua instrução até formar-se advogado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.[2] Em 1923 ingressou no jornalismo em O Trabalho, órgão de imprensa vinculado ao PCB e poucos meses depois foi trabalhar em A Noite sob a direção de Irineu Marinho, embora tenha publicado artigos no Correio da Manhã e O Globo. Posteriormente trabalhou ao lado de Mário Rodrigues em A Manhã e A Crítica. Passou por A Batalha, A Esquerda e Diário de Notícias até seguir rumo aos Diários Associados e ao Diário Carioca[3] por convite de Jose Eduardo Macedo-Soares, em 1934 se afastou do PCB, pois apoiava uma coalizão de centro,[4] apoiou a implantação do Estado Novo, mas após 1939 com a criação do DIP, que implantou a censura, se une a oposição ao regime,[4] foi comentarista de A Marcha da Guerra noticiário correlato à Segunda Guerra Mundial, dirigiu o Departamento de Propaganda e Turismo do Rio de Janeiro na interventoria de Amaral Peixoto (1937-1939). Filiou-se à legenda do PR após a redemocratização em 1945, iniciou no posto de colunista principal a convite de Macedo-Soares que passava por problemas de saúde, no Diário Carioca sendo alçado à secretário de redação e depois sócio majoritário do jornal, sendo o jornal aliado do Governo João Goulart (1961-1964), abdica da posição ao vender suas ações para Horácio Gomes Leite de Carvalho Júnior[4] após a eclosão do Regime Militar de 1964, para assumir em 1965 presidência do jornal, a Última Hora.[3] a convite se Samuel Wainer proprietário e ex-diretor que se encontrava exilado no Chile,[5] abdicando em 1971 com a venda do jornal para Empresa Folha da Manhã S/A que também era dona do jornal Folha de S.Paulo, em 1965 com o Ato Institucional número dois há o fim do pluripartidarismo sendo dissolvido o PR, e com o inicio do Bipartidarismo, filia-se ao partido opositor ao regime o MDB. Em 1952 recebeu o Prêmio Maria Cabot na Universidade de Columbia e um ano depois presidiu um seminário sobre jornalismo na Universidade do Texas. No governo do presidente Juscelino Kubitschek foi conselheiro de imprensa e conferencista na Universidade de Paris, professor no Centro de Estudos Superiores de Jornalismo da América Latina (CIESPAL) em Quito, órgão ligado à UNESCO. Foi um dos fundadores da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro e presidiu a Associação Brasileira de Imprensa entre 1966 e 1972, falecendo antes de tomar posse em seu segundo mandato à frente da entidade.[6][7] Com a cassação de Mário Martins (MDB) e de seu suplente por meio do Ato Institucional Número Cinco em 1969, a Guanabara ficou com uma vaga em aberto no Senado Federal[1][8] sendo convocadas em 1970 eleições diretas para senador da Guanabara sendo eleito com 718 509 votos validos[1] a um mandato de quatro anos pelo MDB, Reeleito em 1974 nas eleições estaduais da Guanabara com 1 150 983 votos validos,[1] foi opositor no processo de fusão [9] da Guanabara com estado do Rio de Janeiro em 15 de março de 1975 por meio de lei sancionada no Governo Ernesto Geisel.[10][nota 1][nota 2] Faleceu em 26 de fevereiro de 1978, no Hospital dos Servidores do Estado, sendo enterrado no Cemitério de São João Batista no Rio de Janeiro.[6] Sobre seu legado, Leodegário Azevedo Filho publicou Danton Jobim, jornalista de democracia e senador de liberdade em 1981.[4] Trabalhos publicados
NotasReferências
Ligações externas
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