Castelo de Peyrepertuse
O Castelo de Peyrepertuse (em occitano "Pèirapertusa"), localiza-se na comuna de Duilhac-sous-Peyrepertuse, no Departamento de Aude, na região de Languedoc-Roussillon, na França. Em posição dominante no alto de uma crista calcária que separa Duilhac da vila de Rouffiac-des-Corbières, a sua função era a de vigiar os vales circundantes, controlar os desfiladeiros na montanha e comunicar-se por sinais com o Castelo de Quéribus, um pouco mais ao Sul. HistóriaAntecedentesO local do castelo foi primitivamente ocupado pelos Romanos desde o alvorecer do século I a.C., conforme têm mostrado as recentes pesquisas. O castelo medievalAs primeiras referências históricas à existência do castelo remontam ao ano de 806, quando ele pertencia à Catalunha e se denominava Pérapertusès (em occitano Pèirapertusés) que significa Pedra furada.[1] Posteriormente, o seu domínio veio a pertencer ao conde de Besalù, uma pequena vila situada entre Figueras e Olot na Catalunha, de acordo com um texto datado de 1020. O castelo e seus domínios passam mais tarde a integrar os do condado de Barcelona, e depois ainda os do viscondado de Narbona. Em 1162, o conde de Barcelona Afonso II de Aragão, separou a coroa do reino de Aragão formando o reino de Espanha. A situação política nesta região não ficou clara até à assinatura do Tratado de Corbeil em 1258, que deixou livres a Catalunha e o Languedoc. Este diploma estabeleceu ainda as fronteiras ao Sul do Castelo de Peyrepertuse, que se tornou um posto avançado de proteção contra a Espanha. À época da Cruzada albigense, ele constitui-se no feudo Guillaume de Peyrepertuse, excomungado em 1224. Este último se submeteu após o desastre do cerco de Carcassone e o castelo e seus domínios tornaram-se uma possessão francesa em 1240. São Luís decidiu reforçá-lo em 1242, acrescentando-lhe uma segunda parte, o "torreão de San-Jordy", situado em plano mais elevado sobre a crista. O conjunto tornou-se uma das fortalezas reais - os "Cinco filhos de Carcassonne" - que defendiam a fronteira francesa frente ao reino de Aragão, depois a Espanha já no século XVII. Mesmo a cidadela não apresentado mais valor estratégico após a anexação do condado do Rossilhão em 1658, uma guarnição foi mantida no castelo até à época da Revolução Francesa, após a qual foi abandonado, caindo em ruínas. Do século XX aos nossos diasO conjunto encontra-se relacionado como monumento histórico pelo Ministério francês de Cultura desde 1908. Em ruínas, modernamente é considerado como um dos chamados "castelos cátaros", atraindo cerca de cem mil visitantes por ano. CaracterísticasO castelo tem as dimensões gerais de trezentos metros de comprimento por sessenta de largura na sua parte mais larga. A entrada principal rasga-se na muralha norte e as demais faces são naturalmente protegidas pelas escarpas. Todo o castelo encontra-se envolvido por muralhas cuidadosamente firmadas nas escarpas. O seu troço norte, mais acessível, é mais imponente que o lado sul, mais protegido por declives mais abruptos. O conjunto é composto por duas esplanadas, a leste e a oeste. A primeira é delimitada por uma cortina com cento e vinte metros de extensão, balizada por duas torres. Nela Podem-se observar, o primitivo castelo do conde de Besalù e a capela do século XII.[2] Uma cisterna também pode ser observada junto a este primitivo castelo. Sobre a esplanada oeste se ergue o castelo mais recente, empoleirado sobre a rocha de San-Jordy. A comunicação entre ambas as partes, baixa e alta do conjunto, é feita por uma íngreme escadaria denominada de escada de São Luís. O "torreão de San-Jordy" é, na realidade, um castelo em si, com o seu próprio sistema defensivo, capaz de resistir a um assalto do inimigo, mesmo que este tenha dominado a parte inferior do conjunto. CuriosidadesA entrada principal do castelo dá-se pela face norte, mas à época dos Cátaros uma passagem secreta permitia o acesso, ao final de um estreito caminho por detrás de um grande espigão rochoso através de uma escada amovível. Essa poterna encontra-se atualmente vedada, embora o caminho ainda exista. NotasVer tambémLigações externas
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