Progressos adicionais não foram registrados até o século XV (Ghiyath al-Kashi). Matemáticos do início da idade moderna obtiveram uma precisão de 35 dígitos no início do século XVII (Ludolph van Ceulen), e 126 dígitos no século XIX (Jurij Vega).
O recorde de aproximação manual do número pi foi de William Shanks, que calculou corretamente 527 dígitos em 1873.[1][2] Desde a metade do século XX a aproximação de tem sido tarefa de computadores eletrônicos digitais; em novembro de 2016, o recorde é 22,4 trilhões*trilhões de dígitos.[3] (Para uma visão compreensiva ver cronologia do cálculo de pi.)
História antiga
As adaptações mais conhecidas de π datando de antes da Era Comum são números de duas casas decimais; isso foi melhorado com a matemática chinesa, em particular pela metade do primeiro milênio.
Alguns egiptólogos[4] reivindicam que pessoas do Antigo Egito usaram como aproximação de π a fração 22⁄7 durante o período do Império Antigo.[5] Essa reivindicação possui céticos.[6][7]
Na matemática babilônica, π era usualmente aproximado para 3, o que foi suficiente para os projetos arquitetônicos da época (notavelmente refletiu para a descrição do Templo de Salomão na Bíblia hebraica.[8] Os babilônicos tinham conhecimento que isso era uma aproximação e um antigo tablete babilônico matemático escrito próximo a Susa em 1936 (e datada entre os séculos XIX e XII AEC) davam a melhor aproximação de π como 25/8=3,125, aproximadamente 0,5% abaixo do valor exato.[9]
O egípcio Papiro de Rhind (datado do segundo período intermediário, aproximadamente 1600 AEC, embora parecer ser uma cópia de mais velho texto do Império Médio) implica na aproximação de π em 256⁄81 ≈ 3,16 (exatidão de 0,6%) pelo cálculo do círculo assemelhando ele de um octógono.[5][10]
No século III AEC, Arquimedes provou as desigualdades agudas 223⁄71 < π < 22⁄7 por um 96-gono (precisões de 2·10−4 e 4·10−4 respectivamente).
O matemático chinês Liu Hui em 263 EC calculou π entre 3,141024 e 3,142708 ao inscrever um 96-gono e um 192-gono; a média dos dois valores é de 3,141864 (precisão de 9·10−5). Ele também sugeriu que 3,14 seria um bom valor para a praticidade. Ele é também creditado por um posterior e mais preciso resultado: π ≈ 3927/1250 = 3,1416, mas alguns estudiosos acreditam, por causa da posterioridade (século V), que é do matemático chinês Tsu Ch'ung Chih.[12] Ele também é conhecido por ter calculado π entre 3,1415926 e 3,1415927, que estava correto até a sétima casa decimal. Ele deu duas aproximações ao π: π ≈ 22/7 e π ≈ 355/113. A última fração é a melhor e possível aproximação racional de π usando menos que cinco dígitos decimais no numerador e denominador. O resultado de Tsu Ch'ung Chih ultrapassa a precisão feita pela matemática grega e continuaria sem melhoras até o final do milênio.
No Império Gupta, o matemático Ariabata em seu tratado astronômico Āryabhaṭīya calculou o valor de π com cinco casas decimais significativas (π ≈ 62832/20000 = 3,1416),[13] usando-o para calcular aproximadamente a circunferência da Terra.[14] Ariabata falou que seu resultado "aproximado" (āsanna "aproximar") dava a circunferência de um circulo. O seu comentarista no século XV Nilakantha Somayaji (da escola Kerala de Astronomia e Matemática) argumentou que a palavra não significava somente uma aproximação, mas que o valor era imensurável (irracional).[15]
Idade média
Pelo século V EC, π era conhecido por aproximadamente sete dígitos na matemática chinesa e cinco na matemática hindi. Progresso posterior não foi feito até o fim do milênio, até o século XIV, quando o matemático e astrônomo Madhava de Sangamagrama, fundador da escola Kerala de Astronomia e Matemática, descobriu a série infinita de π, conhecido como série de Madhava–Leibniz,[16][17] e dá dois métodos para calcular o valor de π. Um dos métodos é obter rapidamente a série convergente transformando na série original infinita de π. Fazendo-o, ele obteve a série infinita
e usou os primeiros 21 termos para calcular uma aproximação de π com 11 casas decimais certas: 3,14159265359.
