Joseph Arthur de Gobineau nasceu de uma bem estabelecida família aristocrática.[2] Seu pai, Louis (1784-1858), era um oficial militar e ferrenho defensor da família real.[3] Sua mãe se chamava Anne-Louise Magdeleine de Gercy.
Segundo ele, a mistura de raças (miscigenação) era inevitável e levaria a raça humana a graus sempre maiores de degenerescência física e intelectual. É-lhe atribuída a frase:
“
Não creio que viemos dos macacos mas creio que vamos nessa direção.
”
Sua segunda missão diplomática foi no Brasil, onde chegou em 1869, enviado por Napoleão III. Nunca escondeu sua animosidade para com o país, que deixou um ano depois (1870). Travou amizade com o imperadorPedro II que, mesmo sem compartilhar muitas de suas ideias, manteve uma amizade epistolar durante muitos anos depois de sua partida do Brasil.[1]
Não conseguiu ver com bons olhos nenhum aspecto da sociedade brasileira, a não ser seus encontros com D. Pedro II. Para ele o Brasil não tinha futuro, país marcado pela presença de raças que julgava inferiores. A mistura racial daria origem a mestiços e pardos degenerados e estéreis. Esta característica já teria selado a sorte do país: a degeneração levaria ao desaparecimento da população. (Brasiliana, abaixo citada, página 74). A única saída para os brasileiros, seria o incentivo à imigração de "raças" européias, consideradas superiores.[1]
“
Mas se, em vez de se reproduzir entre si, a população brasileira estivesse em condições de subdividir ainda mais os elementos daninhos de sua atual constituição étnica, fortalecendo-se através de alianças de mais valor com as raças europeias, o movimento de destruição observado em suas fileiras se encerraria, dando lugar a uma ação contrária.
Os três volumes das Obras de Gobineau publicados sob a direção de Jean Gaulmier (Paris, Gallimard, “Bibliothèque de la Pléiade”, 1982-1983) incluem: Scaramouche, Mademoiselle Irnois, Essai sur l'inégalité des races humaines (tome 1), Mémoire sur l'état social de la Perse actuelle, Trois Ans en Asie, Les Religions et les philosophies dans l'Asie centrale, Souvenirs de voyage, Adélaïde (tome 2), Nouvelles Asiatiques, Les Pléiades, La Renaissance (tome 3).
Le prisonnier chanceux, ou les Aventures de Jean de La Tour-Miracle (1846, première édition en 3 volumes in-8 à Paris chez Louis Chlendowski à moins de 100 exemplaires en 1847 (rarissime), puis éd. en volume en 1924; L'Arsenal, 1989)
Ternove (1847; rééd. Perrin, 1919)
Nicolas Belavoir (1847; rééd. Gallimard, 1927)
Les Conseils de Rabelais (1847; rééd. Folio-Gallimard, 1985)
L'aventure de jeunesse (1847)
La Belle de Féverolles (1848)
Mademoiselle Irnois (1848; éd. en volume en 1920)
L'abbaye de Typhaines (1849; Gallimard, 1919).
Ensaios
História:
Essai sur l'inégalité des races humaines, tomes I et II (1853), III, IV, V et VI (1855). Les livres 1 à 6 sont disponibles sous format word et PDF ici: Uqac.ca
Mémoire sur l'état social de la Perse actuelle (1856)
Histoire des Perses, Paris, Plon, 1869
Ce qui se passe en Asie (1877; édition posthume, Paris, Cahiers libres, 1928)
Histoire d'Ottar Jarl, Pirate norvégien, conquérant du pays de Bray, en Normandie et de sa descendance. Paris, Didier et Cie, 1879.
Souvenirs de voyage: Le Mouchoir rouge, Akrivie Phrangopoulo, La Chasse au caribou (1872; Folio-Gallimard, 1985)
Les Pléiades (1874; Folio-Gallimard, 1997)
Nouvelles asiatiques: La Danseuse de Shamakha,[7]L'Illustre Magicien, Histoire de Gambèr-Aly, La Guerre des Turcomans, Les Amants de Kandahar et La Vie de voyage (1876; P.O.L., 1990; Les Éditions du Sonneur, 2007)
La Renaissance, scènes historiques (1877; GF-Flammarion, 1980).
Joseph Arthur, Conde de Gobineau - "L´Emigration au Brésil", 1874. In Georges Raeders, O inimigo cordial do Brasil, Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1988.
Gobineau, Arthur (1915) [1853-55]. The inequality of human races (em inglês). Londres: William Heinemann. 246 páginas. Consultado em 28 de maio de 2015