António José Gomes Cardoso
António José Gomes Cardoso (Serapicos de Valpaços, 30 de novembro de 1855 - Lisboa, 12 de agosto de 1904) foi um prelado português da Igreja Católica, bispo-prelado de Moçambique e bispo de Angola e Congo. BiografiaNasceu na aldeia de São Cipriano, na freguesia de Serapicos no concelho de Valpaços. Estudou gramática latina em Eiró, fez os cursos preparatórios no Liceu de Vila Real, entre 1872 e 1876, depois estudou teologia no Seminário de Braga até 1879.[1][2] Foi ordenado padre em 20 de setembro de 1879.[1][2][3] Foi escolhido para Professor do Colégio da Formiga, e seis anos depois, para Professor do Seminário dos Carvalhos, na Diocese do Porto. Dali, seguiu em 1900 para Guimarães, pois fora nomeado cónego da Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira.[1][2] Por decreto de agosto de 1900, foi apresentado como bispo-prelado de Moçambique, sendo confirmado pelo Papa Leão XIII em 17 de dezembro como bispo-titular de Aretusa e consagrado em 25 de março de 1901 na Sé de Braga por Dom Manuel Baptista da Cunha, arcebispo de Braga, coadjuvado por Dom António Barroso, bispo do Porto e por Dom Manuel Vieira de Matos, arcebispo-auxiliar de Lisboa.[1][2][3] Ainda em Portugal, em 23 de julho de 1901, foi transferido para a Diocese de Angola e Congo, para onde viajou em 6 de março de 1902.[1][2][3] Uma vez ali, providenciou a reconstrução completa do Paço Episcopal, a criação da Freguesia do Carmo, de Luanda, com funcionamento das escolas anexas, o início da regularização da situação do Cabido e da Sé, perante as leis eclesiásticas, além da criação do Vicariato Geral de Malanje, para o desenvolvimento da ação missionária, e o estabelecimento de algumas missões.[2] Visitou as missões de Huíla, entre elas as de Gambos, Humbe, Malanje, Libolo e Santo António do Zaire.[1] Em Libolo, acabaria contraindo febre paludosa, que comprometeria sua saúde e, em Santo António do Zaire, debilitou-se fortemente.[1][2] Em 1903, de volta a Luanda, participou das exéquias do Papa Leão XIII. Acabou por retornar a Portugal em 12 de junho de 1904, para tratar da saúde.[2] Faleceu em Lisboa, em 12 de agosto de 1904, apenas dois meses depois de seu regresso.[1][2][3] ReferênciasLigações externas
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