Cease Fire
"Cease Fire" é uma canção da cantora norte-americana Christina Aguilera, gravada para o seu sétimo álbum de estúdio Lotus. Foi escrita pela própria com o auxílio de Alexander Grant e Candice Pillay, sendo que a produção ficou a cargo do segundo sob o nome artístico de Alex da Kid. A sua gravação decorreu em 2012 nos estúdios Westlake Recording Studios, em Los Angeles, na Califórnia. Embora não tenha recebido qualquer tipo de lançamento em destaque, devido às vendas digitais após a edição do trabalho de originais, conseguiu entrar e alcançar a 189.ª posição na tabela musical da Coreia do Sul, South Korea Gaon International Chart, com 1 707 cópias vendidas no país. A nível musical, é uma canção de tempo moderado, classificada como uma balada, que deriva de origens estilísticas do pop rock, electrónica e dubstep. Possui um arranjo musical que consiste no uso de vocais, guitarra e baixo. Liricamente, a cantora reflete sobre o campo de batalha numa relação amorosa, recorrendo a referências relacionadas com guerra. Aguilera explicou que o tema foi inspirado no seu trabalho com o Programa Mundial de Alimentação, especialmente durante as suas visitas a Guatemala e ao Haiti. "Cease Fire" não reuniu consenso por parte dos críticos profissionais, sendo que enquanto uns elogiaram os vocais da artista e os instrumentos utilizados, outros consideraram que a música era repetitiva e serviu apenas para encher o disco. AntecedentesApós o lançamento do sexto álbum de estúdio de Christina, Bionic, em 2010, que falhou em obter um desempenho comercial positivo,[1] sucedeu-se o divórcio do seu ex-marido Jordan Bratman, a sua estreia em cinema com o musical Burlesque e a gravação da banda sonora de acompanhamento.[2] Posteriormente, a cantora tornou-se treinadora no concurso The Voice transmitido pela NBC, e foi convidada para colaborar com a banda Maroon 5 em "Moves like Jagger", que esteve durante quatro semanas na liderança da Billboard Hot 100 dos Estados Unidos.[3] Após estes acontecimentos, Aguilera anunciou que queria gravar o seu sétimo disco de originais, afirmando que ambicionava por faixas "pessoais" e de excelente qualidade.[3] Numa entrevista, a intérprete falou sobre o significado do trabalho e revelou o seguinte:[4]
A cantora manifestou ainda que o disco seria sobre "auto-expressão e liberdade" por causa dos problemas pessoais que tinha superado durante o último par de anos.[5] No programa The Tonight Show with Jay Leno em 2012, Christina falou sobre o seu novo material e confirmou que estava a demorar a gravar porque "não gostava de apenas obter as músicas a partir dos produtores". "Gosto que venham de um lugar pessoal... Estou muito animada. É divertido, emocionante, introspetivo, e vai ser extraordinário", rematou.[6] ConceçãoEm análise às faixas do álbum, Aguilera explicou que a ideia de conceber "Cease Fire" partiu da sua vontade em incluir um tema com uma abordagem cinematográfica, com "enormes e monstruosos" sons produzidos por marchas de bandas, afirmando querer ver a canção incluída na banda sonora de um filme.[7] A cantora referiu ainda que a música foi inspirada pelo seu trabalho com o Programa Mundial de Alimentação, especialmente quando visitou a Guatemala e o Haiti:[7]
Hillary Clinton (na imagem; ao centro) e David Novak (na imagem; à direita) acabaram por condecorar a artista com um prémio de reconhecimento pelos seus esforços e contribuições para ajudar a alimentar crianças desfavorecidas em todo o mundo.[8][9] Estilo musical e letra
"Cease Fire" é uma canção que deriva de origens estilísticas do pop rock,[10] com influências de música eletrónica e dubstep,[11] com produção do inglês Alex da Kid.[12] Com uma duração de quatro minutos e sete segundos (4:07),[13] a sua gravação esteve a cargo de Josh Mosser e decorreu em 2012, no estúdio Westlake Recording Studios em Los Angeles, na Califórnia.[12] A sua composição foi construída através de vocais, e J Browz tratou de incluir guitarra e baixo.[12] Oscar Ramirez tratou dos vocais, enquanto que Candice Pillay produziu os mesmos.[12] A letra foi escrita por Aguilera, da Kid e Pillay,[12] sendo considerada um apelo ao seu interesse amoroso para parar de lutar por um bem maior.[14] O seu conteúdo lírico também retrata a cantora numa espécie de campo de batalha, recorrendo a referências relacionadas com guerra, pendido ao seu companheiro para "baixar as armas".[10] Receção pela críticaApós o lançamento do disco, a canção não reuniu consenso nas análises por parte dos críticos especializados. Chris Younie, do canal 4Music, fez um comentário favorável e acrescentou que o tema "ainda que de tempo moderado, os seus arranjos e instrumentos persistentes e vocais rápidos de Christina criam uma certa urgência, energia e ritmo", além de Younie revelar que se sentiu "no meio de um campo de batalha".[15] Sal Cinquemani, da revista Slant, considerou a faixa uma das "maiores surpresas do álbum" e que mais iguais deveriam ter sido concebidas, salientando ainda que a direção musical com "infusões raga" reforça "o apelo vagamente apolítico e chocante de Aguilera para a paz".[16] Tris McCall, do New Jersey On-Line, e Caomhan Keane, do sítio Entertainment.ie, foram unânimes em considerar o bom uso de sons de marcha de uma banda, com Keane a salientar que "é preciso uma batida militar interessante e desperdiçá-la num cântico repetitivo à sua própria paciência".[17] Andrew Hampp, da revista Billboard, não foi consensual na sua análise e escreveu que, "este é o tempo em que as analogias militares começam a desgastar-se, sem a ajuda de um coro que nunca arranca".[10] Michael Gallucci do Pop Crush também se sentiu dividido, afirmando que "Cease Fire" apresenta "uma das batidas mais resistentes do álbum, mas Aguilera impede-a de se tornar num golpe assassino".[18] Através do editor Mike Wass, o portal Idolator registou que o tema era uma "confusão eletrónica e de dubstep", considerando que era como produções de baladas de Ryan Tedder (referindo "Already Gone", de Kelly Clarkson, e "Halo", de Beyoncé) com ruído branco.[11] No entanto, Wass admitiu também que são necessárias algumas reproduções, mas depois de ouvir bem, o refrão "escoa através da produção desafiadora".[11] Sam Hine, do Popjustice, e Annie Zaleschi, do The A.V. Club, consideraram que a canção parecia ter sido rejeitada por Rihanna.[19][20] Jim Farber, a escrever para o Daily News, partilhou da mesma opinião que os colegas acima, acrescentando que notou "um acento das ilhas improvável à la Rihanna".[21] Fiona Sheperd, do jornal compacto diário escocês The Scotsman, também concordou e acrescentou que o registo possuía um "estilo ragga estridente" semelhante ao da cantora barbadense.[22] Desempenho nas tabelas musicaisApós o lançamento do disco, a faixa conseguiu entrar e alcançar a 189.ª posição na tabela musical da Coreia do Sul, South Korea Gaon International Chart, com vendas avaliadas em 1 707 cópias.[23] Posições
CréditosTodo o processo de elaboração da canção atribui os seguintes créditos pessoais:[12]
Referências
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