No dia 24 de janeiro de 2022, Moïse Mugenyi Kabagambe, um imigrante congolês, foi assassinado no quiosque Tropicália, localizado no Rio de Janeiro, Brasil. A família foi comunicada apenas no dia seguinte, e a notícia foi divulgada na imprensa apenas em 29 de janeiro, sendo seguida de inúmeras mensagens de repúdio por parte da sociedade. Os envolvidos no assassinato, Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, Brendon Alexander Luz da Silva e Fábio Pirineus da Silva, seguem em prisão preventiva.
No dia 5 de fevereiro, após organização pelas redes sociais por políticos, celebridades, organizações de direitos humanos e do movimento negro, protestos ocorreram em várias cidades no Brasil, além de protestos nas embaixadas brasileiras em Berlim, Alemanha e Londres, Reino Unido. As manifestações recordaram sua morte, além de denunciarem o racismo e a xenofobia na sociedade brasileira.
Apesar dos protestos e do suporte de várias entidades e políticos, as ameaças contra os imigrantes congoleses se intensificaram, levando alguns a imigrarem para outros países.[carece de fontes]
Antecedentes
Moïse Mugenyi Kabagambe nasceu em Bunia, província de Ituri, na República Democrática do Congo, em 4 de abril de 1997.[2] Ele e sua família imigraram para o Brasil em 2011, por causa do conflito de Ituri.[3][4] No Brasil, trabalhou como atendente no quiosque Tropicália, na cidade do Rio de Janeiro,[5] recebendo por seu trabalho diariamente.[6]
Assassinato
No dia 24 de janeiro de 2022, Moïse Mugenyi Kabagambe foi ao quiosque Tropicália, localizado no bairro Barra da Tijuca, para cobrar duas diárias ainda não pagas. Segundo familiares, ele foi amarrado e espancado, inclusive com um taco de beisebol. Parentes disseram ainda que seus órgãos teriam sido retirados do seu cadáver.[7] Mesmo após o caso, o quiosque continuou funcionando normalmente.[6]
Um vídeo, divulgado pela imprensa e nas redes sociais,[8][9][10] mostra Moïse discutindo com um dos funcionários do quiosque, que pega um pedaço de madeira após Moïse tentar pegar uma bebida do freezer. Em resposta, pega uma cadeira e uma vassoura para se defender, soltando-as em seguida. Após pegar uma bolsa, sua camisa, e abrir o freezer, outro homem se aproxima e inicia a agressão novamente, e outros dois se juntam à violência posteriormente. Os agressores, ao notarem a falta de reação de Moïse, tentaram prestar socorro com massagens cardíacas, mas sem sucesso. No fim do vídeo, é possível ver o corpo sendo arrastado.[11]
De acordo com um laudo do Instituto Médico Legal (IML), a causa da morte foi traumatismo do tórax.[6]
Investigação
A Polícia Civil está investigando o caso[7] e declarou que há imagens do local em análise.[6] Testemunhas disseram que Moïse apanhou de cinco homens e confirmaram que os agressores usaram pedaços de madeira e um taco de beisebol.[6] Pelo menos oito pessoas já foram ouvidas.[6] Um casal que testemunhou o acontecimento afirma ter pedido a ajuda de dois guardas municipais, mas que eles não foram checar o quiosque Tropicália.[12] Familiares afirmaram à imprensa que foram intimidados pela Polícia Militar no dia 25 e no dia 29 de janeiro.[13] Em uma audiência da Comissão de Direitos Humanos do Senado, familiares e o advogado do caso afirmaram que os vídeos publicados foram editados, e que há mais pessoas envolvidas no assassinato.[14] No dia 15 de fevereiro, de acordo com a CNN Brasil, a Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público investigam outras 7 pessoas presentes na hora do crime.[15]
Três dos envolvidos afirmam ter parte no homicídio. Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, confirma sua participação no assassinato, mas nega que a violência foi motivada por racismo, xenofobia, ou pelas dívidas. Aleson trabalhava no quiosque Biruta.[16] De acordo com os relatos, foi Aleson que chamou o SAMU após a morte de Moïse.[12] Brendon Alexander Luz da Silva, outro preso, afirma que está com a "consciência tranquila", porque "apenas segurou" Moïse, mas "não o estrangulou". Brendon afirma que não tinha intenção de matar.[17][18] Fábio Pirineus da Silva afirmou ter violentado Moïse, mas também afirmou que não tinha a intenção de matá-lo.[13][19]
