Balestilha![]() ![]() A balestilha é um instrumento complementar da esfera armilar, formado por "virote" e "soalha", utilizado para medir a altura em graus que une o horizonte ao astro e dessa forma determinar os azimutes, antes e depois de sua passagem meridiana.[1][2] A balestilha também é referida como "Báculo de Jacob".[3][4][5] A versão do instrumento na imagem é própria para ser usada em alto mar, através de observações da altura do Sol na identificação da latitude do navio. A origem do seu nome remonta ou de “balhestra”, que significa besta, a arma medieval, ou, mais provavelmente, do árabe “balisti”, que significa altura , nesse caso a vertical do astro. HistóriaFoi um instrumento náutico bastante utilizado pelos Portugueses na Época dos Descobrimentos, e a sua primeira descrição encontra-se no Livro de Marinharia de João de Lisboa em 1514.[6] No entanto, há descrições anteriores, atribuídas a Jacob Ben Machir Ibn Tibbon(Prophatius) e Levi Ben Gerson (Gersónides).[1][7] A primeira imagem da utilização de uma balestilha pode ser encontrada no Regimento de navegacion(1552) de Pedro Medina. ![]() Terá sido o primeiro instrumento desta época para trazer o astro ao horizonte do mar, mesmo tendo aparecido depois do astrolábio e do quadrante.[8] Foi dos instrumentos náuticos mais utilizados durante os Descobrimentos portugueses. ConstruçãoÉ basicamente constituída por uma régua de madeira ("virote") na qual se coloca a "soalha" que corre na perpendicular em relação ao virote. A leitura do ponto onde se encontrava o astro era feita no ponto da escala gravada no virote onde a soalha se encontrava. UtilizaçãoPara medir a altura de uma estrela, que não seja o Sol, coloca-se o olho na extremidade do virote e desloca-se a soalha de modo que a aresta superior coincida com a estrela e a inferior com o horizonte. A altura da estrela é dada pela leitura do número que se encontra inscrito no ponto do virote onde fica a soalha. Para saber a altura do sol, a acção não decorria virada de frente para o astro, mas sim de costas para este, para que a vista não fosse danificada pela intensidade da luz do sol o que limitava o seu uso em terra ou quando o sol se encontrava perto do horizonte. Referências
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