Color64
O Color64 foi um computador doméstico de 8 bits produzido no Brasil pela empresa carioca Novo Tempo/LZ entre 1983 e 1986, durante o período da Reserva de Mercado e baseado no TRS-80 Color Computer (também chamado de "CoCo", contração de "Color Computer") da Tandy/Radio Shack americana, o qual foi o primeiro computador da Tandy a gerar imagens gráficas em cores a um baixo custo de produção. Características
HistóricoLançado em meados de 1983,[1] o Color64 foi o segundo computador doméstico nacional a apostar na linha TRS-80 Color, criada pela Tandy/Radio Shack. Por essa mesma razão, o Color64 assemelha-se muito a um Color Computer 1, obedecendo inclusive a mesma disposição e localização das portas de entrada e saída. A linha de produção foi instalada nas antigas dependências da Cervejaria Skol, no Rio de Janeiro.[2] Devido às suas capacidades gráficas e sonoras, a Novo Tempo/LZ desenvolveu o "Comutador de Recursos Computacionais"-CRC, um hardware especialmente projetado para o mercado educional, que permitia que um Color64 fosse conectado a outros dez, formando assim um pequeno laboratório de informática. O primeiro equipamento, de posse do professor, controlava os outros dez, de posse dos alunos, compartilhando programas e, também, uma impressora serial.[3] Apesar de ter sido um dos pioneiros da linha TRS-80 Color no Brasil, nunca chegou a fazer sucesso fora do Rio de Janeiro, já que a Novo Tempo/LZ demorou demais para eleger bons representantes de vendas fora daquele Estado;[4] pouco tempo depois, em 1986, após a chegada da linha MSX, que oferecia melhores recursos de cor e som, o Color64 foi descontinuado, assim como diversos outros computadores da linha, restando apenas o CP400 Color, da Prológica. Segundo a Folha de S. Paulo, o Color64 era vendido, em julho de 1984, por 1,2 milhão de cruzeiros.[5] Clubes de UsuáriosPara divulgar a então nova linha TRS-80 Color Computer no Brasil e, assim, incrementar as vendas de seu Color64, a Novo Tempo incentivou a criação de Clubes de Usuários no Rio de Janeiro, sendo que o principal deles, o "Clube Color",[6] funcionava nas dependências da Micromaq, uma software-house que se especializou em fornecer jogos e aplicativos para os usuários desta linha de computadores.[7] Nestes clubes - que normalmente não cobravam taxas de seus associados, exceto quando publicavam algum tipo de boletim - os usuários se encontravam para discutir programas e trocar dicas e ideias sobre o equipamento, uma vez que quase nada foi lançado para esta linha no mercado editorial brasileiro. Referências
Ligações externas
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