Cinética musical
Cinética Musical (do grego kine = movimento), também chamada de agógica (ou agoge) é a parte da música que estuda a velocidade ou andamento com que cada peça musical deve ser executada. Etimologicamente, o termo agógica tem as suas raízes no verbo grego ágo que significa conduzir, andar, levar. Contudo, este termo, como hoje nós o conhecemos, foi criado pelo musicólogo alemão Karl Wilhelm Julius Hugo Riemann (1849-1919), em 1884, e que designa as flutuações de tempo introduzidas na execução de uma composição musical, com o fim de deixar uma margem de expressão ao intérprete. Ao escreverem a partitura, compositores utilizam termos técnicos em italiano de acepção universal. As indicações de andamento mais corriqueiras, do mais lento para o mais rápido, são as seguintes:
As marcações de tempo em bpm podem ser obtidas com auxílio de um metrônomo, um relógio especialmente construído para definir uma pulsação constante. Os valores associados a cada andamento são apenas de referência. Alguns compositores podem definir valores diferentes. Por exemplo, não é incomum que em uma partitura o allegro seja definido com 120 bpm. A indicação de tempo accelerando ou stringendo significa que um trecho musical deve começar lento e ir aumentando gradativamente de velocidade até ficar rápido; o contrário é ritardando ou rallentando. ExemplosSe ouvirmos o segundo movimento Concerto para piano e orquestra, nº 5, em mi bemol maior (1809, op. 73), de Ludwig van Beethoven, verificaremos que a velocidade com que a música é interpretada é efetivamente lenta: é um Adagio un poco mosso. Porém, se examinarmos a agógica da Abertura da ópera Ruslan e Ludmila, de Mikhail Ivanovich Glinka (1804-1857), verificaremos que a velocidade dessa peça orquestral é rápida: é um Presto. Ver também |
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