Córrego Novo
Córrego Novo é um município brasileiro no interior do estado de Minas Gerais, Região Sudeste do país. Localiza-se no Vale do Rio Doce e pertence ao colar metropolitano do Vale do Aço, estando situado a cerca de 320 km a leste da capital do estado. Ocupa uma área de 205,385 km², sendo que 0,3 km² estão em perímetro urbano, e sua população em 2018 era de 2 814 habitantes. A sede tem uma temperatura média anual de 21,3 °C e na vegetação original do município predomina a Mata Atlântica. Com 65% da população vivendo na zona urbana, a cidade contava, em 2009, com três estabelecimentos de saúde. O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,632, classificado como médio em relação ao estado. A área do atual município foi explorada pela primeira vez pelos irmãos Antônio Albano dos Reis e Cessário Albano dos Reis, que estavam à procura de terras fecundas. A fertilidade do solo fez com que os irmãos dessem início à agricultura e o rendimento da atividade atraiu novos habitantes, formando-se um povoamento que foi transformado em distrito em 1948, subordinado a Bom Jesus do Galho, sendo emancipado em 1962. A agropecuária, o comércio e a prestação de serviços configuram-se como prevalecentes fontes empregadoras da população córrego-novense. A culinária, o artesanato e eventos festivos, tais como a Cavalgada de Córrego Novo e as comemorações religiosas do dia de Santa Ifigênia, padroeira municipal, são algumas das principais manifestações culturais. O turismo ecológico também se faz presente, com a existência de trilhas, matas, lagoas e cachoeiras abertas à visitação. HistóriaOs primeiros a desbravarem a área do atual município, então pertencente a Bom Jesus do Galho, foram os irmãos Antônio Albano dos Reis e Cessário Albano dos Reis, que vieram do povoado de Iguaçu à procura de terras. No local, encontraram solos férteis e propícios à agricultura, que levaram os irmãos a se estabelecerem e darem início ao povoamento. O nome recebido pelo lugar foi Córrego Novo, devido à existência de diversos ribeirões e córregos.[2] Dado o desenvolvimento econômico e populacional que vinha sendo observado, a partir do povoado foi criado o distrito de Córrego Novo, subordinado a Bom Jesus do Galho, pela lei estadual nº 336, de 27 de dezembro de 1948. A emancipação foi decretada pela lei estadual nº 2.764, de 30 de dezembro de 1962, com instalação realizada em 1º de março de 1963. A lei municipal nº 459, de 22 de junho de 1994, criou o distrito de Pingo-d'Água, no entanto este foi emancipado pela lei estadual nº 12.030, de 21 de dezembro de 1995.[2] Entre a noite do dia 19 e madrugada de 20 de novembro de 2019 a cidade foi atingida por um temporal acompanhado de rajadas de vento e chuvas intensas que provocaram enchentes de grandes proporções. Cerca de 60% das residências da zona urbana foram danificadas, famílias desabrigadas precisaram se alojar na Escola Municipal Professor Borges da Costa e houve interrupção dos serviços de comunicação, levando a prefeitura a decretar estado de emergência. Com isso campanhas de arrecadação de donativos e suprimentos para os atingidos foram realizadas nos municípios do Vale do Aço por igrejas e outras instituições.[7][8] GeografiaA área do município, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 205,385 km²,[1] sendo que 0,3682 km² constituem a zona urbana.[9] Situa-se a 19º49'55" de latitude sul e 42°23'47" de longitude oeste e está a uma distância de 319 quilômetros a leste da capital mineira, fazendo parte do colar metropolitano do Vale do Aço juntamente com outras 23 cidades (além dos quatro municípios principais).[10] Seus municípios limítrofes são Pingo-d'Água, a norte; Dionísio, a oeste; Raul Soares, a sul; e Bom Jesus do Galho, a leste.