Arapoema

Arapoema
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Arapoema
Bandeira
Brasão de armas de Arapoema
Brasão de armas
Hino
Gentílico arapoemense
Localização
Localização de Arapoema no Tocantins
Localização de Arapoema no Tocantins
Localização de Arapoema no Tocantins
Arapoema está localizado em: Brasil
Arapoema
Localização de Arapoema no Brasil
Mapa
Mapa de Arapoema
Coordenadas 7° 39′ 28″ S, 49° 03′ 50″ O
País Brasil
Unidade federativa Tocantins
Região metropolitana Avenida Principal
Municípios limítrofes Bernardo Sayão, Juarina
Distância até a capital 410 km
História
Fundação 7 de novembro de 1963 (61 anos)
Administração
Prefeito(a) Paulo da Barra Bonita (PV, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [1] 1 552,207 km²
População total (IBGE/2010[2]) 6 742 hab.
Densidade 4,3 hab./km²
Clima Tropical
Altitude 221 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000[3]) 0,654 médio
PIB (IBGE/2008[4]) R$ 60 127,022 mil
PIB per capita (IBGE/2008[4]) R$ 8 548,06

Arapoema é um município brasileiro do estado do Tocantins localizada na região Norte do Estado, a 384 km da capital Palmas. Sua população estimada em 2013 era de 6.844 habitantes.

Sua Área é de 1.552,21 km² representando 0.5591% do Estado, 0.0403% da Região e 0.0183% de todo o território brasileiro. Está a 221 metros acima do nível do mar. Seu IDH é de 0.654 segundo o Atlas de Desenvolvimento Humano/PNUD (2000).

Significado do Nome

O nome Arapoema é criatividade de um garimpeiro chamado Jurandir que, num arranjo feliz, colocou a 1ª sílaba do nome Araguaia + Poema. Daí, poema do Araguaia. Inspirado no bonito pôr-do-sol, na região do Araguaia, Arapoema é como um poema do Araguaia. Pela Lei Estadual nº 4.800, de 7 novembro de 1962, o povoado foi reconhecido como município com topônimo de Arapoema, desmembrado do Município de Araguacema. Não demorou para que inúmeros garimpeiros, vindos de Xambioá, chegassem ao local, sendo considerados fundadores do povoado. Foram atraídos ainda garimpeiros de outros estados, principalmente do Maranhão, Pará e do Piauí.

O cristal extraído era levado para o Rio de Janeiro e embarcado para os Estados Unidos. O povoado recebeu o nome de Jenipapo, elevando-se à categoria de distrito pela Lei Municipal n.º 114, de 10 de maio de 1962, outorgado pela Câmara Municipal de Araguacema. É elevado à categoria de município pela Lei do Estado de Goiás n.º 4.800 de 7 de novembro de 1963, com o nome de Arapoema, com território resultante do extinto distrito de Pau D'Arco e parte do distrito de Itaporã do município de Araguacema.

História

Arapoema surge com a descoberta de uma grande jazida de cristal de rocha, às margens do rio Jenipapo, no ano de 1956. Naquela época, o garimpo de cristal de Xambioá encontrava-se em declínio, quando corre a notícia, vindo do município de Conceição do Araguaia, que haviam encontrado outras jazidas em terras próximas ao porto do Araçaji, hoje Jacu, famoso garimpo do Rebojo.

A notícia foi divulgada pelo agrimensor Wilson Osmundo Neves e seus ajudantes Rochina, Mesquita e Pista, quando cavavam para colocar marcos de divisões entre fazendas. Foi o famoso garimpo de Rebojo que atraiu centenas de pessoas de toda região para explorar o precioso cristal de rocha. Os fundadores da cidade foram um grupo de garimpeiros. Nesta obra se destacaram mais os nomes de Antonio Delfino Guimarães, Longuinho Vieira, Antonio Dias Carneiro, Messias Costa, Anísio Costa, o Sargento Assilon Soares Lima, Juarez Monteiro, Luiz Curvina, Nilo Alves da Silva, Virgiliano Belas Lima, Luiz Pompeu de Pina.

O garimpo começa a declinar em 1964, quando a região começa a ser impactada pela expansão da fronteira agrícola do país, substituindo sua base econômica. Data do final da década de 60 e início dos anos 70 a implantação da grande Colônia Agrícola Bernardo Sayão que ocupava uma extensa área hoje compreendida pelos municípios de Arapoema, com 600 famílias, e Bernardo Sayão, com 400 famílias.

A falta de apoio, entretanto, em termos de crédito e assistência técnica, principalmente, levou o projeto ao fracasso, com o abandono e a venda dos lotes pelos assentados, logo após o recebimento dos títulos definitivos, e o consequente remembramento em grandes fazendas, ao longo da década de 70 e início dos anos 80.

São remanescentes desta colônia 36 famílias que hoje compõem uma associação de pequenos produtores do Perobão. Além da concentração fundiária, o município perdeu população e uma significativa produção de alimentos, resultante das lavouras e criação de pequenos animais pelos colonos, hoje, praticamente inexistentes. A ocupação mais intensa do território de Arapoema data do início dos anos 70, com a formação de grandes fazendas de pecuária intensiva, o que resultou em estrutura fundiária concentrada nos estratos superiores a 1.000ha.

