Moeda do Canato de Ganja.Jóia de ouro do Canato de Ganja.
O Canato de Ganja (em persa: خانات گنجه — Khānāt-e Ganjeh, em azeri: Gəncə xanlığı, Ҝәнҹә ханлығы, گنجه خنليغى) foi um canato semi-independente que foi estabelecido na Pérsia afexárida e ocupou o território do que actualmente é o Azerbaijão entre 1747[1] e 1805.[2] O canato foi governado pela dinastia dos Ziadoglus (Ziadecanove) de origem Cajar como governadores baixo os safávidas[3] e o Nader Xá. Xavardi Sultão Ziadoglu Cajar tornou-se o cã de Ganja em 1554.[3]
História política
No final do século XVIII, o Canato de Ganja era um dos lugares mais prósperos economicamente do Cáucaso, beneficiando-se da localização estratégica da sua capital nas estradas regionais. Por este motivo, dois vizinhos politicamente mais fortes, o Reino da Geórgia e o Canato do Carabaque, interferiram na independência de Ganja.
Nessa altura, uma nova e forte autoridade central fora estabelecida no Irão por Maomé Cã Cajar. Os habitantes do canato receberam positivamente o novo governante persa; não apenas na esperança de receber protecção, mas também para recuperar à custa da Geórgia as perdas sofridas na década de 1780.[4]
Em 1795, Javade Cã de Ganja aderiu à expedição persa contra a Geórgia.[4]
Durante a primeira Guerra russo-persa (1804–1813) Ganja foi considerada pelos russos, os quais tinham antes apoiado a pretensão georgiana sobre o canato, como uma vila de extrema importância.[2] O general Pavel Tsitsianov[5] inquiriu a Javade Cã[6] pedindo-lhe para submeter-se ao domínio russo, mas sempre foi rechaçado. A 20 de Novembro de 1803, a armada russa moveu-se de Tiflis e em Dezembro, Tsitsianov começou a preparar os preparativos do cerco. Depois dum bombardeamento de artilharia pesada, a 3 de Janeiro de 1804 às cinco horas da manhã, Tsitsianov deu a ordem de atacar a fortaleza. Depois duma dura luta, os russos conseguiram capturar a fortaleza.[2][5] Javade Cã foi morto, juntamente com os seus filhos.
Ganja foi renomeada Elisabethpol em honra da mulher de Alexandre Elisabete.[2]