[11] De acordo com a divisão regional vigente desde 2017, instituída pelo IBGE,[12] o município pertence às Regiões Geográficas Intermediária de Ipatinga e Imediata de Caratinga.[13] Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, fazia parte da microrregião de Caratinga, que por sua vez estava incluída na mesorregião do Vale do Rio Doce.[14] Relevo, hidrografia e meio ambienteO relevo do município de Córrego Novo é predominantemente montanhoso.[11] A altitude máxima encontra-se a 854 metros acima do nível do mar, na Pedra do Córrego Novo, enquanto que a altitude mínima está na divisa com o município de Dionísio, com 262 metros. Já o ponto central da cidade está a 400 m.[11] A vegetação predominante é a Mata Atlântica, sendo que os principais problemas ambientais presentes, segundo a prefeitura em 2010, estavam relacionados à poluição hídrica, às queimadas e ao desmatamento.[15] O território municipal está situado na gama de abrangência do Parque Estadual do Rio Doce (PERD), que é a maior reserva de Mata Atlântica do estado de Minas Gerais, no entanto o predomínio é do reflorestamento com eucalipto visando a alimentar as indústrias do Vale do Aço, principalmente da Cenibra e Aperam South America.[16][17] Córrego Novo ainda faz parte do complexo da RPPN Reserva Feliciano Miguel Abdalla, sediada em Caratinga, onde é encontrado o muriqui-do-norte, que é o maior primata da América do Sul.[18] O território é banhado por vários mananciais, sendo os principais o rio Doce, os ribeirões dos Óculos e Mantimento e os córregos Santo Antônio e da Ferrugem, que fazem parte da bacia do rio Doce.[2][11] Por vezes, na estação das chuvas, os mananciais que cortam o município sofrem com a elevação de seus níveis, provocando enchentes em suas margens, o que exige a existência de um sistema de alerta contra enchentes eficaz.[19] Atualmente existe uma série de estações pluviométricas, fluviométricas e telemétricas instaladas na região, que são administradas pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) e Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e que visam a alertar a população de uma possível enchente.[20] Clima
O clima córrego-novense é caracterizado, segundo o IBGE, como tropical sub-quente semiúmido (tipo Aw segundo Köppen),[22] tendo temperatura média anual de 21,3 °C com invernos secos e amenos e verões chuvosos e com temperaturas elevadas.[23][24] O mês mais quente, fevereiro, tem temperatura média de 23,7 °C, sendo a média máxima de 29 °C e a mínima de 18,5 °C. E o mês mais frio, julho, de 17,9 °C, sendo 24,5 °C e 11,4 °C as médias máxima e mínima, respectivamente. Outono e primavera são estações de transição.[25] A precipitação média anual é de 1 260 mm, sendo julho o mês mais seco, quando ocorrem apenas 12,6 mm. Em dezembro, o mês mais chuvoso, a média fica em 254 mm.[25] Nos últimos anos, entretanto, os dias quentes e secos durante o inverno têm sido cada vez mais frequentes, não raro ultrapassando a marca dos 30 °C, especialmente entre julho e setembro. Em agosto de 2010, por exemplo, a precipitação de chuva em Córrego Novo não passou dos 0 mm.[26] Durante a época das secas e em longos veranicos em pleno período chuvoso também são comuns registros de queimadas em morros e matagais, principalmente na zona rural da cidade, o que contribui com o desmatamento e com o lançamento de poluentes na atmosfera.[15][27] Segundo dados da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), desde 1969 o maior acumulado de chuva registrado em 24 horas em Córrego Novo foi de 160 mm no dia 20 de março de 2005.[28] Outros grandes acumulados foram de 148 mm em 18 de dezembro de 2000,[29] 125,2 mm em 15 de novembro de 1991[30] e 120,5 mm em 8 de fevereiro de 2021.[21] De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o município é o 341º colocado no ranking de ocorrências de descargas elétricas no estado de Minas Gerais, com uma média anual de 4,4878 raios por quilômetro quadrado.[31]