Em 1 de janeiro de 1993, perde parte de seu território com a criação do município de Pau D'Arco. Em 1995, foi criado o assentamento Cristo Rei com 23 famílias, ocupando uma área de 1.014ha, média de 44,08ha por família, resultante da invasão de uma fazenda. Encontra-se em fase de negociação, entre o INCRA e o fazendeiro, a legalização de outra invasão, conhecida hoje por Mutamba, com 25 famílias.

Em 1997, perde mais território com a criação do município de Bandeirantes do Tocantins. Além do núcleo urbano, sede do município desenvolveu-se, isoladamente, três outros pequenos núcleos: Coriolando, pequeno bairro situado na TO-230 a três km da cidade, com 30 famílias; Dezenove, com 35 famílias, localizado no km 30 da TO-230, entroncamento com a estrada para Bernardo Sayão; e Rui Barbosa, mais conhecido como Zé Preto, com 36 famílias, surgido no entroncamento de várias linhas da antiga Colônia Agrícola Bernardo Sayão, na estrada que liga Arapoema à cidade de Bernardo Sayão.

A origem do garimpo, ao contrário de outras cidades do Estado, não marcou significativamente a estrutura urbana, social e cultural de Arapoema. O bairro chamado Labirinto, único vestígio do povoado garimpeiro, foi praticamente destruído com a abertura de ruas e retificação de outras, restando apenas ruínas de casas de adobe ou de taipa e de um pequeno cemitério.

A história do município e da cidade-sede está fortemente ligada ao processo de ocupação do território pelas grandes fazendas e empresas agropecuárias, no final da década de 60, mas principalmente nos anos 70, apoiadas pelos abundantes incentivos fiscais e creditícios oferecidos para a implantação de projetos em toda a região da Amazônia Legal. Resultou deste processo de ocupação econômica a situação atual do município, com estrutura fundiária concentrada nos estratos acima de 1000ha e a monocultura do boi.

No dia 23 de janeiro de 1977, foi criada a Paróquia de Santa Terezinha do Menino Jesus, por Dom Cornélio Chizzini, sendo empossado solenemente como 1º Pároco Residencial, o Pe. Nilson Vieira da Silva, do clero diocesano de Tocantinópolis. A festa religiosa da Padroeira é celebrada anualmente a 1 de outubro. A cidade está a 384 km de Palmas, capital do Estado do Tocantins.

Saúde

O município de Arapoema conta com o Hospital e Maternidade Irmã Rita (HMIR) conhecido antes como Hospital de Referência de Arapoema ou Hospital Regional Público de Arapoema. Para melhor atender a população da região Norte do Estado, o HMIR passou por reformas em sua estrutura e está dotado de novos equipamentos. Com cerca de 28 leitos, o hospital atende uma média de mais de 1.300 pacientes por mês.

O HMIR, além de atender a população de Arapoema, é referência para os municípios vizinhos de Pau D’arco, Bandeirantes e Bernardo Sayão e outros municípios.

Equipamentos

O HMIR conta com vários equipamentos sendo eles: eletrocardiógrafo, desfibrilador, carro de emergência, monitores multiparâmetros, foco cirúrgico móvel, maca para emergência com grades, oxímetro de pulso e incubadora de teste biológico 3m, visando atender cada vez mais os serviços de saúde da população.

Lazer

A população em geral tem algumas opções de lazer na cidade Arapoema. A cidade conta com duas casas de shows, além de bares, lanchonetes e sorveterias. Grande parte das pessoas (especialmente os jovens) gostam de se reunir na praça matriz da cidade, onde gostam de ficar batendo papo e lanchando ou tomando sorvete nos quiosques que têm na praça.

Outro ponto de lazer é a prática de esportes no Ginásio de Esportes de Arapoema (atualmente interditado para reforma) onde acontece alguns torneios e campeonatos.

Para os que gostam de natureza, a cidade é cercada por alguns rios onde é possível banhar, pescar e acampar.

Turismo

Nas temporadas de praias nos meses de Julho e Agosto a Praia do Jacu tem sido o ponto turístico da população de Arapoema, de cidades vizinhas e de visitantes nos últimos anos interessados em diversão e lazer. Às margens do Rio Araguaia, no centro-norte do Tocantins, a Praia do Jacu está localizada a 22 km do centro da cidade de Arapoema.

A Praia do Jacú possui ainda um mirante que possibilita vista panorâmica onde é possível ver além do rio Araguaia, ver também várias ilhas e bancos de areias que são atrativos para montar acampamentos.

Na temporada de praias na região, a população costuma ganhar uma renda extra na Praia do Jacú por montar barracas e vender alimentos, bebidas e outros produtos e serviços na praia. Para divulgar e atrair mais turistas para a praia, a Prefeitura Municipal tem organizado nas últimas temporadas a realização de shows ao vivo de bandas e de desfiles.

Telecomunicação

Rádio

A cidade dispõe de uma estação de rádio local e recebe transmissão das grandes rádios do estado.

Televisão

Para poder assistir televisão, somente utilizando uma antena parabólica. Embora alguns canais sintonizem com o uso de uma antena local simples.

Telefonia

A cobertura de celular na cidade são das operadoras Vivo e Claro. Os telefones fixos, orelhões e internet são da operadora Oi.

Rede Bancária

A cidade conta somente com uma agência do Banco do Brasil. Um Banco Postal na agência dos Correios e uma Casa Lotérica.

Ligações externas

Referências

  1. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  2. «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
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