As três linguagens

As três linguagens
'Die drei Sprachen'
As três linguagens
Ilustração de Otto Ubbelohde
Conto popular
Título As três linguagens
Grupo ATU 517, 725, 671
Folclore
Gênero Conto de fadas
País Alemanha
Literatura folclórica
Publicação Irmãos Grimm, Kinder- und Hausmärchen (1819)

As três linguagens (em alemão: Die drei Sprachen) é um conto de fadas alemão compilado pelos Irmãos Grimm. É o conto número 33 (KHM 33). Gira sobre o tema de entender a linguagem dos animais. Enquadra-se nos Tipos 517, 725, 671 do Sistema Aarne-Thompson-Uther de classificação de contos folclóricos.

Origem

A história foi coletada pelos Irmãos Grimm de um homem chamado Hans Truffer da comuna suíça Visp e incluída na segunda edição de Kinder- und Hausmärchen de 1819, substituindo a anterior Der gestiefelte Kater ("O gato de botas").[1]

História

Ilustração de Otto Ubbelohde

O único filho de um conde não conseguia aprender nada. Três vezes o conde o enviou por um ano para aprender com mestres renomados. Da primeira vez, contou que aprendeu o que os cães diziam ao latir; na segunda vez, o que os pássaros diziam; e finalmente, a entender o coaxar dos sapos. Enfurecido com a inutilidade daqueles conhecimentos, o pai ordenou que o levassem até a floresta e o matassem, mas ele conseguiu escapar com vida.

Em suas perambulações foi parar numa fortaleza assolada por cães selvagens, mas por entender a linguagem dos animais, descobriu que estavam enfeitiçados e tinham de vigiar um tesouro enterrado, e só sossegariam quando o tesouro fosse retirado. Depois de um tempo, o moço decidiu viajar a Roma e, no percurso, ouviu um bando de sapos vaticinando que ele seria eleito papa. Chegando em Roma, o papa acabara de morrer e os cardeais decidiram que o novo pontífice seria escolhido por algum dom divino ou milagroso.

Quando adentrou a igreja, duas pombas brancas pousaram nos seus ombros. Os cardeais viram naquilo um sinal, indagaram ao jovem se queria ser papa, e as pombas aconselharam que ele aceitasse. Depois de eleito, continuaram nos seus ombros e o ajudavam a rezar as missas, sussurrando em seu ouvido os textos em latim.[2]

Referências

  1. Bolte, Johannes; Polívka, Jiri (1913). Anmerkungen zu den Kinder- u. hausmärchen der brüder Grimm. Vol. 1 (NR. 1-60). Leipzig: Dieterich'sche Verlagsbuchhandlung. pp. 322–325.
  2. Irmãos Grimm. «"As três linguagens" em português na Wikisource». Consultado em 26 de dezembro de 2024 

Ligações externas

 

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