Demografia
Em 2010, a população do município foi contada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 3 127 habitantes.[33] Segundo o censo daquele ano, 1 555 habitantes eram homens e 1 572 habitantes mulheres. Ainda segundo o mesmo censo, 2 038 habitantes viviam na zona urbana e 1 089 na zona rural.[33] Já segundo estatísticas divulgadas em 2018, a população municipal era de 2 814 habitantes.[1] Da população total em 2010, 746 habitantes (23,86%) tinham menos de 15 anos de idade, 2 074 habitantes (66,33%) tinham de 15 a 64 anos e 307 pessoas (9,82%) possuíam mais de 65 anos, sendo que a esperança de vida ao nascer era de 73,3 anos e a taxa de fecundidade total por mulher era de 2,3.[34] Em 2010, a população córrego-novense era composta por 995 brancos (31,82%), 169 negros (5,40%), 14 amarelos (0,45%), 1 948 pardos (62,30%) e um indígena (0,03%).[35] Considerando-se a região de nascimento, 3 086 eram nascidos no Sudeste (98,70%), três na Região Norte (0,09%), 12 no Nordeste (0,37%) e seis no Sul (0,18%). 3 072 habitantes eram naturais do estado de Minas Gerais (98,23%) e, desse total, 2 124 eram nascidos em Córrego Novo (67,92%).[36] Entre os 55 naturais de outras unidades da federação, São Paulo era o estado com maior presença, com 12 pessoas (0,38%), seguido por Alagoas, com nove residentes (0,29%), e pelo Paraná, com seis habitantes residentes no município (0,18%).[37] O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de Córrego Novo é considerado médio pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), sendo que seu valor é de 0,632 (o 3448º maior do Brasil). A cidade possui a maioria dos indicadores próximos à média nacional segundo o PNUD. Considerando-se apenas o índice de educação o valor é de 0,525, o valor do índice de longevidade é de 0,805 e o de renda é de 0,596.[5] De 2000 a 2010, a proporção de pessoas com renda domiciliar per capita de até meio salário mínimo reduziu em 48,5% e em 2010, 77,3% da população vivia acima da linha de pobreza, 12,8% encontrava-se na linha da pobreza e 10,0% estava abaixo[38] e o coeficiente de Gini, que mede a desigualdade social, era de 0,43, sendo que 1,00 é o pior número e 0,00 é o melhor.[39] A participação dos 20% da população mais rica da cidade no rendimento total municipal era de 46,4%, ou seja, 12 vezes superior à dos 20% mais pobres, que era de 4,9%.[38] De acordo com dados do censo de 2010 realizado pelo IBGE, a população de Córrego Novo está composta por: 2 483 católicos (79,41%), 503 evangélicos (16,08%), 124 pessoas sem religião (3,96%) e 0,55% estão divididos entre outras religiões.[40] A Paróquia Santa Ifigênia, subordinada à Diocese de Caratinga, está sediada em Córrego Novo e também abrange o município de Pingo-d'Água. Encontra-se localizada na Forania de Caratinga e está composta por dez comunidades católicas segundo dados de 2013.[41] Política e administraçãoA administração municipal se dá pelos Poderes Executivo e Legislativo. O Executivo é exercido pelo prefeito, auxiliado pelo seu gabinete de secretários. O atual prefeito é Ailton Lima de Paula, do Partido da República (PR), que foi eleito nas eleições municipais de 2012[42] e reeleito em 2016 com 65,46% dos votos válidos, ao lado de Nelson de Paula como vice-prefeito.[43] O Poder Legislativo, por sua vez, é constituído pela câmara municipal, composta por nove vereadores.[44] Cabe à casa elaborar e votar leis fundamentais à administração e ao Executivo, especialmente o orçamento participativo (Lei de Diretrizes Orçamentárias).