No dia 1 de fevereiro de 2022, os três foram presos, e no dia 2 de fevereiro, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro determinou a prisão temporária dos três.[1][20] Também no dia 2, o Ministério Público abriu uma investigação.[21] No dia 22 de fevereiro, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro aceitou a denúncia contra Aleson, Brendon Alexandre e Fábio da Silva por homicídio triplamente qualificado, além de transformar as prisões temporárias em prisões preventivas.[22]
O quiosque Tropicália teve sua licença suspensa pela Orla Rio, concessionária de quiosques do Rio de Janeiro.[23] O quiosque próximo ao Tropicália, o Biruta, também teve sua licença suspensa pela Orla Rio.[23] O Ministério do Trabalho está processando os antigos donos dos quiosques, acusando-os submeteram Moïse e outros trabalhadores a condições análogas à escravidão, além de responsabilizar a Orla Rio e a prefeitura do Rio de Janeiro por falharem na fiscalização.[24]
Os advogados do Tropicália descartaram qualquer envolvimento de Carlos Fabio da Silva Muzi, então dono do quiosque Tropicália, com o crime ocorrido no local, e negam que havia qualquer dívida a Moïse, afirmando que ele não era funcionário fixo.[25] Os advogados também afirmaram que Carlos Muzi tem recebido ameaças de morte e de depredação do seu patrimônio desde que o assassinato veio à tona.[25] O ex-dono do quiosque Biruta, Alauir Mattos de Faria, foi intimado a depor.[26] De acordo com a concessionária Orla Rio, Alauir e sua irmã eram ocupantes irregulares, o que motivou a Orla Rio a abrir um processo judicial contra Celso Carnaval, o proprietário do Biruta.[carece de fontes]
De acordo com um depoimento de uma fonte policial ao G1 Rio, a Polícia Civil não crê que alguém tenha dado a ordem para matar o congolês, e que os envolvidos agiram por vontade própria.[27] De acordo com a mesma fonte, a investigação aponta que a dívida pode não ter sido o motivo real da confusão.[27]
Reações
Repercussão nacional
A comunidade congolesa manifestou o repúdio pelo assassinato, mencionando o racismo estrutural e a xenofobia relacionadas ao caso:
“
|
Esse ato brutal não somente manifesta o racismo estrutural da sociedade brasileira, mas claramente demonstra a xenofobia dentro das suas formas contra os estrangeiros.[28]
|
”
|
Nas redes sociais, houve várias menções sobre a morte de Moïse Kabagambe. No Twitter, as mensagens repudiando o crime acompanhavam a hashtag "#JustiçaparaMoise" e "#JusticaPorMoiseMugenyi". Políticos e celebridades brasileiras também denunciaram o crime em suas redes sociais.[29][30]
Tanto o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, quanto o prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, se pronunciaram no Twitter. O governador disse: "O assassinato do congolês Moïse Kabagambe não ficará impune. A @PCERJ está identificando os autores dessa barbárie. Vamos prender esses criminosos e dar uma resposta à família e à sociedade. A Secretaria de Assistência à Vítima vai procurar os parentes para dar o apoio necessário".[31] Eduardo Paes disse, "O assassinato de Moïse Kabamgabe é inaceitável e revoltante. Tenho a certeza de que as autoridades policiais atuarão com a prioridade e rigor necessários para nos trazer os devidos esclarecimentos e punir os responsáveis. A prefeitura acompanha o caso."[32] Mais tarde, o prefeito teve um encontro com a família de Moïse.[33]
De acordo com o site do Senado Federal, vários senadores (inclusos PT, Rede e Pros) se manifestaram e lamentaram a morte de Kabagambe.[34]
Em nota à imprensa, o Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), PARES Cáritas RJ e a Agência da ONU para Migrações (OIM) dizem que "estão acompanhando o caso, esperando que o crime seja esclarecido. Neste momento, as organizações apresentam suas sinceras condolências e solidariedade à família de Moïse e à comunidade congolesa residente no Brasil."[35]
