É notável por consolidar o êxito obtido com o seu antecessor, Waterloo, de 1974, após alguns críticos acreditarem que a banda tornar-se-ia one-hit wonder, como alguns dos candidatos vindos do Festival Eurovisão da Canção, bem como pelo desempenho moderado nas paradas musicais, dos singles lançados após a canção que deu nome ao seu segundo álbum de estúdio.
Para promovê-lo, sete canções foram lançadas como músicas de trabalho, algumas delas em territórios específicos. Três delas destacaram-se por terem ganhado videoclipes que contribuíram para o êxito e tornaram-se icônicos na videografia do grupo, a saber: "I Do, I Do, I Do, I Do, I Do", "S.O.S" e "Mamma Mia".
"I've Been Waiting for You" gravada em 1974, foi lançada, inicialmente, como lado B do single "So Long".[1] Na Austrália, foi lançada como single em 1975, com "King Kong Song" como lado B, alcançando a posição de número 49,[2] e na Nova Zelândia, em 1977, onde alcançou o número 8.[3] Fältskog canta o vocal principal, e é acompanhada com guitarras de Janne Schaffer.[1] Em 1977, o grupo pop irlandês Gina, Dale Haze and the Champions lançou sua versão como single, que chegou ao top 10 nas paradas irlandesas.[4]
"I Do, I Do, I Do, I Do, I Do": após o lançamento de "Waterloo", o ABBA estava tendo dificuldade em se estabelecer como um ato com longevidade. A música, em muitos casos, os colocou de volta aos holofotes.[1] Com uma melodia de saxofone e homenagem à música Schlager dos anos 1950, conseguiu uma melhoria significativa nas paradas internacionais, com vendas de 2,5 milhões de cópias,[5] embora tenha tido pouco impacto na Grã-Bretanha, onde atingiu a posição de número 38.[6] A popularidade foi impulsionada (particularmente na Austrália) pelo lançamento de um clipe promocional exibido na televisão.[1]
"Bang-a-Boomerang": lançada pela primeira vez por Svenne & Lotta, e gravada inicialmente como uma demo instrumental, em setembro de 1974, pelos músicos do ABBA. Foi escrita por Benny Andersson, Björn Ulvaeus e Stig Anderson. No final de 1974 Andersson, o trio de compositores foram convidados pela Sveriges Television para apresentar uma música ao Melodifestivalen, de 1975.[7] Como o próprio ABBA não queria competir no concurso novamente, apenas um ano depois de ter vencido, eles deram a oportunidade e a música aos companheiros da gravadora Polar Music, Svenne & Lotta.[7] Recebeu novas letras suecas de Stig Anderson que a renomeou "Bang en Boomerang" e a dupla posteriormente fez uma gravação vocal da faixa em novembro de 1974.[7] Terminou em terceiro lugar nas pré-seleções suecas em fevereiro de 1975, e tornou-se um dos maiores sucessos de Svenne & Lotta, passando sete semanas na parada de rádio de Svensktoppen e atingindo o segundo lugar.[8] O ABBA então regravou sua versão em inglês na primavera de 1975, lançando-a como single na França, em 21 de abril de 1975, com "SOS" como lado B.[7]
"S.O.S": foi escrita por Benny Andersson, Björn Ulvaeus e Stig Anderson e gravado no Glen Studio, em Långängen, Suécia, de 22 a 23 de agosto de 1974.[9] O título foi cunhado por Stig, embora as letras que ele forneceu tenham sido reescritas por Ulvaeus.[1] Apresenta uma forte influência da instrumentação Wall of Sound de Phil Spector e as melodias dos Beach Boys.[10] Durante a primeira visita da banda aos Estados Unidos, a performaram nos programas de televisão de American Bandstand e Saturday Night Live, em 15 de novembro de 1975.[11][12] O vídeo promocional foi dirigido por Lasse Hallström e lançado no mesmo ano, junto com o single.[13] O vídeo e outros três (para "I Do, I Do, I Do, I Do, I Do", "Mamma Mia" e "Bang-A-Boomerang"), foram concluídos em dois dias por um custo total de Kr 50.000 (£ 5.500).[9] Atingiu o Top 10 em muitos países,[14] No Reino Unido e na Irlanda, iniciou uma série de 18 hits consecutivos no Top 10, alcançando #6 e #4 respectivamente.[15][16] Alcançou o primeiro lugar na Austrália, Bélgica, França, Alemanha Ocidental (onde passou 7 semanas no topo), Nova Zelândia e África do Sul, e foi um hit Top 3 na Áustria, Holanda, Noruega, Itália (onde se tornou o hit de maior sucesso do ABBA), México, Rodésia e Suíça, também tornou-se seu segundo hit no Top 20 nos Estados Unidos, chegando ao 15º lugar.[17][18] Mais de 4 milhões de cópias foram vendidas só na Europa.[19]
"Mamma Mia" foi escrita na casa de Agnetha Fältskog e Björn Ulvaeus, e foi a última faixa gravada para ABBA. Inicialmente, no entanto, nunca foi planejada para ser lançada como single.[20] Nessa época, como muitos artistas estavam gravando músicas do grupo (como "Honey, Honey" e "Bang a Boomerang"), o ABBA ofereceu "Mamma Mia" ao grupo pop britânico Brotherhood of Man, que recusou.[21] Seu videoclipe, tornou-se o mais popular após repetidas exibições na televisão australiana, mais notadamente no programa Countdown. A gravadora australiana, RCA, pediu que "Mamma Mia" fosse lançada como single, mas a Polar Music recusou.[22] No entanto, Stig Anderson concordou com isso; "Mamma Mia" foi lançado na Austrália em agosto de 1975, onde passou 10 semanas em primeiro lugar.[20] Após este sucesso, a Epic Records do Reino Unido, começou a promover os singles do ABBA tendo como resultado imediato, o sucesso de "S.O.S." que alcançou o Top 10 do mercado britânico, seu primeiro sucesso desde "Waterloo". "Mamma Mia" logo em seguida, alcançou o número um no UK Singles Chart, em janeiro de 1976, o segundo dos 18 singles consecutivos do ABBA no Top 10.[20]
"Rock Me" foi lançada como single apenas na Austrália, Nova Zelândia e Iugoslávia em abril de 1976, alcançando o número quatro e o número dois, nos dois primeiros, respectivamente.[23]
William Ruhlmann, do site AllMusic, avaliou com quatro estrelas de cinco e escreveu que as faixas mostram "o ecletismo do grupo, [que vai] desde o riff de guitarra de hard rock que impulsionou "Hey, Hey Helen" até o ambicioso instrumental "Intermezzo No. 1", que exibiu (...) [suas] tendências a música clássica e prenunciou seus maiores projetos de composição da década de 1980".[24] Ele notou que o repertório sintetizou os estilos pop e rock de maneira eficaz, algo que não acontecera anteriormente em produções não anglófonas na música contemporânea do estilo anglo-americano.[24]
O crítico e linguista russo, George Starostin, avaliou com uma nota oito e escreveu que após dois álbuns fracos, o grupo finalmente aparecera com um que pode ser considerado ótimo, "cheio até a borda com cantigas pop extremamente cativantes e às vezes até mais do que isso".[26] Ele também pontuou que "De todas as imitações ingênuas, baladas melosas de mau gosto e excursos excêntricos de pseudo heavy metal de outrora, o ABBA amadureceu como uma banda pop completa, inserindo pelo menos uma dúzia de ganchos diferentes em cada música e fazendo com que cada música se destacasse por conta própria".[26]