Alfred Bloomingdale
Alfred Schiffer Bloomingdale (Nova York, 15 de abril de 1916 - Santa Mônica, 23 de agosto de 1982), foi um empresário estadunidense, considerado o "pai do cartão de crédito" e um dos conselheiros privados do presidente Ronald Reagan.[1] Considerado um empresário agressivo e enérgico, presidiu o Diners Club de 1955 a 1964, a partir de quando passou a chefiar seu conselho.[1][2] BiografiaAlfred era neto de Lyman G. Bloomingdale, um dos irmãos que fundaram a célebre loja Bloomingdale's; cursou a Riverdale Country Day School e a Westminster School, em Connecticut.[1] Formou-se pela Universidade de Brown em 1938, depois de ficar mais de um ano hospitalizado para se recuperar de uma lesão nas costas que o vitimara quando jogava futebol e foi trabalhar na loja de Manhattan da família, onde recebia um salário de 18 dólares por semana; mas ele nunca se habituou àquele tipo de serviço - em 1968 ele declarou que "eu nunca gostei realmente do trabalho então, finalmente, saí."[1] Ele então se voltou para a Broadway e Hollywood, como produtor, ficando nesta atividade entre 1939 e 1949, apresentando como um dos sucessos que produzira o Ziegfeld Follies, de 1943; no ano seguinte um episódio curioso marcou sua participação neste ramo quando, antes de chegar à Broadway o espetáculo Allah Be Praised apresentava-se na Filadélfia quando ele levou o dramaturgo Cy Howard para vê-lo e aconselhá-lo; ao fim, ele disse-lhe: "Al, se eu fosse você fecharia essa apresentação e iria manter sua loja aberta à noite".[1] Casou-se em 1946 com Betty Lee Newling, que se tornou conhecida na Califórnia por suas ações sociais e figura proeminente da sociedade de Los Angeles.[1][3][4] Em 1950 ele começara em Los Angeles aquilo que era um pioneiro do cartão de crédito, chamado Dine and Sign.[1] Na ocasião ele propusera uma sociedade com o playboy brasileiro e seu amigo, Jorge Guinle mas este, que tinha uma grande visão para mulheres e nenhuma para negócios, recusara.[5] Um amigo chamou-lhe a atenção para um outro negócio chamado Diners Club e ele então com sua ideia, propôs uma sociedade aos donos do outro empreendimento, Frank McNamara e Ralph E. Schneider, tendo como resultado a fusão e Bloomingdale passou a ser o vice-presidente; aposentara-se da empresa em 1970, embora tenha permanecido como consultor.[1] O negócio tivera início com um capital de apenas 35 mil dólares, e ele tinha 15% do negócio - mas a chamada "época do cartão de crédito" estava apenas começando, e logo viria a crescer para cumprir a promessa de que o cartão de plástico tornaria o dinheiro obsoleto; mesmo enfrentando a concorrência da American Express quando foi vendida para empresa de seguros Continental Corporation, tinha 2 milhões de usuários.[1] A amizade com Reagan começara ainda na Califórnia e continuou até ele se tornar presidente; Alfred tornara-se ativo membro do Partido Republicano desde o ano de seu casamento, quando participou da convenção nacional da agremiação.[1] Últimos anosNos últimos dez anos Bloomingdale investia no mercado imobiliário da Flórida, em Fort Lauderdale, e na Costa Oeste.[1] Em 1981 Reagan o nomeou como membro do Foreign Intelligence Advisory Board e do Advisory Commission on Public Diplomacy; em julho de 1982 ele fora processado por uma mulher de 29 anos, que alegava que ele não cumprira a promessa de dar-lhe "sustento de vida".[1][6] Enfrentava um câncer de esôfago, permanecendo em casa de Holmby Hills a maior parte do tempo, até morrer aos 66 anos no Hospital St. John, em Santa Monica, deixando os filhos Geoffrey, Elisabeth Bell e Robert; foi sepultado no cemitério de West Los Angeles, numa cerimônia familiar.[7] Referências
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