Campanha por ministra negra no STF
A Campanha por ministra negra no STF é um conjunto de ações e atos organizados em nível nacional no Brasil para que o Estado brasileiro possua em sua instância jurídica superior, o Supremo Tribunal Federal, a representação de uma mulher negra.[1][2][3] Contexto históricoCom a aposentadoria próxima da ministra Rosa Weber cria-se a necessidade de uma nova pessoa para ocupar a vaga no STF.[4] Os movimentos negros lançaram um site buscando mobilizar uma campanha para uma mulher negra no STF.[5] A Atual ministra da Igualdade e Justiça social, Anielle Franco, escreveu um artigo retomando o contexto histórico do processo de busca por direitos para a população negra e em especial as mulheres. Em sua escrita ela retoma a história de Esperança Garcia e compara o momento histórico vivido e a necessidade da ocupação da 1ª vaga de uma mulher negra no STF.[6][7] O MND é uma organização da sociedade civil que qualifica e promove a agenda liderada por mulheres negras na política institucional, através da elaboração de pesquisas, dados e publicações. Ao longo dos meses agosto e outubro, uma série de ações serão realizadas pela organização em todo o país. Entre elas, o lançamento do estudo “Por que uma jurista negra?”. [8] Para a Coordenadora de Dados e Cuidados Coletivos do MND, Beatriz Amparo, o estudo vai fomentar o campo de discussão sobre a participação de mulheres negras em espaços de decisão na política institucional e servir de insumo para pensar políticas públicas. “É um material que vai nos permitir entender que é urgente ter representantes orientados em análises profundas sobre a realidade da população brasileira, respaldadas em fatos históricos, dados, autocrítica, interesse no indivíduo, na confluência comunitária e emancipatória para todas as pessoas. E reparação”, ressalta Amparo.[9] Impacto no BrasilAtos cobrando a nomeação ocorreram em capitais brasileiras.[10] Segundo a advogada da Coalizão Negra por Direitos, Maíra Vida, a indicação de uma mulher negra e progressista para a vaga seria uma "reparação histórica e justiça racial".[11] Impacto no mundoEm um vídeo exibido na Times Square em Nova Iorque, explicitando a demanda de maior representatividade nos espaço institucionais, é possível ver a imagem de uma jovem menina negra com os dizeres "Quando eu crescer, quero ser ministra do STF".[12] Na cúpula do G20, realizada na Índia, a principal via de saída do aeroporto de Nova Déli recebeu uma śerie de painéis pressionando a nomeação, uma responsabilidade do atual presidente da república, Luís Inácio Lula da Silva.[13] Referências
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