Ataque à creche de Dendermonde
O ataque à creche de Dendermonde foi um ataque a facadas feito por Kim De Gelder na creche "Fabeltjesland", na vila de Sint-Gillis-bij-Dendermonde, na cidade de Dendermonde, na Bélgica, às 10:00 CET (09:00 UTC) de 23 de janeiro de 2009. Três pessoas foram esfaqueadas à morte,[1] e doze foram mutiladas no ataque.[2] O suspeito foi ligado a um outro assassinato de uma anciã, e a polícia sugeriu que ele estava tramando mais ataques a creches. Espera-se que a creche nunca mais reabra.[3] AtaqueO assassino, Kim de Gelder, um homem belga de 20 anos de idade, natural de Sinaai, entrou na creche Fabeltjesland (País das Maravilhas, em português), localizada em Sint-Gillis-bij-Dendermonde, na cidade de Dendermonde, Bélgica, por meio de uma porta destrancada, dizendo que tinha uma pergunta a fazer. Ele entrou então num dos quartos e começou a atacar crianças pequenas antes de subir algumas escadas, onde ele continuou a atacar pequenas crianças em outro quarto.[2] Segundo relatos, o assassino estava vestindo roupas pretas e estava com maquiagem branca, e seu cabelo estava pintado em vermelho vivo, figurino semelhante ao usado pelo personagem do DC Comics, o Coringa.[4] O advogado de De Gelder, Jaak Haentjens, mais tarde negou formalmente qualquer ligação com o personagem, atribuindo as acusações sobre o rosto pintado de branco à pele pálida de De Gelder.[5] Haentjens negou também os rumores de que De Gelder era um fã de música gótica. Kim De Gelder era, aos olhos de seus amigos e colegas, um homem calmo, que nunca disse nada a respeito.[6] Um total de dezoito crianças menores de três anos e seis adultos estava na creche durante o ataque.[2][7] Duas crianças e um adulto foram mortos,[2][8] seis crianças, entre um e três anos de idade, foram feridas gravemente, outras quatro sofreram apenas ferimentos leves, e nove escaparam sem ferimentos.[9] Vítimas
Relatos iniciais na televisão belga sugeriram que cinco pessoas tinham sido mortas e outras vinte tinham ficado feridas no ataque,[11] enquanto que as autoridades governamentais belgas confirmaram apenas a morte de uma criança e de um adulto.[12] Este número foi aumentado mais tarde assim que outra criança morreu dos ferimentos sérios que tinha. Também foi relatado que algumas das crianças sobreviventes necessitaram de cirurgias plásticas devido a graves mutilações.[13] Prisão e consequênciasUma grande operação de procura foi estabelecida,[14] e um homem foi capturado pela polícia belga poucos momentos depois, na cidade vizinha de Lebbeke.[15] Sendo ferido durante a sua captura, o homem foi levado a um hospital na cidade de Aalst.[16] A polícia belga disse que o suspeito estava levando consigo uma lista de creches, das quais eles suspeitam ser creches alvos de outros ataques.[17] O prefeito de Dendermonde, Piet Buyse, disse que "As vítimas estão sendo tratadas, e aqueles que não sofreram ferimentos foram levados para um centro psicológico, onde estão recebendo conselhos."[18] Durante uma entrevista coletiva na noite do ataque, o representante do Ministério Público belga, Christian Du Four, deu a seguinte informação sobre o assassino suspeito, negando vários outros rumores anteriores:[19][20][21][22]
O assassino foi identificado mais tarde como Kim De Gelder, em 25 de janeiro de 2009.[24] De Gelden confiou ao seu advogado, declarando que esteve em depressão quando adolescente, e num determinado momento, escutou vozes em sua cabeça. Por outro lado, um psiquiatra concluiu que não era necessário levá-lo a uma instituição psiquiátrica.[17] Cerca de 6.000 pessoas marcharam por toda Dendermonde em 25 de janeiro, deixando centenas de buquês e animais empalhados em frente à creche assim que o prefeito de Dendermonde, Piet Buyse, anunciou que a creche Fabeltjesland não reabriria jamais.[25] Em 26 de janeiro de 2009, as autoridades belgas nomearam Kim De Gelder como o principal suspeito num outro e quarto assassinato, onde uma mulher de 73 anos de idade foi esfaqueada à morte em seu apartamento em Beveren, perto de Antuérpia, em 16 de janeiro. O representante do Ministério Público belga, Christian Du Four, disse aos jornalistas que havia "evidências bastante claras da ligação entre os assassinatos",[26] embora De Gelder tenha negado qualquer envolvimento.[27] Em 27 de janeiro, De Gelder confessou os ataques.[28] A polícia descartou a possibilidade de que De Gelder tinha cometido os crimes porque coincidia com o aniversário de um ano da morte de Heath Ledger, mas nem as investigações nem o advogado de De Gelder apuraram o motivo dele ter pintado seu cabelo de vermelho, passado maquiagem branca em seu rosto ou escurecido seus olhos para realizar o ataque.[29] HomenagensEm seu álbum Arrivederci, mostro!, o cantor italiano Luciano Ligabue dedica a canção Quando mi vieni a prendere? (Dendermonde, 23/01/09)[30] às crianças atacadas na creche de Dendermonde. Referências
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