António de Arrábida
Dom frei Francisco Antonio de Arrábida (Lisboa, 9 de setembro de 1771 — Rio de Janeiro, 10 de abril de 1850) foi um padre franciscano, botânico[1] e professor português. Aos quinze anos de idade entrou para convento franciscano de São Pedro de Alcântara e após completar seu preparo foi nomeado professor e bibliotecário do convento de Mafra. Ali entrou em contato com o príncipe regente D. João, que admirou seu trabalho e o fez seu confessor e membro do seu conselho privado.[2][3] Viajou para o Brasil com D. João, instalando-se no convento de Santo Antônio. Foi nomeado censor régio da Mesa do Desembargo do Paço em 27 de setembro de 1808 e atuou como aio dos príncipes D. Pedro e D. Miguel. Depois da volta da família real para Portugal, D. Pedro designou-o seu conselheiro e, proclamada a independência em 1822, participou da organização da cerimônia de coroação do imperador e no mesmo ano foi nomeado bibliotecário imperial, sendo o primeiro chefe da Biblioteca Imperial e Pública da Corte.[2][3] Ao longo dos trabalhos de organização da biblioteca, redescobriu os originais do importante tratado científico Flora fluminensis, de frei José Mariano da Conceição Veloso, que era dado como perdido, e responsabilizou-se pela sua publicação.[2] Foi tutor dos filhos de D. Pedro,[4] e em 1827, por indicação régia, foi nomeado bispo de Anemúria e coadjutor do capelão-mor.[2] Recebeu do imperador a Grã-Cruz da Imperial Ordem da Rosa e foi o ministrante da crisma do jovem príncipe D. Pedro (II).[4] Em 1831 pediu demissão do cargo de bibliotecário, e em 1836 recebeu uma pensão do governo. Por ocasião da criação do Colégio Pedro II, foi indicado seu primeiro reitor em 5 de fevereiro de 1838, mas devido a problemas de saúde renunciou menos de um ano depois. Retornou à corte como assistente na coroação de D. Pedro II, pelo que recebeu a comenda da Ordem de Cristo, e em fevereiro de 1842 foi nomeado conselheiro de Estado. Foi destituído três anos depois e passou seus últimos anos de vida em dificuldades financeiras.[2][3] Referências
Bibliografia
Ligações externas
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