Achém
Achém[4][5] (em indonésio: Aceh) é um território especial da Indonésia, localizado na ponta setentrional da ilha de Sumatra. De 2001 a 2009, seu nome oficial em indonésio foi Nanggröe Aceh Darussalam. A partir de 2009, sua denominação oficial passou a ser apenas Achém. Sua capital é Banda Achém. Fica perto das ilhas Andaman e Nicobar da Índia e separada delas pelo mar de Andaman. Sua população tem a maior porcentagem de muçulmanos na Indonésia, que vivem principalmente de acordo com os costumes e leis da Xaria.[6] Existem 10 etnias indígenas nessa região, sendo a maior a população de Achém, representando aproximadamente 80% a 90% da população da região. Acredita-se que Achém tenha sido o lugar onde a disseminação do Islã na Indonésia começou, e foi um fator chave para a disseminação do Islã no Sudeste Asiático. O Islã chegou a Achém (Reino do Fansur e Lamuri) por volta de 1250. No início do século XVII, o Sultanato de Achém era o estado mais rico, poderoso e cultivado da região do Estreito de Malaca. Achém tem uma história de independência política e resistência ao controle de forasteiros, incluindo os antigos colonos holandeses e o governo indonésio. Achém tem recursos naturais substanciais de petróleo e gás natural, com algumas estimativas de que as reservas de gás de Achém são uma das maiores do mundo. Em relação à maior parte da Indonésia, é uma área religiosamente conservadora.[7] Achém foi o ponto de terra mais próximo do epicentro do terremoto e tsunami do Oceano Índico em 2004, que devastou grande parte da costa oeste da província. Aproximadamente 170 000 indonésios foram mortos ou desapareceram no desastre.[8] O desastre ajudou a precipitar o acordo de paz entre o governo da Indonésia e o Movimento Achém Livre (GAM). Achém foi conhecido pela primeira vez como Achém Darussalã (1511-1959) e depois como Daerah Istimewa Aceh (1959-2001), Nanggroë Aceh Darussalam (2001-2009) e Aceh (2009-presente). As grafias anteriores de Aceh incluem Acheh, Atjeh e Achin. Etimologia e usoSegundo Antônio Houaiss,[9] a provável origem do etnônimo "achém" na língua portuguesa é o malaio daching, conexo com o chinês tá-tching, em que tching significa "pesar, medir o peso". Registra as formas "dachém" em 1532 e "achém" em 1610, em português. Registra também a possibilidade de o étimo ser um topônimo em Sumatra: "Achin" ou "Atchin", ou ainda "Achém". J.P. Machado também registra o etnônimo "achém" e o topônimo "Achém", que seriam provenientes do malaio Acheh ou Atjeh.[10] Divisão GeográficaA província de Achém encontra-se dividida em 18 regências (kabupaten) e 5 cidades (kota).
Referências
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