Alberto Ohaco
Alberto Bernardino Ohaco[nota 1] (Avellaneda, 20 de Janeiro de 1889 – Lomas de Zamora, 3 de Janeiro de 1950)[nota 2] foi um futebolista argentino que atuava como atacante. Maior artilheiro da história do Racing Club, com 202 gols,[1] Ohaco esteve presente nas oito primeiras conquistas do clube no campeonato argentino, sendo as sete primeiras de forma consecutiva,[2] até hoje um recorde no futebol argentino.[2] Ohaco também é considerado um dos maiores futebolistas da história do futebol argentino e também um de seus primeiros ídolos.[3][4] CarreiraJogou durante toda sua carreira no Racing Club, clube do qual seu pai, Juan, foi um dos fundadores.[4][2] Chegou ao clube três anos após a fundação deste, em 1906, sendo promovido ao elenco principal quatro anos depois, em 1910, contribuindo para a promoção da equipe para a Primeira Divisão.[3] Em 1912, no ano seguinte a sua estreia na divisão de elite do futebol argentino, Ohaco terminou como artilheiro do campeonato, com nove gols em 10 partidas.[4] Junto com outros jogadores, especialmente Canaveri, Marcovecchio, Hospital e Perinetti, compôs a espinha dorsal do Racing que conquistou sete títulos de forma consecutiva do campeonato argentino.[4][3][2] O primeiro título veio em sua terceira temporada na Primeira Divisão, em 1913, com Ohaco terminando como artilheiro novamente, desta vez com 20 gols.[3] Este título foi bastante simbólico, abrindo uma nova era no futebol nacional, pois até então só clubes oriundos da comunidade britânica haviam sido campeões.[2] Nos dois anos seguintes, em 1914 e 1915, Ohaco terminou novamente com a artilharia do campeonato, marcando, respectivamente, 20 e 31 gols,[3] tendo este último quebrado o recorde anterior de gols numa edição, que pertencia a Eliseo Brown, que marcara 24 vezes em 1907, e foi posteriormente quebrado por Alberico Zabaleta em 1921, com este marcando 32 vezes. Os títulos continuaram nas temporadas 1916, 1917 e 1918. Em 1919, com a ruptura do futebol argentino com a divisão entre a Asociación del Fútbol Argentino (AFA) e a Associação de Amadores de Futebol,[5] o Racing optou por sua continuidade na competição amadora, vencendo o último título da histórica sequência em 1919,[4] tendo o River Plate quebrado a sequência em 1920, quando este conquistou seu primeiro título no torneio.[3] O Racing retomaria o posto de campeão já na edição seguinte, de 1921, tendo em Ohaco seu grande destaque.[4] Dois anos depois, anunciou sua aposentadoria. Seleção ArgentinaDurante seis anos, Ohaco defendeu o selecionado argentino, tendo estado presente nas duas primeiras edições da Copa América (à época conhecido como Campeonato Sul-Americano),[1] em 1916[6] e 1917,[7] nas quais a Argentina terminou com o vice-campeonato. Sua estreia ocorreu em 15 de agosto de 1912, na partida ocorrida em Montevidéu contra o Uruguai, válida pela Copa Lipton, na qual a Argentina saiu derrotada por 2 x 0.[8] Em 1916 participou da Copa Newton, marcando duas vezes na vitória por 3 x 1 contra o Uruguai, e foi convocado para a primeira edição do Campeonato Sul-Americano, disputada no mesmo ano, na Argentina. No torneio, esteve presente na primeira e terceira partidas, contra o Chile, marcando duas vezes na vitória por 6 x 1,[9] e Uruguai, na qual pouco pôde fazer para evitar o placar de 0 x 0,[9] o qual deu o título ao rival, respectivamente. Na partida que ficou de fora, contra o Brasil, fora substituído por José Durán Laguna.[9] Ohaco foi convocado para disputar a edição seguinte do torneio, em 1917, disputada no Uruguai. Na estreia, contra o Brasil, marcou duas vezes de pênalti na vitória por 4 x 2.[10] Nas duas partidas seguintes, contra Chile (1 x 0 Argentina) e Uruguai (1 x 0 Uruguai), não marcou, e com a derrota para os uruguaios, viu pela segunda vez o título ficar com os rivais.[10] Disputou sua última partida em 1918, no torneio Gran Premio de Honor Uruguayo, contra os rivais uruguaios.[11][1] Ao todo, Ohaco disputou treze partidas, marcando sete vezes. NotasReferências
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