Basílio, o LadrãoBasílio, o Ladrão ou Basílio Col (em armênio: Գող Վասիլ; romaniz.: Koł Vasil; morreu em 12 de outubro de 1112)[1] foi o governante armênio de Caissune e Rabã na época da Primeira Cruzada.[2][3] VidaOrigensO pai de Basílio era o líder bandido Lázaro (Łazar(ik)), chamado de "cachorro ruivo", que foi mencionado pela primeira vez numa epístola de Gregório Magistro ao Patriarca Sírio em 1058. Bar Hebreu e Miguel, o Sírio mencionam que na mesma época, o clã de Lázaro se estabeleceu em Cláudia e Cubos, no Eufrates, de onde saquearam mosteiros locais, como o Mosteiro de Mor Bar Sauma.[4] Eles finalmente recuaram após as invasões seljúcidas no território de Melitene para as montanhas em agosto de 1066.[5] AscensãoFilareto Bracâmio, o governante de um principado armênio centrado em Antioquia, Edessa e Marache, deu a Basílio a fortaleza de Caissune. Após a morte de Filareto, ganhou controle sobre vários outros lugares, como Hromgla, Rabã, Tal Baxar e Bira.[6] No início do século XII, Basílio foi o governante armênio mais influente que aderiu à Igreja Apostólica Armênia.[2] Ele era uma grande potência na região e tinha vassalos como Ablelaribe, senhor de Albira.[7] Embora Basílio pareça ter tido origens humildes, reivindicou a herança e a autoridade do reino armênio por meio de sua esposa, que, de acordo com Mateus de Edessa, era descendente da família Camsaracano.[8] Finalmente, também se tornou um protetor dos patriarcas armênios Palavuni e Gregório II fixou residência em Caissune em algum momento antes de morrer em 1106.[9] Contato com os cruzadosO irmão de Basílio era Pancrácio, que influenciou Balduíno de Bolonha a se afastar do exército da Primeira Cruzada e se aventurar nas terras controladas pelos armênios. Uma vez que Balduíno e Pancráco se desentenderam, foi forçado a se submeter ao governo deles e o irmão de Balduíno, Godofredo, tomou uma de suas fortalezas.[7] No entanto, parece ter feito um acordo com os francos e sido fundamental para arranjar o resgate de Boemundo de Taranto quando foi capturado pelos danismêndidas, mais tarde até mesmo adotando-o.[7][10] Ele procurou manter boas relações com os bizantinos, francos e turcos e foi capaz de derrotar o xá-armens Soquemã Alcutebi em 1109.[11] Ele foi sucedido por seu filho adotivo, Basílio, a Criança, sob cujo governo o principado de Basílio, o Ladrão se desfez.[1][12] Referências
Bibliografia
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