Asfarviridae
Asfarviridae é uma família de vírus de fita dupla.[1] O Asfivirus é o único gênero da família. Os asfivírus infectam insetos e suínos. AsfivírusOs vírus do gênero Asfivirus infectam suínos, resultando no aparecimento da peste suína africana. O nome desta família e gênero são derivadas do acrônimo inglês: African swine fever and related viruses. Somente uma única espécie foi descrita até o momento para esse gênero. Este vírus é o único vírus de DNA conhecido transmitido por artrópodes. Está envolvido e possui um genoma de DNA de fita dupla. O vírus da peste suína africana apresenta algumas semelhanças na estrutura do genoma e estratégias de replicação com os poxvírus e phycodnavírus, mas possui uma estrutura virion diferente dos poxvírus e várias outras propriedades que o distinguem dos últimos.[2][3] TaxonomiaO grupo do Asfarviridae é o dsDNA, a ordem não é atribuída e sua família é Asfarviridae.[2] VirologiaOs virions consistem em um envelope, um capsídeo, um núcleo e um complexo de nucleoproteínas. Eles são esféricos e medem 175-215 nm de diâmetro. O capsídeo é icosaédrico (T = 189-217) com um diâmetro de 172-191 nm e aparece hexagonal no contorno. Os capsômeros medem 13 nm de diâmetro com 1892-2172 destes por capsídeo.[2] O genoma é um DNA linear de fita dupla e entre 170 e 190 kilobases de comprimento. Seu conteúdo de guanina + citosina é de 39%.
O vírus pode ser cultivado em cultura de células, mas os efeitos citopáticos podem estar ausentes. Os corpos de inclusão acidofílicos e intracitoplasmáticos podem ser visíveis em biópsias ou material post mortem. A replicação é citoplasmática e os virions amadurecem brotando da membrana plasmática.[4] Os vírus desta família infectam porcos domésticos e seus parentes. Os hospedeiros naturais são javalis (Phacochoerus africanus), porcos do mato (Potamochoerus porcus) e carrapatos de argasídeos (espécies de Ornithodoros). Javalis jovens quando infectados desenvolvem uma viremia alta e são infecciosos por carrapatos. Javalis mais velhos são geralmente imunes à infecção. O vírus pode se replicar dentro dos carrapatos. Ocorre disseminação transestadial, transovariana e sexual dentro dos carrapatos. Durante a infecção, os vírions se multiplicam em eritrócitos, células endoteliais e leucócitos e não nas células epiteliais. Durante a infecção, o vírus pode ser isolado do sangue, baço, linfonodos viscerais e amígdalas. Várias espécies são conhecidas, nenhuma das quais é capaz de infectar seres humanos. Ciclo da vidaA replicação viral é citoplasmática. A entrada na célula hospedeira é alcançada pela ligação das proteínas virais aos receptores hospedeiros, que mediam a endocitose. A replicação segue o modelo de deslocamento da fita de DNA. A transcrição modelo de DNA é o método de transcrição. O vírus sai da célula hospedeira por transporte viral microtubular para o exterior.[2] Porcos, javalis e porcos-vermelhos servem como hospedeiros naturais. O vírus é transmitido através de um vetor (artrópodes e carrapatos).
EpidemiologiaEssa família estava originalmente confinada à África, mas desde então se espalhou pelo sul da Europa, ilhas do Caribe e China.[2][4] Referências
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