A embaixada da República Democrática do Congo denunciou o acontecimento, e cobrou explicações às autoridades brasileiras. A representação diplomática também afirma que há outros quatro casos de congoleses assassinados no país aguardando o resultado das investigações policiais. O Itamaraty, em resposta, lamentou o ocorrido, e também explicou o processo de refúgio no Brasil.[36] O embaixador brasileiro na República Democrática do Congo foi convocado pelas autoridades do país. O embaixador, em entrevista, declarou que "Infelizmente, nós temos no Brasil uma situação de violência muito grave. Eu penso que essa tragédia é utilizada um pouco para provocar uma reação da sociedade brasileira, uma reação mais forte contra a violência".[37]
A Anistia Internacional publicou uma nota, repudiando a violência contra Moïse, dizendo que o assassinato é "um flagrante e inaceitável caso de violação do direito humano à vida e à dignidade humana", reiterou os problemas de racismo e xenofobia no Brasil.[38]
A Human Rights Watch, em nota, chamou o crime de "deplorável", e prestou solidariedade à família de Moïse.[39]
A Coalizão Negra por Direitos denunciou a morte de Moïse, com Douglas Belchior dizendo que "O assassinato brutal de pessoas negras é habitual no Brasil. A tortura em praça pública infelizmente é comum no Brasil". A organização afirma também que irá denunciar o crime à ONU. A organização também afirmou que iria organizar protestos no Sábado junto a outros movimentos e organizações.[40]
No dia 11 de fevereiro, o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, mencionou Moïse duas vezes em suas redes sociais. Na primeira mensagem, afirmou que Moïse "foi um vagabundo morto por vagabundos mais fortes".[41] Em outra mensagem, Sérgio Camargo reiterou que o ato foi violento, mas não foi motivado por racismo.[42] As declarações foram criticadas por lideranças da comunidade congolesa e da comunidade jurídica.[43][44][45]
Repercussão internacional
O assassinato foi noticiado na imprensa internacional,[46] incluindo a CNN,[46][47] Al Jazeera,[46][48] The Washington Post,[46][49] Süddeutsche Zeitung,[46][50] Rádio França Internacional,[46][51] Reuters,[52] The Guardian,[53] e a imprensa da República Democrática do Congo.[37]
Impacto na comunidade congolesa no Brasil
Foi proposto que o local dos quiosques fossem transformados em um local dedicado à cultura congolesa, e inicialmente o local foi oferecido à família do falecido.[54] Inicialmente, um termo de compromiso foi assinado no dia 7 de fevereiro,[55] mas no dia 11 de fevereiro, a família afirmou que não iria ocupar o Tropicália e o Biruta por sensação de insegurança, mas que aceitariam locais alternativos.[56] Um local no Parque Madureira, na Zona Norte, foi sugerido,[57] abrindo ao público em junho de 2022.[58]
O prefeito Eduardo Paes publicou um decreto criando da Comitê Intersetorial de Políticas de Atenção às Pessoas Refugiadas, Imigrantes e Apátridas (COMPAR-Rio), com o objetivo de defender os direitos humanos de refugiados, imigrantes e apátridas.[59][60]
De acordo com a CNN Brasil, pelo menos 15 congoleses relatam ameaças e perseguições nas redes sociais, mas não entram em contato com a polícia por medo de represálias.[61]
No dia 31 de janeiro de 2022, uma conta no Twitter, supostamente ligada ao movimento Anonymous, divulgou um nome do suposto dono do quiosque Tropicália. Entretanto, de acordo com a apuração da jornalista Giselle Aquino, e publicada na mesma rede social pelo jornalista Diego Sangermano, a pessoa havia vendido o quiosque em 2019.[62]
Protestos
Manifestantes de
Belo Horizonte carregam uma faixa com os dizeres: "
A milícia matou Moïse. Parem de nos matar." Frase alusiva à forma com que Moïse foi assassinado.
Milhares de pessoas se reuniram em frente ao quiosque Tropicália, onde Moïse foi assassinado, no Rio de Janeiro.
Manifestantes arrancam placa do quiosque "Tropicália", onde Moïse foi assassinado no Rio de Janeiro.
