A Luta do Século
A Luta do Século é um documentário brasileiro dirigido pelo cineasta baiano Sérgio Machado que conta a história da maior rivalidade da história do boxe brasileiro, entre os pugilistas Luciano Todo Duro e Reginaldo Holyfield.[1] O filme foi exibido pela primeira vez no dia 10 de outubro de 2016, no Festival do Rio.[2] "A luta do século é a luta de dois analfabetos contra todas as dificuldades que a vida colocou e que poderiam ter chegado mais longe."[3]
Sérgio Machado, diretor do filme O filmeSinopse
AntecedentesDesde 2014, a produtora baiana Ondina Filmes iniciou filmagens sobre a história da rivalidade entre os pugilistas. Não se cogitava uma sétima luta. A surpresa pela vontade dos boxeadores, que estavam aposentados, em lutar, motivou os produtores a também gravar os bastidores antes do duelo.[4] Em abril de 2015, na época da assinatura de contrato para luta desempate que será contada neste documentário, os rivais chegaram a fazer uma prévia do embate. A confusão começou após Todo Duro entregar uma coroa de flores a Holyfield, com os dizeres "Holyfield "estraçaiado" e sepultado junto com o boxe baiano, saudades eternas, de seu pai Todo Duro e dos pernambucanos", e tentar acertar um soco no inimigo. Durante a briga, Holyfield acabou abrindo o corte que levou após uma briga com ambulantes no centro de Salvador.[5] A lutaCinco mil pessoas lotaram o Clube Português, da cidade de Recife, para acompanhar o embate. De um lado, representando o Recife, Luciano Todo Duro Torres, 50 anos; do outro, Reginaldo Holyfield, 49, representante da Bahia.. Rivais nas décadas de 1980 e 1990, eles voltaram a se enfrentar, após 11 anos desde a última luta. O confronto ocorreu no dia 11 de Agosto de 2015. Durante a luta, a hashtag "#LutaDoSéculo" ficou entre os trending topics do Recife.[6] O combate deixou claro, além do nefasto efeito do tempo em ambos, a diferença de estratégia: enquanto Holyfield procurava ocupar o centro do ringue e dar socos mais fortes, Todo Duro se deslocava com maior desenvoltura, acertando o baiano em mais oportunidades. Por motivos óbvios, os lutadores mostraram dificuldade de lançar pelo menos três golpes em sequência. O duelo foi repleto de clinches, também para surpresa de ninguém. Um dado curioso foi que nenhum intervalo respeitou o limite de um minuto – o mais rápido durou 20 segundos a mais. No 1ª round, Holyfield chegou a derrubar Todo Duro, porém o pernambucano mostrava mais velocidade nos deslocamentos em cima do quadrilátero, qualidade que fez a diferença nos rounds seguintes. Holyfield sentiu a perda de peso e não aguentou o ritmo imposto por Todo Duro. O baiano, inclusive, foi punido com a perda de dois pontos por deixar cair o protetor bucal de forma proposital para que pudesse recuperar o fôlego.[7] O terceiro round foi movimentado, com Todo Duro balançando o rival em três oportunidades, mas sofreu uma retaliação que quase o mandou a knockdown.[8] No quarto, o baiano chegou a cair depois de se desequilibrar ao socar o vento. O ritmo caiu vertiginosamente, com direito a lutador cuspindo o protetor para ganhar tempo para respirar[8]. Ele foi punido com a perda de dois pontos por deixar cair o protetor bucal de forma proposital para que pudesse recuperar o fôlego.[7] Após a vitória anunciada em favor de “Todo Duro” a torcida local que apoiava o pernambucano comemorou muito e o ringue acabou caindo. Felizmente, ninguém saiu ferido[8]. Prêmios e indicações
Ver tambémReferências
Ligações externas
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