Carlos Carranca
Carlos Alberto Carranca de Oliveira e Sousa (Figueira da Foz, 9 de Novembro de 1957 - Lisboa, 29 de Agosto de 2019) foi um professor e escritor português. Distinguiu-se pela sua carreira poética, tendo estado especialmente ligado à cultura de Coimbra. BiografiaPrimeiros anos e formaçãoNasceu na cidade da Figueira da Foz, em 9 de Novembro de 1957, mas viveu a sua infância e juventude na cidade de Coimbra.[1] Frequentou a Universidade Autónoma de Lisboa, onde tirou a licenciatura em História e depois um doutoramento em em Língua e Cultura Portuguesa.[1] Carreira profissional e artísticaTrabalhou como professor do ensino superior, tendo ensinado na Escola Superior de Educação Almeida Garrett, onde também dirigiu a biblioteca, e na Universidade Lusófona como professor associado convidado.[1] Naquela instituição de ensino também dirigiu o Gabinete de Acção Cultural, fundou e foi director adjunto da Biblioteca Geral, foi co-fundador e coordenador da colecção Meia Hora de Leitura, foi secretário no Centro de Estudos de História Contemporânea, foi um dos fundadores do Centro de Iniciação Teatral, e fundou e foi presidente do Conselho Fiscal das Edições Universitárias Lusófonas.[2] Passou igualmente pelas escolas de Cascais, onde se notabilizou como animador cultural e promotor da poesia nacional, tendo ensinado na Escola Secundária Ibn Mucana, onde também esteve à frente da animação cultural e fundou a revista Oxalá.[2] Trabalhou igualmente na Escola Profissional de Teatro de Cascais[1] e na Escola Secundária de Alvide, onde criou um movimento juvenil de apoio à candidatura a Miguel Torga ao Prémio Nobel.[2] Entre 1994 e 1999 foi o organizador da iniciativa Noite das Artes, que encerrava as Jornadas de Educação e Cultura do Concelho de Cascais, e onde foram homenageados grandes nomes da literatura nacional.[2] Na sua carreira literária, escreveu principalmente sobre Coimbra, tendo-se destacado pelas suas obras de poesia Serenata Nuclear, 7 Poemas para Carlos Paredes e Coimbra à Guitarra.[3] Também escreveu a biografia do músico Luiz Goes.[3] Também trabalhou como ensaísta, animador cultural, cantor e declamador, tendo sido um dos principais autores e intérpretes sobre o Fado de Coimbra.[3] Tornou-se num dos maiores investigadores sobre o escritor Miguel Torga, tendo sido sócio fundador e director do Círculo Cultural Miguel Torga, e responsável por duas homenagens que lhe foram feitas, uma a nível nacional e outra em Cascais.[2] Também esteve muito ligado à Lousã, tendo por exemplo lançado no Cine-Teatro daquela vila a sua obra Lousã em Menino.[2] Foi sócio fundador da Sociedade Africanóloga de Língua Portuguesa, presidente da Sociedade da Língua Portuguesa entre 1998 e 2001, sócio da Associação Portuguesa de Escritores, director adjunto do jornal Artes & Artes,[2] director do Centro de Estudos da Lusofonia Agostinho da Silva, e assessor cultural da Associação dos Antigos Estudantes de Coimbra em Lisboa.[1] Fazia igualmente parte do conselho académico do clube desportivo Associação Académica de Coimbra,[1] e colaborou de forma regular na Associação 25 de Abril e no Museu da República e Resistência.[2] Falecimento e homenagensFaleceu em 29 de Agosto de 2019 na cidade de Lisboa, aos 61 anos de idade, vítima de uma doença prolongada.[1] Nos últimos meses de vida, tinha sido por diversas vezes internado no Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil.[4] Em Junho de 2001, foi homenageado com a Medalha de Mérito Cultural do Município de Cascais.[5] Obras publicadas
Referências
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