Chimalpahin Quauhtlehuanitzin
Chimalpahin Quauhtlehuanitzin (AFI: [tʃiːmaɬˈpaː.in kʷaːwtɬeːwaˈnitsin], "Corre rapidamente com um escudo" e "Águia Ascendente", respectivamente; Amecameca, 1579 — Cidade do México, 1660) foi um historiador e nobre asteca. Seu nome formal era Domingo Francisco de San Antón Muñoz Chimalpain. De ascendência indígena, foi descendente dos senhores de Tenango-Amecameca-Chalco, neto do finado Don Domingo Hernández Ayopochtzin, um descendente de sétima geração do rei fundador do regime. Chimalpahin era erudito e estimado, especialmente por sua educação e suas habilidades de manutenção de registros na antiga tradição.[1] Aos 15 anos de idade ingressou no colégio franciscano de Santiago Tlatelolco na Cidade do México, onde recebeu o nome San Antón, junto com uma educação tipicamente espanhola. Foi bem educado no colégio, principalmente no que diz respeito à geografia e história locais. Ele escreveu sobre o mundo nauatle, mas infelizmente a maioria de seus escritos foram perdidos.[2] Sua obra mais importante que sobreviveu até hoje é sua Relaciones ou Anales. Esta obra em nauatle foi compilada no início do século XVII, e baseia-se nos testemunhos de indígenas. Ela cobre os anos de 1589 a 1615. Ela também trata de eventos anteriores à conquista, listando reis e senhores indígenas, além de vice-reis espanhóis, arcebispos do México e inquisidores. Chimalpahin documentou a visita em 1610 e 1614 das delegações japonesas ao México (lideradas por Tanaka Shosuke e Hasekura Tsunenaga, respectivamente). Ele registrou uma luta em que um samurai japonês apunhalou um soldado espanhol em Acapulco no ano de 1614.[3] Chimalpahin também escreveu Diferentes historias originales (também conhecida como Relaciones originales). Esta obra é uma compilação de alegações e evidências da nobreza declaradas por líderes indígenas de Chalco-Amecameca. Foi escrita com o propósito de servir como um guia jurídico para autoridades vice-reais para garantir os privilégios aos membros da nobreza indígena. Existem oito dessas relaciones. Todas contém informações etnográficas, sociais e cronológicas de grande valor para os historiadores. Seus manuscritos acabaram, com o tempo, por cair nas mãos de Carlos de Sigüenza y Góngora. Para considerações acerca do destino dos documentos após a morte de Sigüenza, ver Lorenzo Boturini Bernaducci. Referências
Bibliografia
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