Em 29 de janeiro, os amigos e familiares fizeram um protesto no bairro, denunciando o caso e exigindo que os culpados fossem punidos.[7][63]
Na madrugada do 3 de fevereiro, uma manifestação com 50 pessoas foi registrada próxima ao quiosque Tropicália.[64]
Protestos foram convocados para o dia 5 de fevereiro pela comunidade congolesa,[65] políticos,[66] entidades sociais,[67] organizações ligadas ao movimento negro,[67] e sindicalistas.[67] Os protestos, além de lembrar a morte de Moïse, promoveram a luta contra o racismo, a xenofobia,[68] e a violência policial contra negros,[69] como a ocorrida com Durval Teófilo Filho[69][70] e Evaldo Rosa dos Santos.[69][71] Alguns protestos também tiveram pessoas clamando pelo impeachment de Jair Bolsonaro, dentro do contexto da luta contra o racismo de seu governo.[72]
Os protestos no dia 5 de fevereiro ocorreram em várias cidades do Brasil, incluindo Rio de Janeiro,[68] São Paulo,[68] Salvador,[68] Brasília,[68] São Luís,[68][73] Porto Alegre,[68] Belo Horizonte,[68] Recife,[74] Natal, Cuiabá,[74] Curitiba,[74] e Palmas.[74] Fora do Brasil, houve protestos programados em Nova Iorque, Estados Unidos,[74] e Londres, Reino Unido.[74][75][carece de fonte melhor] De acordo com a Deutsche Welle, houve protestos na embaixada brasileira em Berlim, Alemanha.[74][76]
Incidentes nos protestos do dia 5
No Rio de Janeiro, o jornalista Manoel Soares afirmou que recebeu xingamentos e que tomou cotoveladas de pessoas brancas.[77]
Em Curitiba, houve confusão entre manifestantes e religiosos. Os manifestantes estavam no centro de Curitiba, próximo à Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, onde o padre Luiz Haas estava conduzindo uma missa. Após uma discussão com o padre, os manifestantes entraram na paróquia e protestaram dentro do local por alguns minutos. Não houve depredação.[78][79]
Vídeos da invasão circulou pelas redes sociais.[78] A Arquidiocese de Curitiba criticou o ato, e que os manifestantes cometeram "agressividades e ofensas". O presidente Jair Bolsonaro, que até então não havia se posicionado sobre o assassinato, criticou a invasão em Curitiba, e que iria acionar o Ministério da Justiça e o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos para acompanhar o caso e evitar atos semelhantes no futuro.[78][80] O vereador Renato Freitas (PT), que esteve na manifestação, foi criticado na Câmara Municipal de Curitiba por outros vereadores, incluindo os vereadores Osias Moraes (Republicanos) e Tico Kuzma (Pros).[78] A vereadora Carol Dartora (PT), denunciou as ameaças e injúrias raciais que recebeu por ter participado dos protestos. Carol, apesar de ter participado dos protestos em Curitiba, não estava entre as pessoas que invadiram a igreja.[81]
Em consequência da sua participação nos protestos, A Câmara Municipal de Curitiba iniciou o processo de cassação de mandato do vereador Renato Freitas.[82]
Ver também
Referências
- ↑ a b c d e «Justiça decreta prisão de acusados do assassinato de Moïse Kabagambe». Agência Brasil. 2 de fevereiro de 2022. Consultado em 2 de fevereiro de 2022
- ↑ «Congolês morto em quiosque na Barra da Tijuca após cobrar pagamento era 'alegre e prestativo'». Extra. 30 de janeiro de 2022. Consultado em 9 de outubro de 2023
- ↑ «Guerra e miséria: entenda por que milhares abandonam a República Democrática do Congo, terra do jovem Moïse Kabagambe, assassinado no Rio». G1. 2 de fevereiro de 2022. Consultado em 2 de fevereiro de 2022
