Coendou mexicanus

Coendou mexicanus
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante  (IUCN 3.1)[1]
Classificação científica
Domínio:	Eukaryota
Reino:	Animalia
Filo:	Chordata
Classe:	Mammalia
Ordem:	Rodentia
Família:	Erethizontidae
Gênero:	Coendou
Espécies:	C. mexicanus
Nome binomial
Coendou mexicanus Kerr, 1792
Sinónimos
Sphiggurus mexicanus

O porco-espinho-anão-mexicano ou porco-espinho-mexicano (Coendou mexicanus) é uma espécie de porco-espinho.[2] Notável pela ampla distribuição, podendo ser achado no México, El Salvador, Costa Rica, Panamá, Guatemala, Honduras, Nicarágua e Belize.[3]

Tal espécie era atribuída ao gênero Sphiggurus,[2]já não mais reconhecido, com estudos provando que era polifiletico.[4] Seus parentes vivos mais próximos incluem o ocasionalmente simpátrico porco-espinho-andino e o mais raro Coendou rufescens.[4]

Descrição

Um espécime saudável em um parque de diversões em Vallejo, Califórnia.

Este porco-espinho possui a cabeça pálida e o corpo escuro. O comprimento da cabeça e do corpo varia entre cerca de 320 e 457 mm, com uma cauda variando de 200 a 358 mm. O peso máximo é de cerca de 2,6 kg. Este porco-espinho é coberto por espinhos curtos amarelados, mas estes são quase totalmente obscurecidos pelos longos pelos pretos do corpo.[5] Às vezes, os espinhos nos ombros e nas costas são visíveis projetando-se através dos cabelos. Em contraste, a cabeça é ausente de pelos, revelando os espinhos amarelados. O focinho é rosa, largo e bulboso, e os olhos são pequenos. A cauda é preênsil, espinhosa e larga na base, afinando para a ponta. Este porco-espinho difere do similar porco-espinho-andino, em que o ouriço-andino é mais espinhoso, não tem a pelagem peluda e é mais volumoso.[5]

Ecologia

Espécie de adaptações arborícolas, com sua cauda preênsil para se agarrar a galhos.[5] É um animal de hábitos noturnos e possui como preferência agir nas mais escuras noites. Atravessando o dia em troncos ocos de árvores, repousando em galhos frondosos, bambuais e terras altas. Como usam do mesmo esconderijo todos os dias, acumula uma pilha de excrementos que produz um forte odor. A dieta consiste em brotos, folhas jovens, frutas e sementes. Favorece como opção particular as árvores frutíferas dos gêneros Ingá, Cecropia, Ficus e Brosimum. Os indivíduos normalmente vivem sozinhos e são silenciosos, mas na época de reprodução é mais vocal, emitindo gritos e uivos. A fêmea geralmente tem um único filhote.[5] Seus maiores predadores, fora o homem, são cobras, coiotes, onças-pintadas e em áreas onde sobrepõe também são extensamente caçados pelos gaviões-reais.

Referências

1. Marinho-Filho, J.; Emmons, L. (2016). «Coendou prehensilis». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2016: e.T101228458A22214580. doi:10.2305/IUCN.UK.2016-2.RLTS.T101228458A22214580.en. Consultado em 19 de novembro de 2021 
2. Woods, C.A.; Kilpatrick, C.W. (2005). «Infraorder Hystricognathi». In: Wilson, D.E.; Reeder, D.M. Mammal Species of the World (em inglês) 3 ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press. pp. 1538–1600. ISBN 978-0-8018-8221-0. OCLC 62265494 
3. Biodiversity and Environmental Resource Data System of Belize "Sphiggurus mexicanus specimen records" Arquivado em 2014-03-05 na Archive.today. Accessed on 5 March 2014.
4. Voss, R. S.; Hubbard, C.; Jansa, S. A. (fevereiro de 2013). «Phylogenetic Relationships of New World Porcupines (Rodentia, Erethizontidae): Implications for Taxonomy, Morphological Evolution, and Biogeography» (PDF). American Museum Novitates (3769): 1–36. doi:10.1206/3769.2 
5. Reid, Fiona (2009). A Field Guide to the Mammals of Central America and Southeast Mexico. [S.l.]: OUP USA. pp. 244–245. ISBN 978-0-19-534322-9