Abu LahabAbu Lahab foi um tio de Maomé que se opôs aos ensinamentos do Profeta.[1][2] A ele foi revelado, dez anos antes de morrer, que ele nunca se converteria e iria para o Inferno, e Maomé o provocou, dizendo que bastava ele se converter para desmentir a revelação divina, mas ele nunca o fez.[1] Abu Lahab era tio paterno de Maomé.[3] Ele era filho de Abedal Motalibe,[2] o avô paterno de Maomé.[2][4] De acordo com Ibn Zaid, Abu Lahab perguntou a Maomé se, se ele abraçasse a fé islâmica, o que ele ganharia, e recebeu como resposta que receberia o mesmo que os outros; em seguida, ele quis saber se haveria alguma distinção especial; quando Maomé disse que não haveria, Abu Lahab amaldiçoou a nova religião, na qual ele seria igual a todas as outras pessoas.[2] Antes de Maomé se tornar Profeta, duas filhas de Maomé tinham se casado com filhos de Abu Lahab, Utbah e Utaibah.[2] Hadhrat Ruqayyah, a segunda filha de Maomé, foi a esposa de Utbah, e Hadhrat Umme Kulsum, a terceira filha de Maomé, a esposa de Utaibah.[5] Por insistência do pai, eles se divorciaram quando Maomé começou a convidar as pessoas para o Islã.[2] Utaibah, ao repudiar suas esposas, tentou cuspir em Maomé, foi amaldiçoado, e morreu devorado por um tigre, na Síria.[2] Ele odiava tanto o Islã que seguia Maomé, e procurava dizer às pessoas que a verdade era o oposto do que Maomé havia dito.[1][2] Maomé não poderia condenar seu tio em público, a menos que este se excedesse em seu comportamento.[2] Dez anos antes da morte de Abu Lahab,[1] Alá revelou a Maomé o destino negro de Abu Lahab e sua esposa,[6][7] dizendo que Abu Lahab iria para o inferno.[1][8] Pelos dez anos seguintes, bastava Abu Lahab ter dito que se convertia ao Islã que ele contradiria o Islã, mas ele nunca se converteu.[1] Maomé dizia a ele, "Você me odeia tanto, e quer acabar comigo? Diga estas palavras, e eu estou terminado!".[1] Abu Lahab é a única pessoa que foi especificamente condenada no Alcorão, apesar de terem havido outros inimigos de Maomé; o motivo foi que um dos valores da sociedade árabe seria o silah rehmi, o bom tratamento dos parentes, de modo que um dos piores pecados era romper os laços com seus parentes.[2] Como Maomé era órfão de pai, ele deveria ser representado por um tio paterno, que o trataria como filho, porém ao se opor ao sobrinho, Abu Lahab teria desrespeitado todas as tradições árabes.[2] Referências
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