Alberto da Veiga Simões
Alberto da Veiga Simões (Arganil, Arganil, 16 de dezembro de 1888 — Paris, 1 de dezembro de 1954) foi um escritor, jornalista, político, diplomata e historiador português.[1] Enquanto embaixador em Berlim, assinou vistos que salvaram muitos judeus na II Guerra Mundial, até ser demitido por Salazar[2]. BiografiaLicenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, antes de enveredar pela carreira diplomática, na primeira década do século XX, integrou o Grupo de Coimbra, no qual se debatiam temas literários, políticos e artísticos, sendo as suas reuniões consideradas à época o centro germinador e propagador do Modernismo em Portugal. Durante esse período, fundou com Thomaz d’Alvim e Luiz Filipe a revista quinzenária A Farça, exercendo o cargo de diretor literário até à extinção da revista em 1910.[3] Em 1916 foi colocado na Amazónia brasileira. Devido ao seu prestígio como diplomata, foi Ministro dos Negócios Estrangeiros entre 1921 e 1922, num dos governos da Primeira República. Prosseguiu a carreira diplomática por diversas capitais estrangeiras, tendo passado à disponibilidade em 1940.[4] Serviu como ministro plenipotenciário de 1.ª classe em Berlim após 1933, até à sua demissão em 1940, acompanhando de perto as alterações no país e no regime nacional-socialista. Nutria grande desprezo pelo movimento nacional-socialista, visível em todos os seus ofícios, chegando a defini-lo como "união dos sem-trabalho para a conquista do poder". Foi afastado das funções que servia em 1940, alegadamente por ter comunicado aos franceses a data exacta do ataque alemão, sendo chamado por Salazar antes que o regime alemão exigisse medidas mais drásticas. Foi substituído nessas funções por Francisco José Nobre Guedes, figura de proa da ala mais fascizante e germanófila do regime português.[5] Foi homenageado com um busto em bronze, da autoria do escultor Aureliano Lima, sobre um alto pedestal de granito, inaugurado em Arganil em 1976.[6] O seu nome consta na lista de colaboradores da revista Terra portuguesa [7] (1916-1927). A 4 de agosto de 1990, foi agraciado, a título póstumo, com o grau de Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.[8] Obras
Referências
Bibliografia
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