Adorigo
Adorigo é uma povoação portuguesa sede da Freguesia de Adorigo do Município de Tabuaço, freguesia com 10,55 km² de área[1] e 301 habitantes (censo de 2021)[2], tendo, por isso, uma densidade populacional de 28,5 hab./km². Adorigo é uma das freguesias nas encostas abrigadas e temperadas dos Vales do Douro, com quintas que há séculos produzem o vinho generoso mundialmente conhecido como Vinho do Porto. Nesta aldeia temos um exemplo de igreja com exterior sóbrio e um rico interior. Adorigo está na rota de um futuro roteiro do Barroco Tabuacense. No lugar de S. Martinho pode-se ainda visitar a capela do santo homónimo, objeto de diversas obras ao longo dos séculos, o antigo forno comunitário ou admirar uma casa, no largo da Cruz, que já serviu de escola e que ostenta uma pedra de armas da família Cunha Coutinho. Na estrada municipal 512 encontra-se o Miradouro de S. Luiz, proporciona vistas panorâmicas e privilegiadas sobre os montes vinhateiros e os olivais durienses, uma autêntica varanda para o Douro, aos seus pés a quinta de S. Luiz, que dá nome ao miradouro. DemografiaA população registada nos censos foi:[2]
HistóriaEm 1747 Adorigo era um lugar do termo da vila de Barcos, distrito da Serra, Bispado e Comarca da Cidade de Lamego, na Província da Beira. A população era constituída por 37 vizinhos, situando-se num vale, de onde se descobria parte da Província de Trás-os-Montes e Penaguião. Possuía igreja paroquial, erguida fora do local, mas acompanhada de algumas casas, sendo o seu orago Nossa Senhora de Condescende. A igreja tinha três altares: O maior, em que está o sacrário e a imagem da santa padroeira, e dois colaterais, o da parte da Epístola da invocação de Nossa Senhora do Rosário, e o da parte do Evangelho dedicado a São Sebastião. Além destes havia ainda outro no corpo da igreja, no qual ainda não se celebrava missa, estando nele colocada a imagem do Menino Jesus. O pároco era cura, cuja apresentação pertencia ao abade da vila de Barcos ou, na falta deste, ao cabido de Lamego, a quem tocava nas vacancias. Rendia este curato vinte e dois alqueires de trigo, vinte de centeio, vinte e dois almudes de vinho, e sete mil reis em dinheiro, tudo pago da massa da abadia da vila de Barcos, a cujas justiças reconhecia sujeição este lugar. O terreno produzia trigo, centeio, vinho e azeite, mas pouco de tudo. O clima era um tanto frio, pelas vizinhanças da Serra do Marão, criando muita caça miúda por ser montuosa. Embora lhe corresse à vista o rio Douro, que a provia de peixe miúdo, a água era escassa, devido à distância que o separava das terras deste povoado. Havia neste sítio duas barcas, uma onde chamam a Fonte Santa, e outra no pégo de Valença, e neste limite se metia o rio Tedo no Douro, no sítio que chamavam o Penedo da Galharda. Pertencia a esta freguesia o lugar de São Martinho, distante deste de Adorigo tanto como um tiro de mosquete.[5] Sobre esta freguesia, escreveu em 1915 o Dr. Luís Augusto de Freitas, antigo administrador do concelho (atual município) de Tabuaço, nas suas "Notas & Lendas":
Património
Referências
Ligações externas
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