[45] Em complementação ao processo Legislativo e ao trabalho das secretarias, existem também conselhos municipais em atividade, entre os quais dos direitos da criança e do adolescente e tutelar, criados em 2009.[46] Córrego Novo se rege por sua lei orgânica[47] e é termo da Comarca de Caratinga, do Poder Judiciário estadual, de entrância especial, juntamente com os municípios de Bom Jesus do Galho, Entre Folhas, Imbé de Minas, Piedade de Caratinga, Pingo-d'Água, Santa Bárbara do Leste, Santa Rita de Minas, Ubaporanga e Vargem Alegre.[48] O município possuía, em dezembro de 2016, 3 150 eleitores, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que representa 0,02% do eleitorado mineiro.[49] EconomiaNo Produto Interno Bruto (PIB) de Córrego Novo, destacam-se a agropecuária e a área de prestação de serviços. De acordo com dados do IBGE, relativos a 2011, o PIB do município era de R$ 22 974 mil.[50] 565 mil eram de impostos sobre produtos líquidos de subsídios a preços correntes e o PIB per capita era de R$ 7 439,80.[50] Em 2010, 48,39% da população maior de 18 anos era economicamente ativa, enquanto que a taxa de desocupação era de 3,0%.[34] Salários juntamente com outras remunerações somavam 2 949 mil reais e o salário médio mensal de todo município era de 1,5 salários mínimos. Havia 50 unidades locais e 50 empresas atuantes.[51]
A pecuária e a agricultura representam o segundo setor mais relevante na economia de Córrego Novo. Em 2011, de todo o PIB da cidade, 6 012 mil reais era o valor adicionado bruto da agropecuária,[50] enquanto que em 2010, 49,82% da população economicamente ativa do município estava ocupada no setor.[34] Segundo o IBGE, em 2012 o município possuía um rebanho de 55 asininos, 8 540 bovinos, 57 bubalinos, 225 equinos, 105 muares, 37 ovinos, 767 suínos e 7 322 aves, entre estas 1 535 galinhas e 5 787 galos, frangos e pintinhos.[53] Neste mesmo ano, a cidade produziu 3 826 mil litros de leite de 2 996 vacas, 11 mil dúzias de ovos de galinha e 5 345 quilos de mel de abelha.[53] Na lavoura temporária, são produzidos principalmente a cana-de-açúcar (1 500 toneladas produzidas e 30 hectares cultivados), o milho (950 toneladas e 250 hectares) e o arroz (259 toneladas e 70 hectares), além do feijão e da mandioca.[52] Já na lavoura permanente, destacam-se o café (140 toneladas produzidas e 120 hectares cultivados), a banana (14 toneladas produzidas e dois hectares cultivados) e o coco-da-baía (10 mil frutos e dois hectares), além da laranja.[54]
A indústria, em 2011, era o setor menos relevante para a economia do município. 2 148 reais do PIB municipal eram do valor adicionado bruto do setor secundário.[50] A produção industrial ainda é incipiente na cidade, mesmo que comece a dar sinais de aprimoramento, sendo resumida principalmente à extração de madeira, em especial do eucalipto, para suprir à demanda das siderúrgicas da Região Metropolitana do Vale do Aço, como da Cenibra e da Aperam South America.[16][17][55] Em 2012, de acordo com o IBGE, foram extraídos 297 metros cúbicos de madeira em lenha[56] e segundo estatísticas do ano de 2010, 1,04% dos trabalhadores de Córrego Novo estavam ocupados no setor industrial.[34] Neste mesmo ano, 4,77% da população ocupada estava empregada no setor de construção, 0,29% nos setores de utilidade pública, 5,39% no comércio e 36,93% no setor de serviços[34] e em 2011, 14 249 reais do PIB municipal eram do valor adicionado bruto do setor terciário.[50] InfraestruturaHabitação e criminalidadeNo ano de 2010, a cidade tinha 997 domicílios particulares permanentes. Desse total, 984 eram casas e 13 eram apartamentos. Do total de domicílios, 706 são imóveis próprios (701 já quitados e cinco em aquisição), 122 foram alugados, 166 foram cedidos (68 cedidos por empregador e 98 cedidos de outra forma) e três foram ocupados sob outra condição.