Charles Estienne
Charles Estienne (sinonímia: Carolus Stephanus), (* Paris, 1504 - Paris, 1564), foi médico, anatomista, botânico, erudito, humanista e impressor francês. Era filho do humanista francês Henri Estienne, o Velho (1470-1520).[1][2] Foi estudante de Medicina. De 1551 a 1561 e assumiu o comando da famosa prensa do seu pai. Charles Estienne (1504-1564) foi um dos primeiros expoentes a propagar a ciência da anatomia na França. Era mais jovem que seu irmão Robert Estienne,[3] o famoso impressor. Foi casado com Geneviève de Berly. Depois do treinamento humanístico habitual ele estudou Medicina e recebeu seu doutorado em Paris. Durante algum tempo foi tutor do futuro poeta francês Jean-Antoine de Baïf, É incerto onde ele ensinou publicamente. A sua carreira foi interrompida por causa das perseguições opressivas nas quais a sua família se viu envolvida por causa das questões religiosas. Estienne, embora descendente de uma família cuja preferência pelos clássicos foi a sua principal glória, não pode deixar de corresponder à imitação servil da anatomia de Galeno, assim como seu contemporâneo Jacobus Sylvius.[4] Diz-se ter sido ele o primeiro a detectar válvulas no orifício das veias hepáticas. Alheio, contudo, às pesquisas dos anatomistas italianos, a sua descrição do cérebro se mostra inferior à aquela apresentada por Alessandro Achillini sessenta anos antes. A sua comparação das cavidades cerebrais para o ouvido humano convenceu F. Portal de que ele conhecia o corno inferior,[5] e o hipocampo e suas prolongações; mas isto não significa que devamos prestigiar-lhe o mérito em detrimento da reputação de Achillini, a quem, como demonstram os testemunhos históricos, devemos atribuir os primeiros conhecimentos desse fato. As pesquisas de Estienne no que se refere à estrutura do sistema nervoso não são, todavia, úteis ou gloriosas; e a circunstância na demonstração de uma canal por todo o comprimento da Medula espinal, da qual nem sequer supeitavam ou perceberam os contemporâneos de sua época até que Jean-Baptiste de Sénac[6] (1693-1770) a tornou conhecida, já basta para colocá-lo ao nível dos descobridores da anatomia. Em 1551, quando seu irmão, Robert Estienne, deixou Paris rumo a Genebra, Carlos, que permanecera católico, se encarregou dos cuidados com a tipografia, e no mesmo ano foi nomeado impressor do rei. Em 1561 entrou em falência, e dizem que morreu numa prisão para devedores. A sua filha Nicole Estienne[7] foi uma poetisa prolífica e seu outro irmão François Estienne[8] também foi célebre tipógrafo. Charles Estienne teve também um tio chamado Robert Stephanus,[9] o segundo com esse nome que também foi impressor. Um sobrinho de Charles chamado Paul Estienne,[10] foi livreiro em Genebra. Obras
Referências
Bibliografia |
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