Cucumbi carnavalescoCucumbi carnavalesco eram grupos compostos por foliões socialmente reconhecidos como negros. Desde a segunda metade do século XIX já se nota a presença, nas ruas do Rio de Janeiro, de grupos de cucumbi durante os dias de carnaval.[1] Necessitados de autorização policial para desfilar, esses grupos, compostos basicamente de negros, se aproveitavam da liberalidade característica do período carnavalesco para conseguirem as autorizações necessárias para suas apresentações. Os primeiros cucumbis a se apresentarem durante o carnaval mantinham sua organização original. Mas, pouco a pouco os encontros com os diversos grupos carnavalescos que tomavam as ruas do Rio de Janeiro acabaram inspirando novas formas de apresentações. Com isso, surgem os chamados Cucumbis Carnavalescos.[1] Felipe Ferreira, em seu livro Inventando Carnavais aborda o assunto e destaca alguma citações na imprensa. Alguns exemplos: O Diário de Notícias de 8 de março de 1883 inclui os cucumbis entre os grupos que se apresentaram durante o carnaval. O Jornal do Commercio de 14 de fevereiro de 1888 descreve a apresentação de um Cucumbi Carnavalesco do seguinte modo.
A valorização (inclusive turística!) da presença dos cucumbis no carnaval carioca pode ser percebida no texto publicado no Jornal do Commercio em 20 de junho de 1892 sobre o passeio da Sociedade Iniciadora Cucumbys Carnavalescos:
Os cucumbis carnavalescos, com seus instrumentos de percussão, seus ritmos, suas fantasias de índios e nobres e seus animais vivos ou empalhados se transformarão, no início do século XX, naquilo que mais tarde seria definido como cordão.[1] Ver tambémReferências
BibliografiaFERREIRA, Felipe. Inventando Carnavais. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2005. |