Atenção farmacêutica
Atenção Farmacêutica ou Cuidado Farmacêutico é o conjunto de ações, promovidas por um farmacêutico, em colaboração com os demais profissionais de saúde, que visam promover o uso racional dos medicamentos e a manutenção da efetividade e segurança do tratamento.[1] Segundo a Organização Mundial da Saúde a atenção farmacêutica é: um conceito de prática profissional na qual o paciente é o principal beneficiário das ações do farmacêutico. A AF é o compêndio das atitudes, os comportamentos, os compromissos, as inquietudes, os valores éticos, as funções, os conhecimentos, as responsabilidades e as habilidades do farmacêutico na prestação da farmacoterapia com o objetivo de obter resultados terapêuticos definidos na saúde e na qualidade de vida do paciente.[2] Conceitos relacionados
"Estabelecimento de prestação de serviços farmacêuticos de interesse público e/ou privado, articulada ao Sistema Único de Saúde, destinada a prestar assistência farmacêutica e orientação sanitária individual ou coletiva, onde se processe a manipulação e/ou dispensação de produtos e correlatos com finalidade profilática, curativa, paliativa, estética ou para fins de diagnósticos". Conselho Federal de Farmácia. Resolução N.º 357 De 20 De Abril De 2001. Aprova o Regulamento Técnico das Boas Práticas de Farmácia.
"É um componente da Atenção Farmacêutica e configura um processo no qual o farmacêutico se responsabiliza pelas necessidades do usuário relacionadas ao medicamento, por meio da detecção, prevenção e resolução de Problemas Relacionados aos Medicamentos (PRM), de forma sistemática, contínua e documentada, com o objetivo de alcançar resultados definidos, buscando a melhoria da qualidade de vida do usuário". OPAS (org.). Consenso brasileiro de atenção farmacêutica: proposta. - Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2002. 24 p.
"É um ato planejado, documentado e realizado junto ao usuário e profissionais de saúde, que visa resolver ou prevenir problemas que interferem ou podem interferir na farmacoterapia, sendo parte integrante do processo de acompanhamento/seguimento farmacoterapêutico". OPAS (org.). Consenso brasileiro de atenção farmacêutica: proposta. - Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2002. 24 p.
"É o ato em que o farmacêutico, fundamentado em sua práxis, interage e responde às demandas dos usuários do sistema de saúde, buscando a resolução de problemas de saúde, que envolvam ou não o uso de medicamentos. Este processo pode compreender escuta ativa, identificação de necessidades, análise da situação, tomada de decisões, definição de condutas, documentação e avaliação, entre outros". OPAS (org.). Consenso brasileiro de atenção farmacêutica: proposta. - Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2002. 24 p.
"É o processo que compreende a prescrição apropriada; a disponibilidade oportuna e a preços acessíveis; a dispensação em condições adequadas; e o consumo nas doses indicadas, nos intervalos definidos e no período de tempo indicado de medicamentos eficazes, seguros e de qualidade". Brasil. Ministério da Saúde. Política nacional de medicamentos 2001. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. Devido aos problemas encontrados nos serviços de saúde, falta de condições, o uso irracional de medicamentos poderá provocar danos à saúde da população e causar dependência, sendo que o atendimento médico ainda continua sendo uma forma de avaliar o paciente antes do diagnóstico e prescrição. [3]
"É o ato profissional farmacêutico de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente, geralmente como resposta à apresentação de uma receita elaborada por um profissional autorizado. Nesse ato, o farmacêutico informa e orienta o paciente sobre o uso adequado do medicamento. São elementos importantes da orientação, entre outros, a ênfase no cumprimento da dosagem, a influência dos alimentos, a interação com outros medicamentos, o reconhecimento de reações adversas potenciais e as condições de conservação dos produtos". Brasil. Ministério da Saúde. Política nacional de medicamentos 2001. Brasília: Ministério da Saúde, 2001.
"Problemas Relacionados com Medicamentos são problemas de saúde, entendidos como resultados clínicos negativos, derivados da farmacoterapia que, produzidos por diversas causas, conduzem ao não alcance do objetivo terapêutico ou ao surgimento de efeitos não desejados". Comitê de consenso. Segundo Consenso de Granada sobre Problemas Relacionados con Medicamentos. Ars Pharmaceutica 2002; 43 (3-4): 175-184.
"Grupo de atividades relacionadas com o medicamento, destinadas a apoiar as ações de saúde demandadas por uma comunidade. Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e cada uma de suas etapas constitutivas, a conservação e controle de qualidade, a segurança e a eficácia terapêutica dos medicamentos, o acompanhamento e a avaliação da utilização, a obtenção difusão de informação sobre medicamentos e a educação permanente dos profissionais de saúde, do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamentos". Brasil. Ministério da Saúde. Política nacional de medicamentos 2001. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. A História da Atenção Farmacêutica pode ser contada pelos artigos publicados ao redor do mundo sobre o tema. Os artigos citados abaixo têm sido forte influência na construção da atenção farmacêutica no Brasil:
Hepler CD. Am J Hosp Pharm 1985; 42:1298-1306.
Cipolle RJ. Drug Intelligence and Clinical Pharmacy. 1986; 20(10): 881-882.
Strand LM, Cipolle RJ, Morley PC. Drug Intell Clin Pharm. 1988;22(1):63-67.
Hepler CD, Strand LM. Am J Hosp Pharm.1990:47;533-43 and Am J Pharm Ed. 1990:53(Winter Supplement);75-155.
Strand LM, Cipolle RJ, Morley PC. Drug Intel Clin Pharm. 1990:24:1093-7.
Buenas prácticas de farmacia. Organização Mundial da Saúde (OMS). Informe da Reunião de Tókio, 1993.
Pharmacy-Based Asthma Services - Protocol and Guidelines Organização Mundial da Saúde (OMS), 1998.
Comité de Consenso (Painel Ad Hoc). Pharmaceutical Care España 1999; 1: 107-112
Machuca M, Fernández-Llimós F, Faus MJ. GIAF-UGR, 2003.
Comitê de Consenso. Ars Pharmaceutica, 43:3-4; 175-184, 2002
Organização Panamericana da Saúde e parceiros. Brasília: OPAS, 2002.
Grupo de Investigación en Atención Farmacéutica, Universidad de Granada Pharmacy Practice 2006; 4(1): 44-53.
Comitê de Consenso. Ars Pharmaceutica 2007, 48 (1):5-17 Objetivos essenciais do tratamento farmacológico[4]
Ligações externasVer também
Notas e referências
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