- ↑ Kamale, Jean-Yves; Álvares, Débora (5 de fevereiro de 2022). «Demonstrators protest killing of Congolese refugee in Brazil». AP NEWS (em inglês). Associated Press. Consultado em 6 de fevereiro de 2022
- ↑ «Polícia do Rio investiga morte de atendente congolês de quiosque na praia da Barra da Tijuca». G1. Jornal Nacional. 31 de janeiro de 2022. Consultado em 5 de fevereiro de 2022
- ↑ a b c d e f «Moïse Kabagambe: O que se sabe sobre a morte do congolês no Rio». G1. 31 de janeiro de 2022. Consultado em 5 de fevereiro de 2022
- ↑ a b c «Congolês Moise Kabamgabe morreu após ser espancado por cobrar dívida de trabalho em quiosque no Rio». Estadão. Consultado em 1 de fevereiro de 2022
- ↑ «Dono de quiosque estava em casa quando Moïse foi morto, dizem advogados». Folha de S.Paulo. 1 de fevereiro de 2022. Consultado em 2 de fevereiro de 2022
- ↑ «Vídeo mostra momento em que congolês Moïse Kabagambe é espancado até a morte na Barra». G1. Consultado em 2 de fevereiro de 2022
- ↑ «Vídeo mostra congolês sendo espancado até a morte em quiosque na Barra da Tijuca». O Globo. 1 de fevereiro de 2022. Consultado em 2 de fevereiro de 2022
- ↑ «Morte de Moïse: veja a cronologia do espancamento do congolês». G1. Consultado em 2 de fevereiro de 2022
- ↑ a b Ferreira, Lola (3 de fevereiro de 2022). «'Corretivo por roubar': o que testemunhas ouviram dos agressores de Moïse». noticias.uol.com.br. Consultado em 5 de fevereiro de 2022
- ↑ a b «Família do jovem congolês morto em quiosque no Rio diz que foi intimidada por PMs». G1. Jornal Nacional. 3 de fevereiro de 2022. Consultado em 5 de fevereiro de 2022
- ↑ Mattos, Marcela (8 de fevereiro de 2022). «Caso Moïse: familiares dizem que há agressores protegidos e que vídeo do crime foi 'editado'». G1. Consultado em 9 de fevereiro de 2022
- ↑ Duran, Pedro; Puente, Beatriz (16 de fevereiro de 2022). «Caso Moïse: Polícia e MP investigam participação de outras 7 pessoas na cena do crime». CNN Brasil. Consultado em 16 de fevereiro de 2022
- ↑ Torres, Lívia (1 de fevereiro de 2022). «Homem assume participação na morte de congolês e se apresenta à polícia: 'Ninguém queria tirar a vida dele', diz em vídeo». G1 Rio. G1. Consultado em 5 de fevereiro de 2022
- ↑ «Presos pela morte de Moïse: quem são, qual a participação no crime o que disseram à polícia». G1. 2 de fevereiro de 2022. Consultado em 5 de fevereiro de 2022
- ↑ «Lutador que derrubou e imobilizou Moïse disse à polícia ter a 'consciência tranquila'». G1. 3 de fevereiro de 2022. Consultado em 5 de fevereiro de 2022
- ↑ «PM conhecido como dono de quiosque onde Moïse trabalhou é 'ocupante irregular' do estabelecimento, diz Orla Rio». G1. 3 de fevereiro de 2022. Consultado em 5 de fevereiro de 2022
- ↑ «Três homens são presos pela morte do congolês Moïse no Rio». G1. Consultado em 2 de fevereiro de 2022
- ↑ Corsini, Iuri. «Ministério Público do Trabalho abre investigação sobre morte de congolês no Rio». CNN Brasil. Consultado em 2 de fevereiro de 2022
- ↑ Barreto, Elis; Teixeira, Nathalia. «Caso Moïse: Justiça aceita denúncia e 3 viram réus por homicídio de congolês». CNN Brasil. Consultado em 29 de abril de 2022
- ↑ a b «Dois quiosques na Barra da Tijuca têm licença suspensa após morte de congolês». G1. 1 de fevereiro de 2022. Consultado em 5 de fevereiro de 2022
- ↑ Almeida, Pauline (24 de março de 2022). «Caso Moïse: MPT denuncia quiosques por trabalho análogo à escravidão». CNN Brasil. Consultado em 29 de abril de 2022
- ↑ a b Luã, Marinatto (3 de fevereiro de 2022). «Caso Moïse: advogados de empresário se contradizem sobre relação de congolês com quiosque onde ele foi morto». Extra Online. Globo. Consultado em 5 de fevereiro de 2022
