Casa Aprígio Gomes
A Casa Aprígio Gomes é um edifício histórico situado na atual Freguesia de Venteira, na cidade e no Município da Amadora, em Portugal.[1] Funcionou como Centro de Ciência Viva da Amadora entre 2003[2] e 2011,[3] tendo posteriormente passado a ser a Galeria Municipal Artur Bual.[4] A Casa Aprígio Gomes está classificada como de Imóvel de Interesse Municipal desde 2006.[1] Descrição e históriaO edifício consiste numa antiga casa abastada, situada junto a um largo na Rua Luís de Camões, na Amadora.[2] Foi classificado como de Imóvel de Interesse Municipal.[2] Destaca-se pela sua diversidade de estilos artísticos, apresentando três elementos de maior importância: o torreão com três andares, que funciona como ponto de ligação entre os diversos pisos, e duas galerias, conhecidas como lógias, a primeira no segundo piso, com arcos de volta perfeita em cantaria, enquanto que a segunda, de menores dimensões, está localizada no ponto extremo oposto à entrada, e tem apenas dois pares de vãos.[5] Está inserida num espaço de planta quadrangular, decorado com uma faixa de azulejos e uma cornija saliente.[5] Outro elemento de interesse é a cobertura, rematada por uma cúpula com telhado de forma cónica.[5] Originalmente tinha um quintal em redor, que foi eliminado aquando das obras de adaptação a museu.[5] Foi construída em 1903 para o industrial lisboeta José Aprígio Gomes (1867-1932), e desenhada pelo arquitecto Guilherme Eduardo Gomes,[2] que ficou conhecido por ter igualmente planeado os edifícios dos Recreios Desportivos da Amadora e do Chalet Desidéria.[5] Na altura, localizava-se junto à Estrada Real,[2] numa das entradas da Amadora, numa área que ainda era principalmente rural.[5] A construção da casa inseriu-se numa fase de progresso urbano para a Amadora, impulsionado pela inauguração do caminho de ferro, durante o qual foram construídas várias casas abastadas, incluindo a de Aprígio Gomes.[5] Desta forma, pode ser considerada como um marco histórico da evolução urbana da Amadora, então conhecida como Porcalhota.[5] Foi um dos poucos edifícios originais que sobreviveram às diversas fases de urbanização da área, durante as décadas de 1960 e 1970.[6] Foi adquirida pela Câmara Municipal da Amadora nos princípios do século XXI,[2] estando nessa altura em grave estado de conservação.[5] Foi alvo de obras para a instalação do Centro de Ciência Viva da Amadora, em cooperação com a Universidade de Lisboa, o Instituto Superior de Engenharia e a Escola Profissional Gustavo Eiffel.[2] O Centro foi inaugurado em Setembro de 2003,[2] e encerrou em Novembro de 2011.[3] Em 2014, a Galeria Municipal da Amadora foi passada para a Casa Aprígio Gomes, tendo o novo espaço sido inaugurado em 12 de Abril, no âmbito das comemorações dos 40 anos do 25 de Abril.[4] A Galeria passou a ter o nome de Artur Bual, em homenagem ao importante artista pástico, que faleceu na Amadora em 1999, tendo sido inaugurada com uma exposição de obras deste autor.[7] O espaço é utilizado em vários eventos culturais, como exposições de arte,[8][9] e apresentações de livros.[10] Ver tambémReferências
Ligações externas
|
Portal di Ensiklopedia Dunia