Barca (Maia)
Barca é uma localidade portuguesa do Município da Maia que foi sede da extinta Freguesia de Barca, freguesia que tinha 3,37 km² de área e 2 633 habitantes (2011)[1] e, por isso, uma densidade populacional de 781,3 hab/km². A Freguesia de Barca foi extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, para, em conjunto com as Freguesias de Gemunde, Santa Maria de Avioso, São Pedro de Avioso e Gondim, formar uma nova freguesia denominada Freguesia de Castêlo da Maia. Em conjunto com as vizinhas localidades de Gemunde, Santa Maria de Avioso São Pedro de Avioso e Gondim, constitui a vila de Castêlo da Maia desde 23 de Agosto de 1986, segundo o art. 2º i) da Lei nº 28/86. População
TopónimoBarca foi uma freguesia muito antiga do Concelho da Maia. Há quem defenda que este topónimo deriva de abarca termo que significa veiga, isto é, planície cultivada e fértil. Há ainda quem, como Manuel Gens, autor da terra, creia que em tempos remotos o pequeno Rio Almorode tenha aí tido uma enseada. Seja como for, segundo documento de 1064 era então conhecida como São Martinho de Vermoim: eglesia uogabulo sancti martini quod fundato in uilla uermud. Em 1219 e nas Inquirições de 1258 era Sancto Martino de Vermui. No século XIII, no censual do cabido do Porto, é citada como Sancti Martini de Varqua, já no século XIV aparece como Sancti Martini de Barca. A igreja de BarcaNo caminho que leva ao Monte de Santa Cruz, existe um lugar chamado Castro que nos poderá indicar a existência, outrora, de semelhante povoamento fortificado. A Igreja da Barca, segundo Manuel Gens, data de 1656. Na entrada para o adro da igreja, todo rodeado por um muro, existe um portão de ferro cujas ombreiras terminam em volutas. A sua fachada é revestida a azulejo e rematado a cantaria. No centro, amplo portal com verga curvilínea. Sobre este um também curvilíneo frontão interrompido, de cujo topo central se ergue uma moldura granítica que, em seu seio alberga, medindo o tempo, o relógio. No tímpano da empena de recorte mistilíneo e suavizado com volutas, um nicho de alberga a imagem de Nossa Senhora. A embelezar o conjunto, duas torres sineiras. No vértice, com dois fogaréus a ladeá-la, uma cruz. Perto da residência paroquial está uma árvore que terá sido por Camilo Castelo Branco ali plantada. O escritor, segundo Hélder Pacheco … aqui veraneava com o abade de Barca, Santana e Silva. As más línguas aventavam que o escritor lhe escreveria os sermões.... No lugar de Gestalinho, deparamos com a Capela de Nossa Senhora do Encontro, assim chamada pois é aqui que em dia de procissão, esta imagem saída da Igreja Matriz vem encontrar a imagem do Senhor da Santa Cruz. Lá no topo encontramos, na capela do Senhor da Santa Cruz, a imagem que lhe dá nome. Esta data de 1693 tendo em 1901 sofrido obras de restauro. Tem procissão realizada no 2º Domingo de Setembro. A festa do Nosso Senhor dos Passos realiza-se quinze dias antes da Páscoa. São dignas de nota as casas solarengas que ali existem: a quiçá seiscentista Casa do Gens e a Quinta do Sestelo no Paiço e ainda as brasonadas Casa dos Maias e Quinta de Vila Verde. Festas religiosas
Referências
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