Armênia InteriorArmênia Interior foi uma província romana e então bizantina fundada em parte dos territórios controlados no Reino da Antiguidade. Originou-se em 298, quando Diocleciano, pelos termos da Paz de Nísibis assinada com o Império Sassânida, recebeu as chamadas províncias transtigritanas (satrapias) como território semiautônimos governados por suas respectivas dinastias locais. Em 371, novos territórios ao sul foram incorporados e em 390, com a morte de Ársaces III (r. 378–390), os domínios sob controle do rei na Alta Armênia pelos termos da Paz de Acilisena.[1] Esse "reino" de Ársaces englobava o principado mamicônida de Acilisena, que talvez incluía Daranália e Menzura, o principado bagrátida de Sispiritis e os territórios régios de Carenitis, que provavelmente incluíam Salagúmia. Essa província foi concedida a um oficial chamado conde da Armênia (comes Armeniae) e sua capital devia estar em Carim (atual Erzurum; a romana Teodosiópolis), que Robert Hewsen sugeriu ter sido refundada por Teodósio I (r. 378–395), o signatário de Acilisena, ao contrário de seu neto Teodósio II (r. 408–450), como afirmado por Procópio de Cesareia.[2] Em 536, o imperador Justiniano I (r. 527–565) promoveu a reorganização dos territórios bizantinos na Armênia. Nesse rearranjo, a antiga Armênia Interior foi incorporado na nova província de Armênia Prima, com sede em Justinianópolis (antiga Tsimim / Chermes) e controlada por um procônsul,[2] que também incluiu os territórios da Armênia Prima original (os distritos em torno de Satala, Colônia e Nicópolis) e a extinta província do Ponto Polemoníaco (com as cidades de Trapezo e Céraso) até o mar Negro.[3] Sabe-se que essa província continuou a existir até ao menos o reinado de Heráclio (r. 610–641).[2] Em 591, uma nova província chamada Armênia Interior foi fundada pelo imperador Maurício (r. 582–602) nos territórios que adquiriu da Persarmênia sob os termos acordados com o xainxá Cosroes II (r. 590–628). Essa nova província compreendia, a rigor, os territórios da extinta província armênia da Turuberânia.[4] Referências
Bibliografia
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