- ↑ «PM dono de quiosque vizinho ao que o congolês foi espancado até a morte é intimado a depor». G1. 2 de fevereiro de 2022. Consultado em 5 de fevereiro de 2022
- ↑ a b Satriano, Nicolás (3 de fevereiro de 2022). «Não há indício de mandante na morte de Moïse, segundo a polícia». G1. Consultado em 5 de fevereiro de 2022
- ↑ «Assassinato de congolês no Rio causa indignação». DW. 1 de fevereiro de 2022. Consultado em 1 de fevereiro de 2022
- ↑ «Justiça para Moïse: morte de congolês é um dos assuntos mais comentados do Twitter». CNN Brasil. Consultado em 2 de fevereiro de 2022
- ↑ Ribeiro, Andrei (31 de janeiro de 2022). «#Hashtag: Nas redes, clamor é por justiça após morte de congolês no Rio». Folha de S.Paulo. Consultado em 2 de fevereiro de 2022
- ↑ «tweet de Cláudio Castro sobre a morte de Moïse Mugenyi Kabagambe». Twitter. Consultado em 2 de fevereiro de 2022
- ↑ «tweet de Eduardo Paes sobre a morte de Moïse Mugenyi Kabagambe». Twitter. Consultado em 2 de fevereiro de 2022
- ↑ «Tweet do encontro de Eduardo Paes com a família de Moïse Kabamgabe». Twitter. Consultado em 2 de fevereiro de 2022
- ↑ Marques, Ana Paula. «Senadores lamentam assassinato de Moïse Kabagambe». Agência Senado. Consultado em 2 de fevereiro de 2022
- ↑ «Cáritas Rio, ACNUR e OIM lamentam morte de refugiado congolês». ACNUR Brasil (em inglês). Consultado em 2 de fevereiro de 2022
- ↑ «Embaixada da República Democrática do Congo cobra das autoridades brasileiras explicações sobre a morte de Moïse». G1. Consultado em 2 de fevereiro de 2022
- ↑ a b Marinatto, Luã (5 de fevereiro de 2022). «Caso Moïse: embaixador brasileiro no Congo diz a autoridades do país que a morte 'está sendo usada para provocar reação'». O Globo. Consultado em 6 de fevereiro de 2022
- ↑ «"A morte de Moïse Kabamgabe é inaceitável", afirma a Anistia Internacional Brasil». Anistia Internacional. 1 de fevereiro de 2022. Consultado em 2 de fevereiro de 2022
- ↑ «Declaração da HRW sobre o assassinato de Moïse Kabagambe». Human Rights Watch. 1 de fevereiro de 2022. Consultado em 2 de fevereiro de 2022
- ↑ Globo, Agência O. (2 de fevereiro de 2022). «Coalizão Negra denuncia morte de congolês a órgão da ONU». iG. Consultado em 2 de fevereiro de 2022
- ↑ Castro, Rodrigo (11 de fevereiro de 2022). «Presidente da Fundação Palmares ataca Moïse para negar racismo: 'Vagabundo morto por vagabundos mais fortes'». O Globo. Consultado em 17 de fevereiro de 2022
- ↑ «Sergio Camargo volta a atacar Moïse Kabagambe e diz que deu visibilidade à Fundação Palmares: 'desconhecida antes de mim'». O Globo. 14 de fevereiro de 2022. Consultado em 17 de fevereiro de 2022
- ↑ Castro, Rodrigo; Sobral, Marcella (11 de fevereiro de 2022). «Caso Moïse: Presidente da Comunidade Congolesa no Brasil pede exoneração de Sérgio Camargo». O Globo. Consultado em 17 de fevereiro de 2022
- ↑ «Gilmar Mendes 'pede cabeça' de Sérgio Camargo após declarações sobre Moïse». Coluna do Estadão. Consultado em 17 de fevereiro de 2022
- ↑ «Procurador pede que MPF investigue Sérgio Camargo por ataques a Moïse». noticias.uol.com.br. Consultado em 17 de fevereiro de 2022
- ↑ a b c d e f «Caso Moïse: imprensa internacional cita 'debate sobre xenofobia' após assassinato de congolês no Brasil». G1. 4 de fevereiro de 2022. Consultado em 5 de fevereiro de 2022
- ↑ Princewill, Nimi; Pedroso, Rodrigo (2 de fevereiro de 2022). «Congolese man beaten to death in Brazil over unpaid wages, family say» [Homem congolês espancado até a morte no Brazil por causa de diárias não pagas, diz família]. CNN. Consultado em 5 de fevereiro de 2022
