Apeadeiro de Moimenta-Alcafache

Moimenta-Alcafache
Identificação: 46763 MAE (Moimenta)[1]
Denominação: Apeadeiro de Moimenta-Alcafache
Classificação: A (apeadeiro)[1]
Linha(s): Linha da Beira Alta (PK 123,870)
Altitude: 420 m (a.n.m)
Coordenadas: 40°34′28.32″N × 7°48′34.41″W

(=+40.57453;−7.80956)

Mapa

(mais mapas: 40° 34′ 28,32″ N, 7° 48′ 34,41″ O; IGeoE)
Município: MangualdeMangualde
Serviços: R
Conexões: Ligação a autocarros 5006 5023
Serviço de táxis MGL
Equipamentos: Acesso para pessoas de mobilidade reduzida
Website:

O Apeadeiro de Moimenta - Alcafache,[1] originalmente conhecido apenas como Alcafache,[2] é uma interface da Linha da Beira Alta, que serve as localidades de Alcafache e Moimenta de Maceira Dão, no distrito de Viseu, em Portugal.

Descrição

Tem acesso pela Rua da Estação, junto à localidade de Moimenta de Maceira Dão.[3] O edifício de passageiros situa-se do lado noroeste da via (lado esquerdo do sentido ascendente, a Vilar Formoso).[4]

Horário da Linha da Beira Alta em 1913, onde este apeadeiro aparece como Alcafache.

História

Ver artigo principal: Linha da Beira Alta § História

A Linha da Beira Alta foi aberta à exploração em 1 de Julho de 1882, pela Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses da Beira Alta.[5] Não constava entre as estações e apeadeiros existentes na linha à data de inauguração,[6] porém, tendo este interface sido criado posteriormente.[quando?] Originalmente possuía a categoria de paragem, tendo sido promovido a apeadeiro com a construção de um edifício, durante a direcção de Luís Ferreira da Silva Viana na Companhia da Beira Alta, nos primeiros anos do Século XX.[7] Nos horários de Junho de 1913, surge com a categoria de apeadeiro.[8]

Em 1932, foi instalada uma báscula de trinta toneladas,[9] e em 1934, foi construída uma vedação no lado esquerdo da via, com cerca de duzentos metros de comprimento e duas cancelas de acesso.[10] Em 1939, a linha do cais foi ampliada com mais uma linha de saco, o cais descoberto foi prolongado em dez metros, e foram substituídos o gabarito de carga e a báscula.[11] Em 1940, Alcafache ficou em vigésimo lugar num concurso dos jardins na Linha da Beira Alta, organizado pela companhia,[12] e nesse ano, foram feitas grandes obras de reparação no edifício.[13] Em 1946, foi assinada a escritura de transferência da Linha da Beira Alta para a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses, que começou a explorar a linha em 1 de Janeiro de 1947.[14]

Entre Março de 1970 e Maio de 1971,[quando?] esta interface (ainda denominada apenas de Alcafache) foi elevada de apeadeiro a estação, tendo sido acrescentada uma segunda via de circulação, do lado sudeste da linha (via de resguardo preexistente prolongada, com novo A.P.V. acrescentado ao PK 123+975, a noroeste da estação), e eliminada a passagem de nível contígua ao edifício da estação, ao PK 123+932.[2]

Desastre Ferroviário de Moimenta-Alcafache

Em 11 de Setembro de 1985, dois comboios colidiram junto a Alcafache, provocando mais de 120 mortos.[15]

Ver também

Referências

  1. a b c (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
  2. a b Diagramas oficiais: Sinalização do apeadeiro-resguardo de Alcafache (Março de 1970) e Sinalização da estação de Alcafache (Maio de 1971). (imagem composta)
  3. «Moimenta Alcafache - Linha da Beira Alta». Infraestruturas de Portugal. Consultado em 1 de Julho de 2015 
  4. (anónimo): Mapa 20 : Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1985), CP: Departamento de Transportes: Serviço de Estudos: Sala de Desenho / Fergráfica — Artes Gráficas L.da: Lisboa, 1985
  5. TORRES, Carlos Manitto (16 de Março de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 71 (1686). Lisboa. p. 133-140. Consultado em 3 de Março de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  6. (anónimo): “Caminho de Ferro da Beira AltaDiario Illustrado 3307 (1882.07.24)
  7. MAIO, Guerra (1 de Junho de 1959). «Um ilustre ferroviário: Luís Ferreira da Silva Viana» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 72 (1715). Lisboa. p. 224. Consultado em 3 de Março de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  8. Mendonça e Costa; Amaral (Outubro de 1913). «Beira Alta - Figueira, Pampilhosa, Santa Comba, Guarda, Villar Formoso» 🔗. Guia Official dos Caminhos de Ferro de Portugal. Ano 39 (168). Lisboa: Pessoa & C.ª / Typ. Horas Romanticas. p. 94. Consultado em 14 de Outubro de 2014 – via Biblioteca Nacional de Portugal 
  9. «O que se fez nos Caminhos de Ferro em Portugal no Ano de 1932» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 46 (1081). Lisboa. 1 de Janeiro de 1932. p. 10-14. Consultado em 3 de Março de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  10. «O que se fez nos caminhos de ferro em Portugal, em 1934» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 47 (1129). Lisboa. 1 de Janeiro de 1935. p. 27-29. Consultado em 3 de Março de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  11. «O que se fez em caminhos de ferro no ano de 1939» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 52 (1249). Lisboa. 1 de Janeiro de 1940. p. 35-40. Consultado em 3 de Março de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  12. C. A. (1 de Setembro de 1940). «Caminhos de Ferro da Beira Alta» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 52 (1265). Lisboa. p. 591-592. Consultado em 3 de Março de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  13. «O que se fez em Caminhos de Ferro no ano de 1940» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 53 (1274). Lisboa. 16 de Janeiro de 1941. p. 83-88. Consultado em 29 de Dezembro de 2018 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  14. REIS et al, 2006:62-63
  15. WILLIAMS, 1990:10

Bibliografia

  • REIS, Francisco; GOMES, Rosa; GOMES, Gilberto; et al. (2006). Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006. Lisboa: CP - Comboios de Portugal e Público - Comunicação Social S. A. 238 páginas. ISBN 989-619-078-X 
  • WILLIAMS, Neville (1990). Cronologia Enciclopédica do Mundo Moderno: 1985 / 1989. Col: Cronologia Enciclopédica do Mundo Moderno. Volume 9 de 9. Lisboa: Círculo de Leitores, Lda. 106 páginas. ISBN 972-42-0121-X. 

Ligações externas

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