António Barroso

António José de Sousa Barroso
Bispo da Igreja Católica
Bispo do Porto
António Barroso
Atividade eclesiástica
Diocese Diocese de Ceuta
Nomeação 23 de maio de 1899
Predecessor Dom Américo Cardeal Ferreira dos Santos Silva
Sucessor Dom António Barbosa Leão
Mandato 1899 - 1918
Ordenação e nomeação
Ordenação presbiteral 20 de setembro de 1879
Nomeação episcopal 12 de fevereiro de 1891
Ordenação episcopal 5 de julho de 1891
Sé de Lisboa
por D. José Sebastião de Almeida Cardeal Neto, O.F.M.
Brasão episcopal
Dados pessoais
Nascimento Remelhe
5 de novembro de 1854
Morte Portugal Porto
31 de agosto de 1918 (63 anos)
Nacionalidade português
Progenitores Mãe: Eufrásia Rosa Barroso
Pai: José António de Sousa
Funções exercidas -Bispo-prelado de Moçambique (1891-1897)
-Bispo de São Tomé de Meliapor (1897-1899)
dados em catholic-hierarchy.org
Bispos
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

António José de Sousa Barroso (Remelhe, Barcelos, 5 de Novembro de 1854Porto, 31 de Agosto de 1918) foi missionário em África, bispo de São Tomé de Meliapor e enfim bispo do Porto.

Estátua de D. António Barroso em Barcelos

Biografia

Filho de José António de Sousa e de sua mulher Eufrásia Rosa Barroso.

Aos 17 anos de idade vai estudar no seminário de Braga, e daqui transferido em 1873 para o Real Colégio das Missões Ultramarinas de Cernache do Bonjardim, onde se ordenou em 1879.

Foi missionário cientista em Angola e em Moçambique. O seu relatório de 1894, sobre o "Padroado de Portugal em África" patenteia o valor da sua acção.

É sagrado bispo de Himéria em 1891 e em 1898 transferido para Meliapor; em fevereiro de 1899 foi apresentado bispo do Porto, tomando posse em 2 de agosto.[1]

Em 1911, após a Implantação da República Portuguesa, quando foi dada a conhecer a «Pastoral do Episcopado Português», em que a Igreja Católica Portuguesa se afirma em desacordo com alguma Legislação do Governo, reaviva-se a luta anticlerical. Os governadores civis proíbem a leitura dessa pastoral e, por desobediência a essa proibição, são presos dezenas de párocos. Nessa altura, o próprio bispo do Porto foi preso e levado, sob custódia, a Lisboa. Sempre afirmando a determinação apostólica, D. António Barroso conhecerá depois o exílio, de onde só voltará em 1914, e, antes de voltar a conhecer o exílio no 1917, refugia-se durante um longo período no Santuário de Nossa Senhora do Porto do Ave, onde ainda hoje permanece o seu retrato a óleo numa parede da sacristia. Regressa ainda no mesmo ano à sua diocese, onde vem a falecer, nove meses mais tarde.

Foi sepultado no cemitério paroquial de Remelhe, Barcelos, tendo os seus restos mortais sido trasladados em 1927 para uma capela-monumento erigida no recinto. Em 17 de Novembro de 2019, os seus restos mortais foram transladados para a igreja paroquial de Remelhe,[2] numa cerimónia presidida por D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga.

Foi impressa uma nota de 10 angolares de Angola com a sua imagem.

Encontra-se em curso a Causa da sua beatificação, promovida pela Diocese do Porto. Em 16 de Junho de 2017 foi proclamado Venerável, com a aprovação, pelo Papa Francisco, do decreto da Declaração das virtudes heróicas de D. António Barroso.[3]

Em 20 de Outubro de 2019 foi inaugurada em Cernache do Bonjardim uma estátua a D. António Barroso.

Referências

  1. D. António Barroso, Bispo do Porto, Álbum dos Vencidos, Fasc. n.º N.º 7, (1913), pág. 204, Consultado em 9 de Abril de 2022
  2. «A trasladação que Roma recomendou». TSF Rádio Notícias. 17 de novembro de 2019. Consultado em 22 de novembro de 2019 
  3. «Decreto» (PDF). Arquivado do original (PDF) em 1 de setembro de 2017 

Ligações externas

Precedido por
António Dias Ferreira
Brasão episcopal
Bispo-prelado de Moçambique

1891 - 1897
Sucedido por
Sebastião José Pereira
Precedido por
Henrique José Reed da Silva
Brasão episcopal
Bispo de São Tomé de Meliapor

1897 - 1899
Sucedido por
Teotónio Manuel Ribeira Vieira de Castro
Precedido por
Américo Ferreira dos Santos Silva
Brasão episcopal
Bispo do Porto

1899 - 1918
Sucedido por
António Barbosa Leão