- ↑ «Brasileiros pedem justiça após refugiado do DRC ser assassinado no Brasil». www.aljazeera.com (em inglês). 2 de fevereiro de 2022. Consultado em 5 de fevereiro de 2022
- ↑ McCoy, Terrence; Pessoa, Gabriela Sá (1 de fevereiro de 2022). «A young Congolese refugee demanded his back pay, his family says. He was beaten to death.» [Um jovem refugiado congolês exigiu seu salário de volta, diz sua família. Ele foi espancado até a morte.]. washingtonpost.com. The Washington Post. Consultado em 5 de fevereiro de 2022
- ↑ Gurk, Christoph (3 de fevereiro de 2022). «Brasilien diskutiert nach Mord an Kongolesen über Rassismus» [Brasil discute o racismo após assassinato congolês]. Süddeutsche.de (em alemão). Consultado em 5 de fevereiro de 2022
- ↑ «Brésil: émotion après la mort de Moïse, jeune Congolais battu à mort sur une plage de Rio». RFI (em francês). 2 de fevereiro de 2022. Consultado em 5 de fevereiro de 2022
- ↑ Gaier, Rodrigo Viga; Boadle, Anthony (2 de fevereiro de 2022). «Brutal killing of Congolese refugee shocks Brazil, three arrested» [Assassinato brutal de refugiado congolês choca o Brasil, três presos]. Reuters (em inglês). Consultado em 5 de fevereiro de 2022
- ↑ Briso, Caio Barretto; Phillips, Tom (4 de fevereiro de 2022). «'A George Floyd every 23 minutes': fury at refugee's brutal murder at Rio beach» [Um George Floyd a cada 23 minutos': fúria pelo brutal assassinato de um refugiado na praia do Rio]. the Guardian (em inglês). Consultado em 5 de fevereiro de 2022
- ↑ «RJ: Quiosques na Barra da Tijuca se tornarão memorial em homenagem à cultura congolesa». TV Cultura. 5 de fevereiro de 2022. Consultado em 5 de fevereiro de 2022
- ↑ Magalhães, Luiz Ernesto (7 de fevereiro de 2022). «Caso Moïse: família recebe termo de compromisso para administrar quiosques na Barra». O Globo. Consultado em 9 de fevereiro de 2022
- ↑ Coelho, Henrique (11 de fevereiro de 2022). «Família de Moïse desiste de concessão de quiosque na Barra onde congolês foi morto, diz procurador da OAB». G1 Rio. G1. Consultado em 11 de fevereiro de 2022
- ↑ Resende, Leandro. «Família do congolês Moïse Kabagambe vai administrar quiosque no Parque Madureira». CNN Brasil. Consultado em 29 de abril de 2022
- ↑ Puente, Beatriz (30 de junho de 2022). «Quiosque em homenagem a Moïse é inaugurado no Rio de Janeiro». CNN Brasil. Consultado em 13 de maio de 2023
- ↑ Salles, Stéfano (14 de fevereiro de 2022). «Rio cria comitê municipal para definir políticas para refugiados e imigrantes». CNN Brasil. Consultado em 16 de fevereiro de 2022
- ↑ «ACNUR, OIM e Cáritas Rio parabenizam Prefeitura do Rio pela criação do comitê para atenção a pessoas refugiadas, imigrantes e apátridas». ACNUR Brasil (em inglês). Brasília. 15 de fevereiro de 2022. Consultado em 16 de fevereiro de 2022
- ↑ Resende, Leandro. «Relatando ameaças, amigos de Moïse Kabagambe deixam o Brasil». CNN Brasil. Consultado em 29 de abril de 2022
- ↑ «ATENÇÃO: de acordo com a apuração da Giselle Aquino, do @sbtrio, Luciano Martins não é do o do quiosque Tropicália desde 2019. Ele foi prestar depoimento hoje na Delegacia de Homicídios, levou documentos da venda e diz que está com medo de ser linchado.». Twitter. Consultado em 2 de fevereiro de 2022
- ↑ Lemos, Vinícius. «'A família achava que ele teria segurança no Brasil': a morte do jovem congolês que causa comoção e revolta». BBC News Brasil. BBC. Consultado em 2 de fevereiro de 2022.
No sábado (29/1), familiares e amigos protestaram contra a morte do jovem em frente ao quiosque.