O outro método usado foi adicionar termo restante à série original de π. Ele usou o termo remanescente
na expansão infinita da série de π⁄4 a melhorar a aproximação de π em 13 casas decimais de precisão quando when n = 75.
Ele conseguiu essa precisão por calcular o perímetro de um polígono regular com 3 × 228 lados.[19]
Séculos XVI a XIV
Na segunda metade do século XVI, o matemático francês François Viète descobriu um convergindo a π chamado de fórmula de Viète.
O matemático alemão Ludolph van Ceulen, por volta do ano de 1600, calculou as primeiras 35 casas decimais de π com o 262-gono. O número calculado foi inscrito em sua lápide.
Em Cyclometricus (1621), Willebrord Snel van Royen obteve uma evolução no modo de desenvolver o número π ao sugerir que o perímetro de um polígono de quantidade de lados qualquer converge àquele número o dobro da rapidez de que um perímetro circunscrito em um polígono. Isso foi provado primeiramente por Christiaan Huygens em 1654. Usando esse método foi possível obter 7 dígitos de um polígono com 96 lados.[20]
↑ abBaseado na Grande Pirâmide de Giza, teriam construído-o supostamente de modo que o circulo, que possui o raio igual à altura da pirâmide, tivesse a circunferência igual ao perímetro da base (1760 côvados ao redor e 280 côvados de altura). Verner, Miroslav. The Pyramids: The Mystery, Culture, and Science of Egypt's Great Monuments. Grove Press. 2001 (1997). ISBN 0-8021-3935-3
↑Rossi, Corinna Architecture and Mathematics in Ancient Egypt, Cambridge University Press. 2007. ISBN 978-0-521-69053-9.
David Gilman Romano, Athletics and Mathematics in Archaic Corinth: The Origins of the Greek Stadion, American Philosophical Society, 1993, p. 78. "A group of mathematical clay tablets from the Old Babylonian Period, excavated at Susa in 1936, and published by E.M. Bruins in 1950, provide the information that the Babylonian approximation of π was 3 1/8 or 3,125."
E. M. Bruins and M. Rutten, Textes mathématiques de Suse, Mémoires de la Mission archéologique en Iran vol. XXXIV (1961).
Beckmann, Petr (1971), A History of Pi, New York: St. Martin's Press, pp. 12, 21–22. "In 1936, a tablet was excavated some 200 miles from Babylon. [...] The mentioned tablet, whose translation was partially published only in 1950, [...] states that the ratio of the perimeter of a regular hexagon to the circumference of the circumscribed circle equals a number which in modern notation is given by 57/60+36/(60)2 [i.e. π = 3/0.96 = 25/8]".
↑Katz, Victor J. (ed.), Imhausen, Annette et al. The Mathematics of Egypt, Mesopotamia, China, India, and Islam: A Sourcebook, Princeton University Press. 2007. ISBN 978-0-691-11485-9
↑Lam, Lay Yong; Ang, Tian Se (1986), «Circle measurements in ancient China», Historia Mathematica, 13 (4): 325–340, MR875525, doi:10.1016/0315-0860(86)90055-8. Reimpresso em Berggren, J. L.; Borwein, Jonathan M.; Borwein, Peter, eds. (2004), Pi: A Source Book, ISBN9780387205717, Springer, pp. 20–35. Ver páginas p. 333–334 (p. 28–29 da reimpressão).
"Adicione-se quatro a cem, multiplica-o por oito e adicione, então, sessenta e dois mil. O resultado é aproximadamente uma circunferência com o circulo de diâmetro vinte mil. Por essa regra a relação da circunferência com o diâmetro é dada."
Em outras palavras, (4 + 100) × 8 + 62000 é a circunferência com o diâmetro de 20000. Isso dará o valor de π ≈ 62832/20000 = 3,1416. Jacobs, Harold R. (2003). Geometry: Seeing, Doing, Understanding (Third Edition). New York: W.H. Freeman and Company. p. 70