A-dos-Negros
A-dos-Negros, oficialmente A dos Negros, é uma povoação portuguesa sede da Freguesia de A dos Negros do Município de Óbidos, freguesia com 16,82 km² de área[1] e 1456 habitantes (censo de 2021)[2], tendo, por isso, uma densidade populacional de 86,6 hab./km². DemografiaA população registada nos censos foi:[2]
HistóriaA freguesia foi criada durante a segunda metade do século XVIII, possivelmente um pouco depois do terramoto de 1755. Segundo o investigador Pinho Leal o seu nome derivará de Cecílio Negro, um corajoso capitão lusitano, que viveu vinte anos antes de Jesus Cristo. Antes de 1147, existiam várias povoações entre Leiria e Lisboa, onde residiam grandes núcleos judaicos, com sinagogas e hábitos de vida própria. Foi personagem importante um rabi-mor chamado Yahia ben Yahia, e quem segundo o historiador Joaquim Veríssimo Serrão na sua obra História de Portugal, D. Afonso Henriques nomeou mordomo e cavaleiro-mor, em recompensa de serviços prestados na luta contra os Mouros, e concedeu a Aldeia dos Negros. Este historiador diz ainda "que esta doação se refere à tomada de Óbidos em 1148, tem que se aceitar a identificação com a actual povoação de A dos Negros, situada a 4 km". Sobre este assunto, outros autores estudaram, como Meyer Kayserling na obra História dos Judeus em Portugal e João Evangelista na sua obra A dos Negros: uma aldeia da Estremadura. Segundo este último autor, no século XIX, os campos desta freguesia estavam cobertos de matagais, com muitas árvores (sobreiros, azinheiras, loureiros e medronheiros). No Cadastro da População do Reino, efetuado por D. João III em 1527, a Aldeia dos Negros era um pequeno aglomerado com 20 fogos (cerca de 90 habitantes). Em 1757, o número de fogos já era de 122, tendo o povoamento da aldeia sido feito pelos campos adjacentes. No campo eclesiástico, a apresentação do pároco era de responsabilidade do povo que lhe doava de côngrua, noventa alqueires de trigo, trinta de cevada e duas pipas de vinho. Durante algum tempo, esta freguesia esteve subordinada à Colegiada de São João de Mucharro, cujo prior tinha o dever de ir anualmente à igreja de Santa Maria Madalena cantar a festa da santa padroeira. EconomiaAs principais atividades económicas são a agricultura, construção civil e a indústria cerâmica. PatrimónioNesta freguesia pode-se visitar a Igreja Matriz de Santa Madalena e a Capela do Espírito Santo (Sancheira Grande), para além do cruzeiro. Dignas também de visita são as quintas do Cabeço, da Botelheira, e do Rolin. Existem as fontes do Ulmeiro, Santa da Formiga e do Olival Santo. Na freguesia existem ainda várias capelas. Junto à junta de freguesia foi instalado um baloiço panorâmico. GastronomiaAs principais especialidades gastronómicas da freguesia são as misturadas. O vinho branco maduro é afamado. Na freguesia há a tradição da matança do porco. Festas e RomariasApesar de pequena, existem várias feiras e romarias nesta freguesia. As principais são:
ColetividadesAs principais coletividades da freguesia são:
FeirasExiste na freguesia uma feira anual a 22 de julho. Referências
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