[57] Parte dessas residências conta com água tratada, energia elétrica, esgoto, limpeza urbana, telefonia fixa e telefonia celular. 633 domicílios eram atendidos pela rede geral de abastecimento de água (63,49% do total); 985 (98,79%) possuíam banheiros para uso exclusivo das residências; 662 (66,39% deles) eram atendidos por algum tipo de serviço de coleta de lixo; e 981 (98,39%) possuíam abastecimento de energia elétrica.[57] A criminalidade ainda é um problema presente em Córrego Novo.[58] Entre 2006 e 2008, foram registrados dois homicídios (ambos em 2007),[59] apesar de não terem sido registradas mortes por suicídios[60] ou acidentes de transito.[61] Saúde e educaçãoEm 2009, o município possuía três estabelecimentos de saúde entre hospitais, pronto-socorros, postos de saúde e serviços odontológicos, sendo todos públicos municipais e integrantes do Sistema Único de Saúde (SUS).[62] Em 2013, 100% das crianças menores de 1 ano de idade estavam com a carteira de vacinação em dia.[63] Em 2012, foram registrados 32 nascidos vivos, sendo que o índice de mortalidade infantil neste ano foi nulo, ou seja, não houve registros óbitos de crianças menores de cinco anos de idade.[63] Em 2010, 11,32% das mulheres de 10 a 17 anos tiveram filhos (todas acima dos 15 anos) e a taxa de atividade entre meninas de 10 a 14 anos era de 7,12%.[34] Todas as crianças menores de 2 anos foram pesadas pelo Programa Saúde da Família em 2013, sendo que nenhuma delas estava desnutrida.[38] Na área da educação, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) médio entre as escolas públicas de Córrego Novo era, no ano de 2011, de 4,4 (numa escala de avaliação que vai de nota 1 à 10), sendo que a nota obtida por alunos do 5º ano (antiga 4ª série) foi de 4,8 e do 9º ano (antiga 8ª série) foi de 4,0; o valor das escolas públicas de todo o Brasil era de 4,0.[64] Em 2010, 32,6% das crianças com faixa etária entre sete e quatorze anos não estavam cursando o ensino fundamental. A taxa de conclusão, entre jovens de 15 a 17 anos, era de 49,7% e o percentual de alfabetização de jovens e adolescentes entre 15 e 24 anos era de 96,9%. A distorção idade-série entre alunos do ensino fundamental, ou seja, com com idade superior à recomendada, era de 13,3% para os anos iniciais e 37,4% nos anos finais e, no ensino médio, a defasagem chegava a 27,1%.[64] Dentre os habitantes de 18 anos ou mais, 30,03% tinham completado o ensino fundamental e 13,70% o ensino médio, sendo que a população tinha em média 8,31 anos esperados de estudo.[34] Em 2010, de acordo com dados da amostra do censo demográfico, da população total, 824 habitantes frequentavam creches e/ou escolas. Desse total, 16 frequentavam creches, 75 estavam no ensino pré-escolar, 124 na classe de alfabetização, 16 na alfabetização de jovens e adultos, 341 no ensino fundamental, 166 no ensino médio, 12 na educação de jovens e adultos do ensino fundamental, 13 na educação de jovens e adultos do ensino médio, 16 na especialização de nível superior e 51 em cursos superiores de graduação. 2 303 pessoas não frequentavam unidades escolares, sendo que 456 nunca haviam frequentado e 1 847 haviam frequentado alguma vez.[65] O município contava, em 2012, com 679 matrículas nas instituições de ensino da cidade,[66] que eram a Creche Municipal Vovô Gegê (creche), Escola Municipal Domingos Pascoal de Paulo, Escola Municipal Dona Camila da Conceição de Paulo, Escola Municipal Professor Borges da Costa (educação infantil e 1º ao 5º ano do ensino fundamental) e Escola Estadual Presidente Tancredo de Almeida Neves (6º ao 9º do ensino fundamental e ensino médio).[67]
