Na Baixa Idade Média (por volta do século XIV) fundou-se em Belz a comunidade (hebreu קהלה kehilla) dos judeus (asquenaze). Em 1665 os judeus de Belz tinham igualdade de direitos e obrigações em comparação com o restante da população da cidade.[1]
A cidade tornou-se sede de uma dinastia chassídica, que ficou conhecida por Belz devido ao nome da cidade, no início do século XIX.[2],[3] Shalom Rokeach de Belz (1779 - 1855), também chamado de Sar Shalom, foi aluno do rabinoYaakov Yitzchak de Lublin, conhecido por "O Chozeh de Lublin" (החוזה מלובלין, O Vidente de Lublin) e o primeiro rabino de Belz de 1817 a 1855. No começo da Primeira Guerra Mundial, Belz contava com 6.100 habitantes, dos quais 3.600 judeus, 1.600 ucranianos, e 900 poloneses.[4] Durante a guerra, a Corte chassídica de Belz com muitos judeus fugiram da shtetl.[5]
De 1939 a 1944 Belz foi ocupada pela Alemanha como parte do Governo Geral. Belz está localizada na margem esquerda do rio Solokiya (afluente do rio Bug Ocidental), que era divisa da Alemanha com a União Soviética em 1939-1941. A maior parte dos judeus da Belz fugiu antes da invasão alemã. No entanto, em maio 1942, havia mais de 1.540 refugiados judeus em Belz. Em 2 de junho de 1942, 1.000 judeus foram deportados para Hrubieszów, e de lá para o campo de extermínio de Sobibór. Outros 504 foram levados para Hrubieszów em setembro daquele ano, depois que já não eram mais necessários para os trabalhos na zona rural.[7]
Depois da guerra Belz voltou a pertencer à Polônia até 1951 quando, após um ajuste de fronteiras, passou para a União Soviética (então para a República Socialista Soviética da Ucrânia). Desde 1991 Belz faz parte da independente Ucrânia.
Aspectos culturais
A canção iídiche “Beltz, Mayn Shtetele” faz referência a uma infância alegre passada em uma shtetl que soa semelhante ao nome em iídiche (belts), chamado de Bălţi em moldavo/romeno e está localizada na Bessarábia (atualmente na República da Moldávia)