- ↑ «Manifestantes fazem protesto em frente ao quiosque Tropicália, onde congolês foi espancado até a morte». G1. 3 de fevereiro de 2022. Consultado em 5 de fevereiro de 2022
- ↑ «Entidades convocam ato simultâneo no RJ e SP em protesto à morte do congolês Moïse Mugenyi». TV Cultura. 3 de fevereiro de 2022. Consultado em 6 de fevereiro de 2022
- ↑ «Políticos convocam seguidores a atos por justiça para Moïse». Poder360. 4 de fevereiro de 2022. Consultado em 5 de fevereiro de 2022
- ↑ a b c Gaier, Rodrigo Viga (5 de fevereiro de 2022). «Manifestantes protestam no Rio de Janeiro contra morte de congolês». noticias.uol.com.br. Consultado em 6 de fevereiro de 2022
- ↑ a b c d e f g h «Protestos por Moïse, congolês assassinado no Rio, acontecem em pelo menos 12 capitais». G1. Consultado em 5 de fevereiro de 2022
- ↑ a b c Nogueira, Italo (5 de fevereiro de 2022). «'Justiça até o final', pede mãe de Moïse e manifestantes». Folha de S.Paulo. Consultado em 5 de fevereiro de 2022
- ↑ Rocha, Matheus (3 de fevereiro de 2022). «Militar da Marinha mata homem negro e diz tê-lo confundido com bandido». Folha de S.Paulo. Consultado em 5 de fevereiro de 2022
- ↑ Barbon, Júlia (14 de outubro de 2021). «No caso Evaldo, Justiça condena 8 militares pelos homicídios de músico e catador no Rio». Folha de S.Paulo. Consultado em 5 de fevereiro de 2022
- ↑ Phillips, Tom (5 de fevereiro de 2022). «Anti-racism protesters march in Brazil after refugee murdered in Rio» [Manifestantes anti-racistas marcham no Brasil após morte de refugiado no Rio]. the Guardian (em inglês). Consultado em 6 de fevereiro de 2022.
but marchers had a great deal to say about him, chanting “Fora Bolsonaro!” (“Bolsonaro out!”) as they filed down the beach. [Mas os manifestantes tinham muito a dizer sobre ele, gritando "Fora Bolsonaro" enquanto se moviam pela praia]
- ↑ «Manifestantes fazem ato em São Luís contra morte do imigrante congolês Moïse». G1. 5 de fevereiro de 2022. Consultado em 5 de fevereiro de 2022
- ↑ a b c d e f g Puente, Beatriz; Saleme, Isabelle. «Caso Moïse: ato no Rio acontece em frente a quiosque onde congolês foi morto». CNN Brasil. Consultado em 5 de fevereiro de 2022
- ↑ PretaUk (6 de fevereiro de 2022). «Justice for Moïse Kabagambe & Durval Teófilo demanded in London protest at Brazilian Embassy.#JustiçaPorMoise». Twitter (em inglês). Consultado em 16 de fevereiro de 2022
- ↑ Ramalho, Cristiane (5 de fevereiro de 2022). «Protesto em Berlim pede justiça por Moïse – DW – 05/02/2022». dw.com. Deustche Welle. Consultado em 5 de fevereiro de 2022
- ↑ «Manoel Soares relata ofensas racistas em ato por justiça a Moïse Kabagambe». F5. Folha de S. Paulo. 5 de fevereiro de 2022. Consultado em 5 de fevereiro de 2022
- ↑ a b c d «Grupo que pedia justiça pela morte de Moïse invade igreja e interrompe missa durante manifestação, diz padre; vereador que participava disse que ato foi pacífico». G1. 7 de fevereiro de 2022. Consultado em 9 de fevereiro de 2022
- ↑ «Veja o depoimento do padre Luiz Haas sobre momento em que manifestantes entraram em igreja». G1. 8 de fevereiro de 2022. Consultado em 9 de fevereiro de 2022
- ↑ Oliveira, Mayara (7 de fevereiro de 2022). «Bolsonaro critica ato em igreja contra morte de Moïse: "Marginais"». Metrópoles. Consultado em 9 de fevereiro de 2022
- ↑ «Vereadora denuncia ameaça e injúrias raciais após ato por Moïse em Curitiba — Portal da Câmara Municipal de Curitiba». www.curitiba.pr.leg.br. 9 de fevereiro de 2022. Consultado em 16 de fevereiro de 2022
- ↑ «Em 1º turno, maioria dos vereadores de Curitiba aprova cassação do mandato de Renato Freitas; veja como votaram». G1. 21 de junho de 2022. Consultado em 22 de junho de 2022
|
---|
2001—2010 | |
---|
2011—2020 | |
---|
2021—presente | |
---|
|