Anna Christie (peça teatral)
Anna Christie é uma peça de teatro do dramaturgo norte-americano e Prémio Nobel Eugene O'Neill. Teve estreia na Broadway no Vanderbilt Theatre a 2 de Novembro de 1921, tendo ganho o Prémio Pulitzer de Teatro de 1922. A primeira versão da peça por O'Neill ocorreu em janeiro de 1919, e intitulava-se Chris Christopherson e foi representada como Chris em testes nos arredores de Nova Iorque. O'Neill entretanto reviu a peça radicalmente, transfigurando a filha do capitão da barcaça, Anna, que em vez de donzela pura que precisa de proteção, passa a ser uma prostituta que encontra na labuta do mar a mudança de vida e o amor. Alexander Woollcott no New York Times considerou-a "uma peça singularmente cativante" e aconselhou que "todos os amantes de teatro adultos deveriam anotar nas suas agendas o nome de Anna Christie como uma das peças a que deveriam assistir."[1] Resumo da tramaAnna Christie é a história de uma mulher que abandonara a prostituição e fica apaixonada, mas passa por dificuldades quando tenta recompor a sua vida. ![]()
Acto IO primeiro acto tem lugar num bar propriedade de Johnny, e que tenm Larry como o barman. O velho capitão de uma barcaça de carvão, Chris, recebe uma carta da sua filha, uma jovem que ele não via desde que ela tinha 5 anos de idade e a sua família vivia na Suécia. Encontram-se no bar e ela concorda em ir na barcaça de carvão com ele. O restante da peça tem lugar na barcaça. Acto IIA tripulação da barcaça resgata Mat Burke e quatro outros homens que estavam numa pequena canoa após um naufrágio. Apesar de não se darem bem inicialmente, Mat e Anna apaixonam-se um pelo outro. Acto IIIConfronto entre Anna, Chris e Mat. Mat quer casar-se com Anna, Chris não quer que ela se case com nenhum marinheiro e Anna não quer que nenhum deles pense que pode decidir pela vida dela. Ela diz-lhes a verdade sobre a sua vida: foi violada quando vivia com os parentes da mãe numa quinta no Minnesota, e mais tarde tornou-se numa prostituta, após algum tempo ter trabalhado como ajudante de enfermeira. Mat fica furioso e sai com Chris. Acto IVMat e Chris regressam. Anna perdoa Chris por não a ter acompanhado na sua infância, e depois de um confronto dramático, Mat perdoa a Anna com a promessa dela de deixar a prostituição e Chris aceita o casamento deles. Acontece que Chris e Mat foram ambos recrutados pelo mesmo navio que vai em viagem mercantil à África do Sul, no dia seguinte, mas prometem voltar para Anna após a viagem. Encenações
Adaptações![]() Em 1923 Anna Christie foi adaptada ao cinema no filme com o mesmo título dirigido por John Griffith Wray e Thomas H. Ince, tendo nos principais papéis Blanche Sweet, William Russell, George F. Marion e Eugenie Besserer.[7] Em 1930 foi lançada uma nova adaptação cinematográfica, dirigida por Clarence Brown e que contava no elenco com Greta Garbo, Charles Bickford, George F. Marion e Marie Dressler. A produção do filme usou como promoção a frase "A Garbo Fala!" ("Garbo Talks!"), dado que foi o seu primeiro filme falado. A primeira frase dela num filme tornou-se na mais famosa: "Dá-me um whisky e ginger ale e não sejas mesquinho, querido." George F. Marion interpretou o papel de pai de Anna na produção original na Broadway e nas duas primeiras adaptações ao cinema.[8] Ainda em 1930 foi lançada uma versão cinematográfica em alemão dirigido por Jacques Feyder, em que também participou Greta Garbo com Theo Shall, Hans Junkermann e Salka Viertel.[9] Em 1957 houve na Broadway uma versão musical intitulada New Girl in Town com música de Bob Merrill que esteve em cena quase um ano.[10] Em 2014, a Ningbo Yong Opera Troupe apresentou uma adaptação operática em chinês intitulada "Andi" no Roberts Theatre, Grinnell, Iowa. [11] Leituras adicionais
Referências
|
Portal di Ensiklopedia Dunia