Ari Uru-Eu-Wau-Wau

Ari Uru-Eu-Wau-Wau (Rondônia - Jaru, 17 de abril de 2020) foi um ativista, professor e, líder indígena brasileiro da etnia Uru-Eu-Wau-Wau/Jupaú, integrante da associação Guardiões da Floresta.[1][2]

Biografia

Ari morava na aldeia 621 Jaikara na Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau, era irmão de Mandeí Uru-Eu-Wau-Wau e marido de Boroap Uru-Eu-Wau-Wu.[1] Este foi conhecido por ser da equipe de vigilância Guardiões da Floresta no estado brasileiro de Rondônia, que protege o território indígena contra madeireiros e grileiros.[1][2]

Em abril de 2020, foi assassinado pelo comerciante João Carlos da Silva (Guiga),[1] o corpo do líder indígena foi encontrado no dia 17 de abril, na margem do km 12 da estrada estadual vicinal RO-010, distrito de Tarilândia (município brasileiro de Jaru, Rondônia), com sinais de espancamento.[1][3]

A terra indígena Uru-Eu-Wau-Wau mede aproximadamente 1,9 milhão de hectares,[2][3] um dos últimos grandes remanescentes de floresta no estado brasileiro de Rondônia,[2] que abrange 12 municípios rondonienses e com maior área nos municípios de Guajará-Mirim e São Miguel do Guaporé.[3] Uma área que ocorre crimes ambientais frequentes (madeireiros e grileiros).[3]

Homenagens

A luta de Ari Uru-Eu-Wau-Wau contra o desmatamento na região do Uru-Eu-Wau-Wau foi registrado no documentário “O Território”, vencedor do prêmio Emmy em 2023[3] na categoria “Mérito excepcional na produção de documentários”[4] e no Festival Sundance de Cinema em duas categorias "Prêmio do Público" e "Prêmio Especial do Júri";[5] com produção executiva e roteiro da lider indígena Txai Suruí,[1][4][5] direção do norteamericano Alex Pritz e,[4] coprodução dos indígenas desta etnia.[1][5] Em janeiro de 2023, esta luta também foi representada em um grafite de 600 m² no centro da cidade brasileira de São Paulo, feito pelo ativista e grafiteiro Mundano, que utilizou tinta à base de cinzas das queimadas que ocorreram na Amazônia e também da terra da região.[1][3]

O documentário é baseado nos relatos do fotógrafo e liderança indígena Bitaté Uru-Eu-Wau-Wau e da indigenista Ivaneide Bandeira (Neidinha Suruí) da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé.[4][5]

Referências

  1. a b c d e f g h Ambrosio, Nicoly (15 de abril de 2024). «Acusado de matar Ari Uru-Eu-Wau-Wau é condenado a 18 anos». Amazônia Real. Consultado em 11 de outubro de 2024 
  2. a b c d «Memória de Ari Uru-Eu-Wau-Wau deve ser honrada com a proteção dos ativistas socioambientais». World Wide Fund for Nature (WWF). Consultado em 11 de outubro de 2024 
  3. a b c d e f «Quatro anos da morte de Ari Uru-Eu-Wau-Wau: relembre o legado do 'guardião da floresta'». Portal Amazônia. 21 de abril de 2024. Consultado em 11 de outubro de 2024 
  4. a b c d «Premiado no Emmy Awards, 'O Território' furou a bolha, diz Neidinha». Brasil de Fato. 12 de janeiro de 2024. Consultado em 11 de outubro de 2024 
  5. a b c d «'O Território' relata luta do povo indígena Uru-Eu-Wau-Wau em Rondônia e ganha prêmios no Festival Sundance». Portal Amazônia. 1 de fevereiro de 2022. Consultado em 11 de outubro de 2024 

Veja também

Ligações externas

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