Alessandro Bavona
Alessandro Bavona (Rocca di Cambio, 11 de maio de 1856 – Viena, 20 de janeiro de 1912) foi um diplomata e prelado italiano da Igreja Católica, que representou a Santa Sé no Brasil. BiografiaFilho de Agostino e Elisabetta Lolli Bavona, seu primeiro educador foi seu tio materno Don Benedetto Gialloreti. Depois de completar seus estudos literários no seminário diocesano, mudou-se para Roma, onde seguiu seus estudos teológicos e jurídicos, no final do qual foi ordenado padre.[1] Foi professor de direito canônico no Pontifício Seminário Romano e minutante da Sagrada Congregação para os Assuntos Extraordinários da Santa Sé. Iniciado na carreira diplomática em maio de 1893, foi nomeado auditor da nunciatura em Madri.[1] Em 21 de abril de 1901 foi elevado a dignidade de arcebispo, em 13 de julho do mesmo ano foi nomeado pelo Papa Leão XIII ao mesmo tempo delegado apostólico na Bolívia, Equador e Peru, enquanto em 17 de julho foi nomeado arcebispo titular de Farsalo.[1][2] Foi consagrado nesse mesmo ano, por Pedro Rafael González y Calisto, arcebispo de Quito, coadjuvado por Arsenio Andrade y Landázuri, bispo de Bolívar e por Federico González y Suárez, bispo de Ibarra.[2] Foi nomeado núncio apostólico no Brasil em 13 de novembro de 1906 pelo Papa Pio X.[2][3] Durante sua nunciatura no país, foi o responsável pela reorganização eclesiástica no Brasil, ajudando efetivamente na criação de várias províncias eclesiásticas. Para ele, era inadmissível que as dioceses brasileiras tivessem territórios equivalentes a países como a França, a Itália e a Alemanha. Ao comparar o Brasil aos Estados Unidos, México e Canadá, observou a menor quantidade de circunscrições eclesiásticas em proporção à sua extensão territorial e quantidade de católicos, atribuindo essa situação às heranças do regalismo imperial e às resistências do episcopado, que relutava em dividir suas dioceses, preferindo-as com grandes extensões territoriais. Tal postura era vista como contrária à missão episcopal, que deveria estar empenhada no incremento religioso.[4] Quando foi nomeado como núncio apostólico na Áustria-Hungria, em 2 de fevereiro de 1911,[2] o Brasil estava dividido em oito províncias eclesiásticas (São Salvador da Bahia, São Sebastião do Rio de Janeiro, Belém do Pará, Mariana, São Paulo, Cuiabá, Olinda e Porto Alegre), tendo sido seis criadas pelo papa Pio X, e 29 bispados, uma prelazia, três prefeituras apostólicas e uma missão sui iuris.[4] Chegando em Viena, infelizmente sua saúde acusou a súbita mudança de clima, do tórrido da América do Sul ao gélido inverno austríaco. Atingido por um ataque de pneumonia, morreu em 20 de janeiro de 1912.[1] Referências
Ligações externas
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