Atentados em Bruxelas em março de 2016
Os atentados em Bruxelas em março de 2016 foram uma ação terrorista suicida cometida na manhã de 22 de março de 2016 no aeroporto e no metropolitano de Bruxelas, capital da Bélgica. Os atentados causaram a morte de pelo menos 35 pessoas,[1] incluindo 3 bombistas-suicidas, e deixaram outras 300 feridas.[3][4][5][6] O grupo extremista auto-proclamado Estado Islâmico reivindicou, poucas horas depois, a autoria dos ataques.[7] AtaquesAeroportoEm 22 de março de 2016, perto das 07:45 (UTC+1) produziram-se duas explosões no aeroporto de Bruxelas que provocaram a morte de pelo menos 14 pessoas e dezenas de feridos.[4] Um dos ataques ocorreu perto dos mostradores de faturação seis e sete da American Airlines e outro perto do da Brussels Airlines e de um café Starbucks.[6][8] A promotoria belga confirmou que o atentado foi cometido por pelo menos um atacante suicida[6] que de acordo com a BBC teria gritado palavras em árabe antes de cometer o ataque e levava consigo um fuzil do tipo AK-47.[9] O edifício do aeroporto sofreu danos significativos.[8] Vídeos nas redes sociais mostraram cenários de danos depois do ataque e as pessoas a fugir da área. As autoridades policiais foram à zona de embarques para vistoriar centenas de malas que depois das explosões foram abandonadas, à procura de novos explosivos.[6] MetroNo mesmo dia, apenas minutos mais tarde, por volta das 08:00 (UTC+1) ocorreu pelo menos uma explosão na estação de metropolitano de Maelbeek/Maalbeek que provocou, pelo menos, vinte mortes. O atentado ocorreu à hora de maior utilização do sistema de transporte.[9] A estação situa-se perto de várias agências da União Europeia, incluindo o Parlamento.[8] O metro da cidade foi evacuado e fechado.[4] Medidas de segurançaMinutos após a série de ataques foram tomadas medidas drásticas de segurança. O edifício Sede da Comissão Europeia foi encerrado, não permitindo que ninguém saísse ou entrasse. As centrais nucleares de Doel e de Tihange, na Bélgica, foram evacuadas, tendo ficado assegurados apenas os serviços mínimos.[10] A Bélgica fechou o espaço aéreo de Bruxelas[11] e fechou o aeroporto dessa cidade pelo menos até o dia 24 de março de 2016.[12] VítimasColetivamente, 32 pessoas morreram e mais de 250 outras ficaram feridas nos atentados. Onze morreram no Aeroporto de Bruxelas, enquanto as restantes 20 morreram na Estação Maelbeek, e as restantes depois de transportadas para hospitais.[1]
Perpetradores dos ataquesOs ataques foram organizados e executados pelo mesmo grupo responsável pelos atentados de 2015 em Paris. Salah Abdeslam foi o único sobrevivente da célula que causou 130 mortos em Paris, a maioria deles na sala de espetáculos Bataclan. Depois do massacre na capital francesa, o terrorista fugiu para Bruxelas, onde ficou escondido por quatro meses num apartamento onde moravam membros da célula local. Horas depois dos ataques bombistas, a polícia fez uma rusga em Schaarbeek, um subúrbio norte de Bruxelas, onde encontraram uma bomba, pregos, produtos químicos e uma bandeira do Daesh num apartamento vazio.[14][15] Julgamento e condenaçãoO julgamento em Bruxelas começou no final de 2022, sob estritas normas de segurança, numa antiga sede da NATO, que foi adaptada especialmente para o processo. Em setembro de 2023 foram conhecidas as penas aplicadas: Mohamed Abrini, que ficou conhecido como "o homem do chapéu", e que se recusou a se matar no aeroporto de Bruxelas, foi condenado a 30 anos de prisão. Abrini declarou que decidiu no último minuto não detonar os explosivos que levava consigo no aeroporto, assim como outro acusado, Osama Krayem, um sueco de ascendência síria. Krayem foi condenado à prisão perpétua, assim como Bilal El Makhukhi e Osama Atar. Atar, um alto dirigente do grupo Estado Islâmico que liderava a célula jihadista, foi julgado à revelia, porque se supõe que tenha morrido em 2017 na Síria. Já Herve Bayingana Muhirwa, declarado culpado por "participar em atividades de um grupo terrorista", foi condenado a 10 anos de prisão. O tunisino Sofien Ayari beneficiou do facto de já ter sido condenado na Bélgica pela troca de tiros com a polícia, e não recebeu uma pena adicional.[16] Reações internacionaisOrganizações
Países
HomenagensVer tambémReferências
Ligações externas
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