A 38.ª Cúpula dos Países Desenvolvidos(português brasileiro) ou 38.ª Cimeira dos Países Desenvolvidos(português europeu) realizou-se entre 18 e 19 de maio de 2012, em Camp David, nos Estados Unidos.[1] O G8 reuni os sete países mais industrializados do mundo e a Rússia, onde discutem questões de alcance internacional.[2] O evento ocorreu antes de cúpula da Otan e teve como principais temas a crise européia, a permanência da Grécia na Zona do Euro e conflitos no Oriente Médio.[1] A reunião do G8 seria inicialmente em Chicago, mas foi transferida para Camp David possivelmente devido a temores de uma ampla convergência de manifestantes.[3]
Participantes
O presidente russo, Vladimir Putin anunciou que não estaria presente durante a cúpula porque estava ocupado,[4] alegando ao presidente dos EUA, Barack Obama, que estava finalizando as indicações para a formação de seu governo.[5][6] A Rússia foi representada pelo primeiro-ministro Dmitri Medvedev.[7][8] Especulações da mídia também surgiram, alegando que Putin teve a oportunidade histórica, após a reeleição, da primeira visita ao exterior desde a visita à China para participar da cúpula da Organização para Cooperação de Xangai.[9] O evento contou com a primeira participação na cena política internacional do recém-empossado presidente francês, François Hollande.[2]
a crise econômica européia: O G8 emitiu comunicado pregando urgente e obrigatório crescimento econômico, em contraste com a posição da Alemanha, que apoia programas de austeridade fiscal em curto prazo. Houve consenso sobre a preservação da união monetária europeia para a estabilidade, a recuperação da economia mundial e a geração de empregos.[10] Mas refletindo as divergências sobre a estratégia, os líderes do G8 admitiram que as medidas necessárias para promover o crescimento e reduzir o déficit não são as mesmas para cada país.[11] Merkel, permaneceu isolada com suas propostas, e espera-se que a chanceler alemã aceite as medidas complementares de estímulo na solução da crise europeia.[12] O Presidente francês apresentou uma proposta para arrecadar 57 bilhões com a cobrança de um imposto sobre transações financeiras na Europa. Os recursos seriam destinados a adoção de medidas de estímulo econômico na região. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, manifestou-se contrário a medida[13]
a permanência da Grécia no bloco do Euro: Os líderes do G8 apoiaram a permanência da Grécia na zona do euro, apesar do endividamento do país.[10] A possibilidade da saída da Grécia da zona do euro foi um dos principais tema da agenda da reunião do G8, devido a eleições inconclusivas no país. A chanceler alemã, Angela Merkel, defendeu a austeridade, enquanto que o presidente da França, François Hollande, sugeriu implantar políticas de maior crescimento, assim como o presidente americano, Barack Obama[14]
o programa nuclear iraniano: Os líderes discutiram a preservação da pressão sobre o Irã e o G8 sugeriu ao país que aproveite a chance da reunião em Bagdá do Grupo P5+1 (EUA, Grã-Bretanha, França, China, Rússia e Alemanha) para negociar o seu programa nuclear. As conversas começam no dia 23 em Bagdá[16]
a tensão na Síria: Sobre a violência na Síria, parte do G8 mostrou-se coesa em torno da adoção integral do plano de paz desenhado pelo enviado especial da Liga Árabe e das Nações Unidas, Kofi Annan. O plano previu o cessar fogo desde o dia 12 de abril de 2012 e jamais foi cumprido. Não foi possível convencer os líderes da Rússia a alinhar-se aos EUA e seus aliados sobre Irã e Síria[16]
Após o fim da reunião do G8 em 19 de maio, a maior parte dos líderes se uniram em Chicago a um grupo de oficiais internacionais para a cúpula da Otan, que acontece durante os dias 20 e 21 de maio.[14]