Bernardo de Chartres
Bernardo de Chartres (Bernardus Carnotensis) foi um filósofo platónico francês do século XII (cerca de 1130-1160). Foi durante muito tempo confundido com Bernardo Silvestre (cerca de 1100-1165, ou cerca de 1075-1126[1]), este também da Escola de Chartres. Vida e obraHumanista e filósofo, fez os seus estudos na Escola da Catedral de Chartres em cujo desenvolvimento teve um papel fundamental, dela tendo sido mestre (1114-1119) e depois chanceler (1119-1126). Foi principalmente influenciado por Boécio cujo platonismo aprende e adapta. Dedica-se depois a conciliar o pensamento de Platão e de Aristóteles, o que fará dele o mais importante pensador aristotélico e platónico do século XII. Os seus escritos não foram infelizmente conservados, subsistindo apenas curtas citações feitas por João de Salisbúria, segundo o qual Bernardo de Chartres era "a fonte mais abundante das letras nos tempos modernos...o mais perfeito platónico do seu tempo".[2]:62 É conhecido por ter expressado a seguinte frase famosaː
Esta frase chegou-nos através do Livro III do Metalogicon de João de Salisbúria. A ideia foi retomada em 1676 por Isaac Newton numa das suas cartas,[3] sendo utilizada por muitos mais desde então.[4] Bernard poderá ter sido irmão de Thierry de Chartres, também este um dos pensadores da Escola de Chartres e chanceler da escola episcopal de c. 1142 a 1150, mas nem todos os historiadores defendem esta relação familiar entre ambos. Num estudo de 1989, Hubert Guillotel defende que Bernardo de Chartres foi igualmente bispo de Quimper com o nome de Bernardo de Moelan e teria escrito as Vitae de S. Corentin e S. Ronan.[5] Bernard teve como alunos Gilbert de la Porrée e Guilherme de Conches. Obras
Ver tambémBibliografia
Notas e referências
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