Ana Moura é um bairro do município brasileiro de Timóteo, no interior do estado de Minas Gerais. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sua população no ano de 2010 era de 3 896 habitantes, sendo 1 921 homens e 1 975 mulheres, possuindo um total de 1 212 domicílios particulares distribuídos em uma área de 10,35 km².[1] Trata-se do bairro com a maior extensão territorial de Timóteo, segundo o IBGE, se considerada a zona rural.[1]
Está situado aos pés do Pico do Ana Moura, que é uma das principais atrações de Timóteo e constitui o ponto mais elevado do município.[2]
História e descrição
O bairro surgiu na década de 1970, através de ocupações espontâneas,[3] em um contexto de expansão da população de áreas periféricas da cidade.[4] A denominação é uma homenagem a Ana Maria Moura, que era casada com João Rufino de Souza, com quem se estabeleceu nas proximidades do Pico do Ana Moura em 1906. Ali mantiveram criações de gado e café e produziram cachaça e rapadura. Ana Moura morreu residindo no local aos 107 anos em 1972.[5]
Em função das limitações da topografia o crescimento urbano do bairro ocorreu de forma relativamente isolada dos centros Norte e Sul de Timóteo, que são as principais centralidades do município.[6] Apresenta uma dominância de habitações de classe baixa, inclusive com registros de moradias em áreas de risco de deslizamentos de terra. Está localizado em um fundo de vale, ao mesmo tempo que a densidade demográfica de sua malha urbana é elevada, com uma topografia cuja declividade varia entre média e alta.[7]
Segundo o IBGE, é abrangido pela área de um dos aglomerados subnormais da cidade, reunindo 1 847 habitantes e 557 residências nessa situação juntamente com o bairro vizinho Novo Tempo.[8][9] A incidência de criminalidade é considerável.[10]
A localidade está em uma área de transição entre as zonas urbana e rural. A zona rural possui fazendas e propriedades, além do Pico do Ana Moura.[11] Seu topo é aberto à visitação e o acesso é pavimentado, sendo possível por meio de uma estrada que começa no bairro.[12] Outros marcos do Ana Moura são a Igreja de Santana, que faz parte da Paróquia São José de Acesita,[13] e a Praça Mariana.[14]
↑Centro Universitário Católica do Leste de Minas Gerais (Unileste) (agosto de 2014). «Região Metropolitana do Vale do Aço - diagnóstico final (volume 3)»(PDF). Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado (PDDI). 3: 604–606. Consultado em 6 de março de 2018. Arquivado do original(PDF) em 2 de fevereiro de 2016