Comunicação e serviços básicosO código de área (DDD) de Córrego Novo é 033[68] e o Código de Endereçamento Postal (CEP) vai de 35345-000 a 35347-999.[4] No dia 10 de novembro de 2008, o município passou a ser servido pela portabilidade, juntamente com outros municípios com o mesmo DDD. A portabilidade é um serviço que possibilita a troca da operadora sem a necessidade de se trocar o número do aparelho.[69] A responsável pelo serviço de abastecimento de energia elétrica é a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Segundo a empresa, em 2003 havia 1 058 consumidores e foram consumidos 1 540 496 KWh de energia.[11] Já o serviço de abastecimento de água e coleta de esgoto da cidade é feito pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa),[11] sendo que em 2008 havia 778 unidades consumidoras e eram distribuídos em média 344 m³ de água tratada por dia.[70] TransportesA frota municipal no ano de 2012 era de 589 veículos, sendo 205 automóveis, onze caminhões, 22 caminhonetes, sete caminhonetas, cinco micro-ônibus, 329 motocicletas, três motonetas, cinco ônibus e dois classificados como outros tipos de veículos.[71] Córrego Novo possui acesso a três rodovias federais: a BR-381, que começa em São Mateus, no litoral do Espírito Santo, passa por Governador Valadares, pelo Vale do Aço, Região Metropolitana de Belo Horizonte e sul de Minas e termina na cidade de São Paulo; a BR-116, que é a principal rodovia brasileira, ligando Fortaleza (CE) a Jaguarão (RS); e a BR-458, que conecta a BR-116 e a região de Governador Valadares a Ipatinga.[11][72] A LMG-759 liga o perímetro urbano a Revés de Belém, Pingo-d'Água e à BR-458.[73] A Univale Transportes mantém linhas diárias regulares que ligam a cidade a Bom Jesus do Galho, Coronel Fabriciano, Ipatinga e Pingo-d'Água.[74] CulturaInstituições culturaisCórrego Novo conta com um conselho municipal de cultura, de caráter deliberativo, e conselho de preservação do patrimônio, deliberativo, normativo e fiscalizado, sendo ambos paritários e criados em 2006.[75] Também há legislações municipais de proteção ao patrimônio cultural material, ministradas por uma secretaria municipal exclusiva, que é o órgão gestor da cultura no município.[76] Dentre os espaços culturais, destaca-se a existência de uma biblioteca mantida pelo poder público municipal e estádios ou ginásios poliesportivos, segundo o IBGE em 2005 e 2012.[77][78] Há existência de equipes artísticas de teatro e grupos de manifestação tradicional popular, de acordo com o IBGE em 2012.[79] O artesanato também é uma das formas mais espontâneas da expressão cultural córrego-novense, sendo que, segundo o IBGE, as principais atividades artesanais desenvolvidas são o bordado e a manutenção da culinária típica.[80] Atrativos e eventosDentre os principais eventos realizados regularmente em Córrego Novo, que configuram-se como importantes atrativos, destacam-se a Cavalgada de Córrego Novo, que é realizada desde a década de 1990 e em algumas edições atrai milhares de pessoas durante os três dias seguidos de rodeios profissionais, espetáculos musicais com bandas regionais ou nacionalmente conhecidas, concursos, exposições e outras atrações;[81] além das comemorações da Festa de Santa Ifigênia, em homenagem ao dia da padroeira da cidade, em setembro.[82] Os principais atrativos físicos de Córrego Novo são as trilhas, matas, lagoas e cachoeiras existentes na zona rural do município, que está situado nas cercanias do Parque Estadual do Rio Doce (PERD), correspondente à maior reserva de Mata Atlântica do estado de Minas Gerais e que possui um notável complexo lagunar, tendo muitos atrativos abertos à visitação.[16][83] A RPPN Reserva Feliciano Miguel Abdalla também incentiva o turismo ecológico na região.[18] Ver também
Referências
Ligações externas
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