Akira S e As Garotas Que Erraram
HistóriaO grupo foi formado em 1984, no fértil cenário pós-punk paulistano, pelo letrista, vocalista, jornalista e agitador Pedreira Antunes (AKA Lex Lilith, Alex Antunes), que conheceu o baixista e compositor eletrônico Akira S no momento em que seu grupo anterior, o N° 2, se desfazia [1]. Em comum, o interesse por grupos desde o progressivo mais ousado dos anos 1970, como o King Crimson, até bandas populares da new wave, como o Duran Duran, passando pelos grooves de baixistas do funk setentista como Larry Graham e do mutant disco como Bill Laswell (Material) [2]. Além de fazer precocemente programações em um computador MSX , sintetizadores e ritmo eletrônico interconectados via MIDI (cujo uso causava bastante inquietação nos desacostumados técnicos de som de então das casas noturnas e teatros), Akira também foi um dos precursores no Brasil do instrumento de estilo touch, o stick [3]. Eles também se destacaram pelo uso de sond pré gravados em fitas cassette, antecipando os samples [4]. Akira S considerou o fato de que apenas tapes e baixo não seriam suficientes para obter o resultado ritmico desejado e convidou o baterista Edson X, que viria depois a ser conhecido como membro do do grupo Gueto e produtor de música eletrônica. Após um breve período de assumido sectarismo anti-guitarrístico (quando chegou a ter dois baixos, o segundo tocado por Anna Ruth, vinda do N° 2, e que foi depois do Cabine C) além de teclados e percussões acústicas e eletrônicas), a banda partiu para um flerte decidido com as cordas dos Voluntários da Pátria, nas guitarras de Miguel Barella e Giuseppe "Frippi" Lenti. O cenário de São Paulo estava se expandindo, criando um circuito com mais de uma dezena de casas underground, como o Carbono 14 [5], Madama Satã, Rose Bom Bom, Val-Improviso e Aeroanta [6], além dos teatros Lira Paulistana, que abriu suas portas para o rock pós-punk, e a sala Adoniran Barbosa do CCSP, que virou uma referência da cena. No Rio de Janeiro, o grupo teve a oportunidade de se apresentar em festivais como os que eram realizados no Parque Lage. Frippi foi membro oficial da banda, durante o período que marcou a gravação do (único) álbum homônimo do grupo (em 1987), lançado pela Baratos Afins, que permanece inédito em CD [7]. E ambos, Frippi e Barella, estiveram presentes em várias apresentações e gravações, inclusive no primeiro registro fonográfico da banda no LP Não São Paulo I de 1985. O underhit Sobre as Pernas (faixa de Não São Paulo ), conta com participações especiais de André Jung (Ira!) na percussão e do alemão Holger Czukay (membro do Can, em visita a São Paulo e recrutado por Barella para a gravação) [8], foi bastante executado nas rádios roqueiras paulistas 89 e 97 FM, e na Fluminense FM, "A Maldita", no Rio de Janeiro. O grupo também gravou programas de televisão, como o Clip Trip da TV Gazeta (SP) e o Mixto Quente da Globo, mas em ambos sua atuação foi considerada inconveniente, e as participações cortadas das edições. Uma regravação de uma faixa de seu álbum, a música "Atropelamento & Fuga", por Skowa e a Máfia, transformou-se num hit nacional em 1988. Akira e Alex voltariam a colaborar em outros grupos, como o Kyodai (com a cantora holandesa Charlie Crooijmans), o Industria Mirabile 2 (com o cantor Ciro Pessoa, ex-Titãs, o Notícias Popular (com o guitarrista, baixista e produtor RH Jackson, Edson X) e o Shiva LasVegas[9]. Integrantes
DiscografiaÁlbumCompilações
Incluiu as canções "Sobre As Pernas" e "Swing Basses Series I (Eu Dirijo O Carro Bomba)", e uma versão ao vivo no Projeto SP de "Kkabalah" na edição em CD, de 1996 Incluiu a canção "Sanguinho Novo" Incluiu as canções "O Futebol" e "Sobre As Pernas" Incluiu as canções "Sobre As Pernas" e "Eu Dirijo O Carro Bomba" Incluiu a canção "Grito Em Hora Redonda" e um vídeo ao vivo no Projeto SP de "Kkbalah" Incluiu a canção "Atropelamento & Fuga" Referências
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