Danda Prado
Yolanda Cerquinho da Silva Prado conhecida como Danda Prado (São Paulo, 24 de outubro de 1929 - 1 de outubro de 2023) foi uma empresária do ramo editorial, pedagoga e ativista lésbica e feminista brasileira. BiografiaFilha de Caio Prado Júnior, um intelectual formado em História, e Hermínia F. Cerquinho. Sua condição de membro da elite paulistana lhe oportunizou se tornar bacharel em Pedagogia pela Universidade de São Paulo[1] e, acompanhando os passos de seu pai, ela se tornou uma militante do Partido Comunista Brasileiro. Após o golpe militar de 1964, ela se exilou na França em 1970. Lá ela rompeu com o Partido Comunista e ingressou no movimento feminista em Paris, experiência que contribuiria para a formação do movimento libertário brasileiro.[2][3] Também em solo francês, ela retoma seus estudos,[3] vindo a obter o seu doutorado na Universidade Paris VII ao defender em 1977 a tese com o título de "Le lien conjugal: mythes et réalités" e foi produzida sob a orientação do professor Paul Arbousse-Bastide.[1][4] Em 1972, Danda fundou o Grupo Latino-Americano de Mulheres em Paris, enquanto ainda estava exilada na França. Este grupo publicou o periódico Nosostras, cuja primeira edição saiu em 1974, tornando-se a principal atividade do grupo, que chegou a congregar cerca de 200 mulheres. Após a aprovação da Lei da Anistia, Prado retornou ao Brasil, prosseguindo com a publicação de obras como "O que é Família" (1981); "Cícera, um destino de mulher: autobiografia duma imigrante nordestina, operária têxtil" (1981), em coautoria com Cícera; e "O que é aborto?" (1985). Atuou como presidente da Editora Brasiliense, após o falecimento de seu irmão, Caio Graco Prado. .[1][5] Referências
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